Os melhores restaurantes brasileiros de São Paulo

Confira os endereços da categoria que foram selecionados pelo guia COMER & BEBER 2019/2020

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 11h50 - Publicado em 21 set 2018, 01h00
 (Helena Mazza/Veja SP)
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A comida brasileira faz bonito em restaurantes da cidade. O Tordesilhas, da chef Mara Salles, consagrou-se, depois de sete anos, como o melhor da categoria, seguido pelo Vista e Dalva e Dito. Confira abaixo a lista completa:

Arimbá.
Mesas de tábuas rústicas de madeira, algumas quase grudadas umas às outras, ocupam o salão com atmosfera caipira. Não é lugar para formalidades. A ideia é colocar no centro das mesas as receitas da anfitriã Angelita Gonzaga e ir com- partilhando. Vale começar com os deli- ciosos pastéis caipiras (R$ 36,50, dez unidades), sequinhos, de massa bem amarela e macia de farinha de milho mais recheios de carne moída ou queijo da Serra da Canastra. A ala de carnes grelhadas não faz feio com o short rib (R$ 59,90), úmido no centro, acompanhado de legumes grelhados, farofa e um atraente vinagrete de abóbora e talo de couve. O andu tropeiro compõe-se de um mexido de feijão-andu, linguiça, torresmo, couve e farinha (R$ 48,50). No encerramento, o bom doce de abóbora em pedaços é daqueles macios, (R$ 19,50). Fique de olho no horário, pois a casa diminuiu o número de dias de funcionamento semanal.
Rua Ministro Ferreira Alves, 464-B, Perdizes, tel. 3477-7063.

A Baianeira.
De uma simplicidade tentadoramente gulosa, este pequeno restaurante de Manuelle Ferraz ocupa um sobradinho na Barra Funda e abriu uma filial no Masp no início de outubro de 2019. A diferença entre as duas casas é que no museu é servido também o jantar. Na matriz, a chef faz um pão de queijo com carne de panela um ovo de gema mole (R$ 15,00) que escorre com volúpia. Como entrada, o nhoque de batata-doce com creme de requeijão de corte do Vale do Jequitinhonha vem com uma tapioca sequinha e crocante mais amêndoa laminada e sálvia (R$ 18,00). A versão da cozinheira para o estrogonofe, sugestão das terças, leva iscas de filé-mignon num molho de ketchup, creme de leite de caixinha, mostarda escura, páprica e molho de tomate com lâ- minas de cogumelos cruas. Como complemento, ganha chips de batata-doce branca e roxa e uma marmitinha de arroz. Custa R$ 35,00. Doce dos bons, o brûlé de banana – da-terra (R$ 15,00) vem com a fruta doura- da sobre um creme escuro. O café coado com sequilho (R$ 5,00) deixa um gostinho de quero mais.
Rua Dona Elisa, 117, Barra Funda, tel. 2538-0844.

Balaio IMS.
Essa casa de Rodrigo Oliveira atende uma quantidade grande de clientes. Por mês, passam pela caixa de vidro no térreo do Instituto Moreira Salles mais de 5 000 pessoas para apreciar receitas do chef, que se celebrizou ao colocar no cardápio do Mocotó, restaurante de seu pai, na Vila Medeiros, os dadinhos de tapioca (R$ 19,00 a porção com seis unidades), copiados Brasil afora. No Balaio IMS, diferentemente do que ocorria no extinto cinco estrelas (a cotação máxima do COMER & BEBER) Esquina Mocotó, o chef não expede pratos de altíssimo padrão. Não faltam, porém, boas pedidas. É o caso do arroz de polvo (R$ 75,00), com um tentáculo deliciosamente firme e grelhado por cima. Outras carecem de ajustes, como o bobó de mandioquinha vegano (R$ 59,00) sobre uma apetitosa cama de bertalha, que não estabelece um diálogo harmonioso com ingredientes separados — o amendoim e o palmito pupunha confitado e grelhado, em substituição ao camarão. Quanto ao ravióli de cogumelo no molho de creme de leite (R$ 59,00), de sabor delicado, cabe não exagerar na quantidade de queijo Tulha, que acaba escondendo um pouco o sabor do recheio da massa. Vai bem no final a torta quente de chocolate e calda toffee de bourbon sobre massa firme com sorvete de banana (R$ 23,00).
Avenida Paulista, 2424 (Instituto Moreira Salles), 
tel. 2842-9123.

Banzeiro.
Parte do esplendor da culinária amazônica pode ser conhecida nesta casa de Felipe Schaedler. O chef, nascido em Santa Catarina, mudou-se ainda criança com sua família para o Estado do Amazonas. Em Manaus, primeiro ele montou o Banzeiro, marca que chegou a São Paulo em agosto, e depois o Moquem, no interior de um shopping, dois anos atrás. Aqui o cardápio sintético parece um compilado das duas casas. Há receitas moderninhas, como o bao, pãozinho chinês também conhecido como bun, cozido no vapor e recheado de peixe, camarão e a fruta tucumã (R$ 12,00). Outra boa pedida, a costela de tambaqui (R$ 64,00) é assada no forno a lenha e vem com tartare de banana e baião de dois. Descubra Manaus é o nome de um doce de cupuaçu com brigadeiro (R$ 24,00).
Rua Tabapuã, 830, Itaim Bibi, tel. 2501-4777. 

Benedita.
Tem muito de saudosista e afetivo o Benedita, a começar pelo imóvel onde ele está instalado, em meio a um emaranhado de arranha-céus residenciais. Fica num sobradinho com portão baixo da década de 40, época em que São Paulo era uma cidade gentil e vizinhos punham cadeiras na calçada para prosear — hoje, enviam-se mensagens de celular até para quem está sentado ao lado. Embora não faça resgate de receitas do passado, o chef e sócio Rodrigo Isaias revisa o Brasil à mesa. A abóbora-cabotiá tostada com vinagrete e brotos de coentro flutua em um creme de queijo-manteiga na companhia de pão de batata (R$ 24,00). Numa porção nada vegetariana, o cozinheiro destaca no cardápio a carne de sol de miolo de alcatra feita lá mesmo no restaurante e cortada em cubos com cebola queimada e mandioca frita (R$ 35,00). Com sabor da infância, a bana- nada com creme de baunilha e minissuspiros (R$ 13,00) tem textura pastosa.
Rua Havaí, 258, Sumaré, tel. 3875-4764.

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Comer e Beber 2019 – Vista
Polvo feito na chapa vai com cubos de mandioca: pedida do Vista (Clayton Vieira/Veja SP)

Bolinha.
Durante o dia, o espaço amplo é ocupado sobretudo por um público que trabalha na região e prefere os pratos executivos variados. No entanto, a feijoada é a receita símbolo do tradicional restaurante. Servida todo dia em que abre, pode ser solicitada no sistema à vontade (R$ 107,00; R$ 134,00 nos fins de semana e feriados) ou na versão sem repetição (R$ 80,00, individual; R$ 152,00, para dois), esta apenas de terça a sexta no almoço. Em qualquer uma das modalidades, escolhe-se entre a feijoada chamada de magra e a tradicional, que traz itens como rabo, orelha e pé, ainda que possa carecer de um pedaço de carne-seca ou de costelinha. Para acompanhar, há caldo de feijão, torresmo, mandioca, arroz, couve, banana e bisteca.
Avenida Cidade Jardim, 53, Jardim Europa, 
tel. 3061-2010.

Capim Santo.
O restaurante gastronômico de Morena Leite tem prazo de validade. Ao menos no atual endereço, onde funciona até fevereiro de 2020, quando o belo sobrado deve vir abaixo para dar lugar a um prédio. De lá a chef deve se transferir para uma rua próxima, no mesmo bairro. Os almoços continuam no formato de bufê (R$ 63,00 de terça a sexta e R$ 96,00 aos sábados, domingos e feriados). Os jantares são ocupados com receitas à la carte. Há sugestões como o bolinho de feijoada (R$ 25,00) e o linguado com palmito pupunha empanado em quinoa e purê de ba- nana-da-terra (R$ 86,00), além de uma novidade não brasileira. É a picante onasi goreng (R$ 63,00), receita de Bali, feita do duo de arrozes negro e de jasmim, vegetais e ovo salteado no óleo de gergelim.
Alameda Ministro Rocha Azevedo, 471, Cerqueira César, tel.
 3089-9500.

Coco Bambu.
Queridinha de paulistanos e também de turistas, a rede cearense não para de se expandir. Até ganhou uma unidade chamada Coco Bambu Conceito no Shopping Vila Olímpia (tel. 3845-4288), com bufê de almoço e menu reduzido. Nas unidades tradicionais, grandiosas, continua a reinar o cardápio parrudo repleto de pratos de peixes e frutos do mar que alimentam, no mínimo, duas pessoas. É preciso ter paciência nos dias mais lotados, como os domingos, pois os pedidos podem custar a chegar. Os filés de pescada crocantes, empanados no coco ralado, têm como acompanhamento arroz com castanha-de-caju picadinha e salada de maionese com picles de pepino (R$ 122,00, para dois). Os chamados camarões à delícia aparecem mergulhados em um molho de creme de leite com banana-da-terra frita antes de estagiar no forno. Com arroz branco e batata gratinada de guarnição, custam R$ 174,00 e servem dois.. De acompanhamento, batata cozida e arroz colorido de cenoura.
Shopping Market Place, tel.
 5182-2013.

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Consulado da Bahia.
Na esquina da Rua dos Pinheiros com a Mateus Grou, este restaurante com espírito de botequim, muito movimentado nos fins de semana, é célebre por suas moquecas. Peixes como a pescada-ama- rela vêm no molho lisinho ao dendê e leite de coco (R$ 141,90, para dois) para ser saboreados com arroz, farofa e pirão. O bobó de camarão (R$ 189,90, para dois), que já foi mais saboroso, cumpre tabela. De entrada, o acarajé pode ser pedido na versão individual (R$ 16,90) ou aperitivo (R$ 43,90, quatro unidades menores).
Rua dos Pinheiros, 534, Pinheiros, tel.
 3085-3873.

Dalva e Dito.
Longe do experimentalismo do D.O.M., onde Alex Atala exercita toda a sua criatividade, o Dalva e Dito retrata um Brasil mais clássico. O chef Elton Júnior, que pilota o fogão, prepara receitas como a moqueca vegetariana de hortaliças grelhadas antes de ser imersas em caldo grosso na panela de ferro. É uma mistura de banana-da-terra, cogumelo-de-paris, maxixe, cenoura, berinjela, abobrinha, tomatinho, cebola-roxa, pimentões verde e vermelho mais três ingredientes que fazem a diferença: caju, castanha-de-caju e jaca dura. Vem com arroz e pirão e custa R$ 75,00. Os carnívoros podem pedir o picadinho de filé-mignon, ovo poché e couve (R$ 71,00).
Rua Padre João Manuel, 1115, Jardim Paulista, tel.
 3068-4444.

Comer e Beber 2019 – Dalva e Dito
Picadinho de filé-mignon, ovo poché e couve: prato do Dalva e Dito (Clayton Vieira/Veja SP)

Dona Lucinha.
Pedacinho de Minas na capital, a casa faz parte da rede fundada em Serro (MG) por Dona Lucinha (1932-2019), cozinheira de mão-cheia que morreu em abril. A filha dela, a chef Elzinha Nunes, continua a tocar o restaurante paulistano. Há sugestões à la carte, mas a maior parte da clientela vai de bufê (R$ 49,00 de segunda a sexta; R$ 62,90 nos sábados, domingos e feriados). Entre as sugestões, é possível saborear lombo de pane- la ao lado de canjiquinha, linguiça com molho de rapadura e frango com quiabo.
Avenida Chibarás, 399, Moema,
 
tel. 5051-2050.

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Empório Nordestino.
Um antigo casarão no Largo da Matriz do Ó serve de cenário para as refeições, com um pé no Nordeste. O cardápio é variado, mas a carne de sol sempre tem a preferência do público. Em porção para dois (R$ 98,00) ou três (R$ 109,00), a peça alta de contrafilé vai direto da grelha para ser cortada à mesa pelos garçons. Por vezes a temperatura muito alta pode deixar a superfície mais chamuscada e o interior menos úmido do que o esperado. A pedida vem guarnecida de purê de mandioca, feijão-verde-tropeiro e mandioca chips. No fim da refeição, o consistente pudim de tapioca com coco (R$ 8,50) dá o toque de açúcar
.
Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó, 144, Freguesia do Ó, tel. 3931-3101.

Fitó.
Originalmente, a chef Cafira Foz propunha que seu pequeno e charmoso restaurante fosse uma embaixada da culinária do Piauí, revisada por sua ótica pessoal. Agora, a cozinheira está mais à vontade para preparar receitas que fujam um pouco dessa ideia. É assim, por exemplo, o delicioso bolinho de pirarucu (R$ 22,00), de interior cremoso, para ser passado num molho de açaí que faz lembrar chouriço, acompanhado de chips crocantes de macaxeira. Cozido em leite de coco feito no restaurante, o suntuoso arroz integral de vôngole (R$ 32,00) vem com o molusco sem a casa mais bacon, paio, pimentões e especiarias. Completa-se com uma tapioca macia que absorve o efeito caldoso do cozimento. A linguiça de carne de sol (R$ 42,00) tem o tempero de pimenta síria, que faz lembrar um prato libanês, e chega ao lado de salada de favas, coalhada da casa e ovo cozido de gema mole. Há que lembrar que a qualidade pode oscilar um pouco. Vez ou outra, pratos que estão no cardápio há mais tempo empolgam menos. A chamada paçoca (R$ 39,00) pode vir com pedaços de carne de sol ressecados com farinha de mandioca e um baião de dois pálido de sabor. Felizmente, as sobremesas deixam na boca um gosto de quero mais. É o caso do pavê dos anjos (um biscoito de maizena coberto com ganache de chocolate 70% e creme aromatizado com amburana e licor 43; R$ 16,00) e do bolo de chocolate com calda de cupuaçu (R$ 18,00).
Rua Cardeal Arcoverde, 2773, Pinheiros, tel. 3032-0963.

 Jiquitaia.
Reconhecido por seu trabalho no Vista, considerado o restaurante brasileiro número 1 de São Paulo na edição 2018 do COMER & BEBER, o chef paranaense Marcelo Corrêa Bastos começou sua bonita carreira em cozinha nesse sobradinho da Bela Vista. Dividido entre os dois endereços, Bastos continua a oferecer aqui um menu de boa relação qualidade-preço. Se pedido completo, sai a R$ 55,00 no almoço e a R$ 95,00 no jantar. A refeição, cujos pratos também têm preços individuais, pode se compor de cuscuz paulista de camarão pequeno sobre molho de tomate (R$ 16,80), prosseguir com uma sugestão principal vegetariana como a quiabada (uma espécie de moqueca com muita castanha-de-caju, tomate, cebola-roxa e coentro que ficaria melhor com uma pitada a mais de sal; R$ 41,00). No jantar, a mesma pedida, acrescida de camarão, custa R$ 62,00. De sobremesa, tem a ganache de chocolate vegana com pralinê de castanha e cubos de banana (R$ 13,50). No arremate, vai bem o café coado da marca Martins (R$ 6,50).
Rua Antônio Carlos, 268, Consolação, tel.
3262-2366.

 Mandioca Cozinha.
Não se trata de um restaurante com uma única receita, mas que tem como tema um ingrediente: a mandioca. A dona, Maria Eduarda Melo, conhecida como Madu, montou uma colagem de pratos clássicos benfeitos e algumas receitas criadas por ela. O beiju em discos quentinhos de massa elástica e tostada vão bem com a pasta de berinjela com especiarias e coalhada (R$ 12,00). A língua bovina ensopada molho escuro tipo ferrugem recebe a companhia de purê de macaxeira e saladinha de agrião (R$ 36,00). Conhecida no Nordeste como mungunzá — vale lembrar que Madu é pernambucana —, a canjica traz o milho-branco cozido no leite de coco com paçoca tipo caseira de amendoim com farinha de mandioca (R$ 12,00). O tacacá (R$ 17,00) faz bonito.
Rua Doutor Cesário Mota Junior, 187, Vila Buarque, 
tel. 2936-9427 e 99282-7556.

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Mangai.
Neste endereço de cozinha nordestina, em especial de receitas da Paraíba, reina a fartura. A matriz, aberta trinta anos atrás pela empresária Leneide Maia Tavares como uma pequena mercearia em João Pessoa, tornou-se uma rede espalhada por três capitais. A São Paulo, chegou em julho. Tem como atração um concorrido bufê por quilo com carne de sol acebolada, dadão de tapioca, mandioca cozida, feijão fradinho e salgadinhos como coxinha, entre uma infinidade de itens. Não faltam sobremesas como pudim de leite, brigadeirão, cocadas branca e queimada, compota de caju, banana em rodelas e uma variedade de bolos de mandioca. Cada 100 gramas custam R$ 8,19, de segunda a sexta, e R$ 8,69, nos fins de semana. A partir das 17h, há também pedidas à la carte, como o trio de pães de macaxeira acompanhados de carne de sol com nata, queijo de manteiga e queijo de coalho (R$ 25,90). Tem ainda sorvetes cremosos em estilo italiano de frutas, como cajá, seriguela, cajarana e mangaba. Serve café da manhã nos fins de semana.
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3175, Itaim Bibi, tel. 2101-7005.

Festival Cozinha sem Fronteiras – Shopping Villa Lobos
Mocotó: famoso dadinho de tapioca (Angelo Dal Bó/Divulgação)

Micaela.
Com mesas distribuídas por dois pavimentos, o restaurante de Fábio Vieira tem sempre surpresas. E das boas. Sem tempo para acomodação, o chef parece um cientista culinário em seu laboratório de criação. De aplaudir, o angu de fubá mimoso ao tucupi é coberto por ragu de pato confit e pesto de jambu com castanha-do-pará (R$ 79,00). Coisa rara: há uma especialidade paulista: a torta com doce de leite de Avaré, creme de amendoim e castanha-de-caju (R$ 28,00).
Rua José Maria Lisboa, 228, Jardim Paulista, tel. 3473-6849.

Mocotó.
Originalmente uma Casa do Norte, o restaurante fundado por José de Almeida e agigantado pelo filho dele, o chef Rodrigo Oliveira, ficou conhecido como o lugar para saborear dadinhos de tapioca (R$ 26,90 a porção) e boas caipirinhas. Hoje, a casa tem uma bem azeitada linha de produção para atender quase 10 000 pessoas que passam por lá mensalmente para pedir itens como o torresmo carnudo (R$ 26,90) ou na versão pururuca (R$ 18,50). Outra das estrelas do cardápio é a carne de sol de produção própria feita na chapa e servida com pimenta-biquinho e chips de mandioca (R$ 59,90). Nessa comida em larga escala, entram até ingredientes como maionese pronta para o molho que acompanha o croquete de carne de sol (R$ 9,90 duas unidades), servido às segundas. Finalize com a umbuzada (R$ 18,90), doce que traz três texturas do umbu: sorvete, gel e creme.
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Avenida Nossa Senhora do Loreto, 1100, Vila Medeiros, tel. 2951-3056.

Satú.
Quem toma conta da cozinha brasileira de múltiplas influências é Amilcar Azevedo, que substitui o chef Flavio Miyamura. Com o tucupi, banha camarões na brasa apoiados em creme de milho (R$ 38,00). A porção de pasteizinhos (R$ 27,00, seis unidades) leva recheio de rabada ou de taioba com catupiry. Homenagem a Minas Gerais, o bronzeado leitão crocante vem com purê de castanha adocicado (R$ 62,00). O ravióli de abóbora-de -pescoço defumada é uma versão da massa com espuma de queijo da Serra da Canastra, tudo salpicado de castanha-do-pará (R$ 49,00). De sobremesa, o flã de maracujá (R$ 27,00) tem jeitão de musse com espuma de wasabi e um crocante de puxuri, numa interessante combinação de sabores.
Rua Ferreira de Araújo, 450, Pinheiros, tel. 3032-1029.

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Tordesilhas.
Personalidade gastronômica de 2018, a chef Mara Salles desenvolve um trabalho exemplar no Tordesilhas. Não porque a cozinheira fique inventando receitas a toda hora — ela até as cria, porém, no seu próprio tempo —, mas porque dá nobreza aos clássicos da culinária nacional. Um dos exemplos dessa excelência é a moqueca capixaba, um cozido ancestral de origem indígena apresentado fumegante na panela de barro. É composto de peixe, camarão, tomate e coentro coloridos por urucum (R$ 92,00, individual; R$ 175,00, para dois). Ou o tacacá (R$ 26,00 o pequeno), caldo de tucupi com goma de mandioca, chicória-do-pará, jambu e camarão seco de rio como os melhores de Belém. Da cabeça de Mara saíram pedidas como o cremoso bolinho errado (massa de mandioca com queijo; R$ 24,00, seis unidades) e o miolo de contrafilé angus acompanhado de salada e arroz de frigideira com castanha-de-caju (R$ 78,00). Também vale provar a casquinha de siri (R$ 29,00) com matéria-prima trazida de Ilhéus (BA). Uma das joias de sua doçaria é o creme inglês de pequi com compota da parte interna da casca de maracujá e suspiro de jatobá (R$ 25,00). São essas qualidades singulares que reconduzem o Tordesilhas ao pódio como o campeão de sua categoria sete anos após a última vitória.
Alameda Tietê, 489, Jardim Paulista, tel. 3107-7444.

Vista.
Uma São Paulo linda e amigável desnuda-se a partir do
Vista, instalado na cobertura de um prédio desenhado por Oscar Niemeyer de frente para o Parque Ibirapuera e hoje ocupado pelo Museu de Arte Contemporânea da USP. É nesse cenário que o chef paranaense Marcelo Corrêa Bastos, no comando também do Jiquitaia, faz um trabalho exemplar. No menu montado por ele figura o polvo na chapa com cubos de mandioca frita (R$ 55,00). A mesma mandioca acompanha a carne de sol de filé-mignon que se completa com salada de feijão-manteiguinha (R$ 85,00). Parte da herança lusa, o bacalhau ao forno em versão clássica vem com couve, brócolis, purê de batata e ovo cozido (R$ 90,00). A rabanada com compota de maçã caramelada e sorvete de canela (R$ 27,00) dá vontade de pedir bis.
Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301, 8º andar (MAC-USP), Ibirapuera, tel. 2658-3188.

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