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COMER & BEBER 2016/2017: italianos

Confira a seleção dos melhores endereços dessa categoria

Por Arnaldo Lorençato, Helena Galante e Saulo Yassuda
Atualizado em 20 jan 2022, 10h03 - Publicado em 21 out 2016, 23h00

A edição especial VEJA COMER & BEBER São Paulo reúne 400 restaurantes. Abaixo, a seleção de italianos.

+ O melhor restaurante francês da cidade

Aguzzo Cucina e Vino: desde janeiro, a cozinha voltou a ser comandada pelo chef Alessandro Oliveira, responsável pela melhor fase da casa em tempos passados. São acertos do bom cozinheiro o nhoque colorido por açafrão ao ragu de ossobuco (R$ 72,00) e o saborosíssimo robalo com camarão, ervas, alcachofra e cogumelo shiitake fatiado na companhia de risoto de aspargo (R$ 93,00). Doce francês, o creme brûlé (R$ 26,00) é preparado com uma interferência italiana: uma fina camada de Nutella.

Attimo: ao contratar o chef Paulo Kotzent em julho, o restaurateur Marcelo Fernandes reafirma a disposição em oferecer um cardápio italiano cada vez mais clássico já que o novo cozinheiro tem passagens como titular do Piselli, do Santovino e da Bráz Trattoria. Petisco de origem romana, o suppli al telefono (bolinho de arroz recheado de mussarela; R$ 26,00) vai à mesa em porção com quatro unidades. Uma das massas frescas revisadas pelo cozinheiro é o ravióli de pera e ricota ao molho de gorgonzola doce e redução de vitela (R$ 60,00). Com a cremosidade ideal, o espaguete à carbonara (R$ 74,00) leva queijo grana padano, ovo, pancetta e pimenta-do-reino. Variação de uma receita da Toscana, a paleta de cordeiro recebe a parceria de lentilhas (R$ 84,00). Cozida em espumante asti, a pera vem com creme de caramelo e calda de frutas vermelhas (R$ 25,00).

Brown Sugar: procura ser “cool” como uma balada. E consegue — ainda que, para isso, deixe a desejar na cordialidade do atendimento. No cardápio da chef Rachel Codreanschi, sobram (caras) sugestões trufadas. Melhor ficar no básico, como os quadradinhos de arroz cremoso (R$ 26,00) com picadinho no molho bem grosso acompanhado de um pedacinho de banana caramelada, farofa e ovo de gema mole (R$ 52,00). Bicolor, o nhoque da casa chega ao molho de limão-siciliano com camarão e abobrinha (R$ 58,00).

Casa Europa: é um sucesso de público. No cardápio, predominam receitas italianas clássicas como a berinjela à parmigiana (R$ 38,00), que ficaria ainda melhor se o molho fosse um tantinho menos ácido. Servida fria, a vieira grande e firme vem com o próprio coral (R$ 17,00 cada uma). Das opções principais, o pappardelle fresco pode levar ragu de cordeiro (R$ 75,00) e a costeleta suína à milanesa chega à com o osso (R$ 74,00). O tiramisu (R$ 28,00), que já foi um dos melhores da cidade, é feito agora com excesso de queijo mascarpone.

Casa Santo Antônio: num convidativo casarão, a brigada faz a clientela se sentir à vontade. Nem a gentileza dos garçons, porém, faz passar despercebido um deslize da cozinha. No filé alla romana, nome dado aqui ao saltimbocca (R$ 59,00), podem faltar as folhas de sálvia para cobrir o bife, finalizado ainda por presunto cru. Aspectos positivos que compensam: o bom ponto da carne e o nhoque levinho, só na manteiga. O menu executivo (R$ 48,00) inclui opções como o filé de peixe com risoto de limão-siciliano bem cozido. Pouco italiano e muito saboroso, o doce de leite em forma de musse com pão de mel e frutas vermelhas custa R$ 18,00.

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Compagnia Marinara: tem a pompa de antigamente na decoração com cadeiras classudas, no estilo de serviço (muito gentil, vale ressaltar) e também na cozinha. O cardápio tem um quê de “restaurante internacional”, com pedidas como moqueca de peixe e camarão (R$ 82,00) e casquinha de siri (R$ 20,50). Com outros ingredientes do mar, faz também um ravióli de salmão com camarão e tinta de lula (R$ 68,00). A tradição se mantém na seção de sobremesas, que inclui combinações infalíveis como a torta de chocolate com calda de café (R$ 18,00).

Così: quando abriu as portas na Santa Cecília, o bairro não era hype como hoje em dia. Fiel à proposta de servir receitas italianas com um toque autoral, o chef Renato Carioni chegou a dar algumas derrapadas no meio do caminho, mas reencontrou o eixo. Não dispense o couvert com uma boa focaccia (R$ 12,50) antes de provar o pappardelle com polvo, tomate-cereja, brócolis e uma farofinha de pão (R$ 56,00). Mais parrudo que a receita original, o tiramisu de frutas vermelhas satisfaz até dois apetites (R$ 27,00).

Così
Così ()

Des Cucina: uma boa surpresa em Perdizes, bairro onde reinam botecos chiques. Os mesmos donos do quase vizinho bar Desembargador abriram esta caprichada casa italiana. A cozinha, com orientação do experiente Sergio França (ex-Italy), expede o ravióli de queijo mascarpone perfumado por raspas de laranja ao molho de manteiga e sálvia com pistache (R$ 52,00), a lasanha de massa fresca com camadas de mussarela e ragu de carne (R$ 48,00) e o brasato com polenta (R$ 58,00). Feche com o tiramisu (R$ 17,00), feito com quantidade justa de açúcar.

+ O melhor restaurante coreano da cidade

Due Cuochi Cucina: se quiser evitar as filas que se formam no Due Cuochi Cucina do Itaim (Rua Manuel Guedes, 93, ☎ 3078-8092) e do Shopping Cidade Jardim (☎ 3758-2731), prefira a menos movimentada unidade do Morumbi Corporate. Em qualquer um dos endereços sob a orientação do chef Giampiero Giuliani, encontram-se ótimas receitas que tornaram o trio de casas campeão de público. São exemplos a lasanha com ragu de costela (R$ 56,00), gratinada com a quantidade precisa de parmesão, o delicioso porquinho de pele pururuca com tagliolini fresco (R$ 81,00) e uma receita afrancesada, o pato assado com lentilha de Puy (R$ 78,00). Reserve espaço para o par de cannoli com sorvete de pistache (R$ 30,00).

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Emiliano: como tem acontecido de tempos em tempos, o empresário Gustavo Filgueiras troca o chef para trazer um sopro de frescor ao restaurante. Quem está à frente da cozinha desde o início do ano é o italiano Andrea Montella. No cardápio lançado por ele, encontram-se o paccheri valorizado por lagostins picantes (R$ 75,00), a codorna recheada de foie gras com risoto de alecrim (R$ 92,00) e o ótimo cordeiro enrolado em massa de pão (R$ 98,00). A mais recente alteração foi nas sobremesas, que incluem agora a torta de limão com merengue e sorvete de limão com hortelã (R$ 38,00).

Empório Ravioli: chef-empresário que não hesita em reformular seus restaurantes, o arquiteto Roberto Ravioli aqui se mostra mais tranquilo, mantém constância no padrão visual e culinário desta casa. O couvert (R$ 9,95) perde para o pão de linguiça (R$ 11,50) e a mussarela de búfala (R$ 29,00) como melhor aperitivo. Os pratos fartos nem sempre são leves, mas o sabor agrada. É o caso do fettuccine com camarão e abobrinha num consistente molho de açafrão (R$ 95,00). Para uma carne, vá de cordeiro cozido no vinho tinto com risoto à milanesa (R$ 63,00). O stufato al cioccolato tem a cara do bom e velho petit gâteau (R$ 19,00), servido com sorvete de creme.

A Esperança Vino e Cucina: no Itaim, a filial do A Esperança do Brooklin ganhou um acréscimo no nome e novos pratos no menu. Estão lá boas pizzas como a gratinada (R$ 64,00), de tomate, bastante catupiry e provolone, e a toscana (R$ 74,00), de calabresa moída com cogumelo-de-paris, azeitona, alho frito e mussarela. Mas há também receitas mais elaboradas como o espaguete negro com camarão (R$ 59,00). Para a sobremesa, o suflê de goiaba, mascarpone e mel sai por R$ 22,00. Só falta os atendentes da loja de vinho na entrada do salão conversarem melhor com a equipe do restaurante quando se pede para levar uma garrafa para casa.

Fasano: devoto da culinária tradicional,o restaurateur Rogério Fasano já declarou inúmeras vezes que detesta as cozinhas de vanguarda. Pelo visto, ele acaba de rever esse conceito em um dos quatro ótimos menus degustação (R$ 390,00 cada um) de seu restaurante. Isso não quer dizer que a casa luxuosa com o sobrenome de sua família passou a servir pratos cheios de espuma. Ao lado do novo cardápio com clássicos como linguini combinado a lagostim, tomate e um diabólico toque de pimenta, o chef Luca Gozzani prepara uma versão que reúne receitas autorais. O banquete compõe-se de cinco sugestões modernas. No ravióli de abóbora e foie gras, creme de amêndoa, manteiga e sálvia, por exemplo, sobressai o jogo de texturas da hortaliça e do fígado gordo de pato. Com a carne do gado wagyu, Gozzani faz um brasato cozido à perfeição.

Forneria San Paolo: as casas comandadas por João Paulo Diniz e Ricardo Trevisani estão passando por uma pequena revolução. Por enquanto, foi alterada a matriz, no Itaim, que ficou mais charmosa. No cardápio, a mudança é orquestrada por Marcelo Almeida (ex-Manioca). Com matéria-prima orgânica, o chef desenvolveu novidades como a salada intercalada por rosbife e uma tela de pão crocante (R$ 39,00). Embora vegetariano, o steak de quinoa (R$ 49,00) revela-se uma delícia. Para quem não fica sem carne, a dica é o galetinho com polenta assada (R$ 53,00). Nas sobremesas, vá de piadina de morango e doce de leite (R$ 24,00).

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Gero: pelo charmoso salão de tijolos à vista dessa versão mais simples e informal do Fasano circula uma novidade trazida da Itália. É um delicado tagliolini que pode ser preparado com um aromático ragu de coelho (R$ 84,00). O cardápio continua a incluir outras sugestões clássicas, entre elas o saltimbocca alla romana (R$ 101,00), aquele escalope de vitela, presunto cru e sálvia servido aqui com risoto de açafrão. Para quem prefere entradas bem leves, um cru, ou crudo, como chamam os italianos, funciona bem. É o carpaccio de atum desenhado como uma flor e temperado com azeite e limão-siciliano (R$ 73,00).

Il Pesce di Eataly: os resultados neste restaurante flutuam um pouco. Não estranhe se o polvo chegar mais cozido do que o ideal e com um toque a mais de sal (R$ 74,00). Durante a semana no almoço, a casa oferece o chamado pranzo veloce com prato do dia mais água, suco ou refrigerante orgânico e um docinho por R$ 38,00. Se a opção for uma taça de vinho sobe para R$ 44,00.

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Italy: atraem a clientela ao movimentado salão dos Jardins os pratos fartos como o filé de angus coberto por gorgonzola com tagliolini ao creme de cogumelo (R$ 69,00). Durante a semana no almoço, o menu executivo (R$ 62,00) pode incluir eventualmente a boa salada de folhas, abóbora, beterraba e amêndoa, além de creme brûlé na sobremesa. Só na filial do Market Place há opções para compartilhar. Uma delas é o sofiotti de queijo emmental, presunto e manjericão gratinado com parmesão (R$ 77,00, para três), um tantinho enjoativo.

La Carne di Eataly: na hora do almoço de segunda a sexta, o endereço mais carnívoro do shopping gastronômico oferece um “pranzo veloce” por R$ 38,00. O cardápio regular inclui outras boas sugestões, como a porção generosa de tagliata (R$ 48,00), composta de fatias bem rosadas de filé-mignon temperadas com azeite e pimenta-do-reino. Nos dias mais frios, peça uma guarnição mais quentinha, como a polenta mole (R$ 16,00), e uma taça de vinho da casa (R$ 10,00).

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La Quottidiana Trattoria: homônima da rede de franquias de rotisseria com a assinatura do chef e empresário Sergio Arno, a trattoria não tem grandes pretensões na cozinha. Navegando por territórios conhecidos, acerta na polenta cremosa com ragu de cogumelos e queijo taleggio (R$ 34,00), mas é tímida demais na quantidade de pimenta-do-reino no espaguete cacio e pepe, oferecido no menu executivo de R$ 54,90, que contempla ainda entrada, como um minestrone, e sobremesa. Nos dias mais frios, vai bem o nhoque ao molho de tomate e queijo brie (R$ 54,00).

La Risotteria di Eataly: com uma gigantesca praça de alimentação, o Eataly ganhou fãs na cidade e fora dela. Misturados às gôndolas com produtos culinários, muitos deles importados da Itália, há alguns restaurantes que chamam atenção. Montado neste ano, o La Risotteria, que funciona junto do Il Crudo, é especializado em pratos de arroz e o primeiro com esse perfil em toda a rede originária de Turim. Prove a versão de espinafre (R$ 54,00) com acréscimos que a tornam única: ragu de pato e uvas verdes frescas. Enquanto espera o prato ficar pronto, cai bem a bruschetta de cogumelo, queijo e ervilha (R$ 19,00) com pão rústico produzido na padaria do shopping culinário.

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Mangiare Gastronomia: sócio de Paola Carosella no Arturito e no La Guapa Empanadas, Benny Goldenberg fez bem ao convidar o argentino Pablo Inca para cuidar do fogão. Desde então, o cardápio do Mangiare teve um upgrade: entraram pedidas como a paleta de cordeiro com salada de feijão (R$ 69,00). O efeito positivo mostrou-se também no menu de almoço, cujo preço varia de acordo com o prato escolhido. Por R$ 49,00, saboreia-se o arroz de polvo com pernil. Mais em conta, o supremo de frango sai a R$ 38,00.

Mellão: visitantes de primeira viagem a casa de Hamilton Mello, o Mellão, um aviso: ainda que a comida italiana acolhedora e a falta de cerimônia do chef indiquem um ambiente bem familiar, o salão está longe de ser “baby friendly”. As mesas próximas e corredores estreitos dificultam a circulação dos carrinhos. De adulto para adulto, quem gosta de pratos ardidos pode se decepcionar com a falta de potência do filé‑mignon ao molho de três pimentas (R$ 74,00). Mas a maciez e o ponto rosado da carne, assim como o acompanhamento de risoto de parmesão, agradam. No concorrido almoço executivo de R$ 45,00, prefira o polpettone servido com tagliatelle ao molho pomodoro ou o nhoque ao ragu de galinha-d’angola. Uma entrada e uma sobremesa estão embutidas no preço.

MoDi: continua um dos endereços imbatíveis da cidade na relação custo/benefício, embora a qualidade possa oscilar, em particular na unidade do Shopping Pátio Higienópolis. Não estranhe, por exemplo, se alguma massa chegar cozida além do necessário, caso do tagliolini que acompanha a paleta de cordeiro (R$ 46,00). No mais, os outros pratos do chef Diogo Silveira costumam agradar. O trio de lulinhas ao molho de tomate (R$ 18,00) compete com a polenta com aspargo, creme de parmesão e ovo (R$ 14,00) pelo título de melhor entrada. Tiramisu (R$ 13,00) é a recomendação para a sobremesa.

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Nico Pasta & Basta: sempre há novidades na casa italiana que faz parte do grupo de restaurantes e bares do delegado Osvaldo “Nico” Gonçalves. Aliás, o policial acaba de virar uma massa por lá. É o espaguete à nico (R$ 65,00), preparado dentro de um queijo grana padano cujas raspas são flambadas com brandy até se transformarem num molho cremoso, finalizado com presunto cru e manjericão. O saboroso linguado pode vir com um risoto à parmigiana cozido além do ponto (R$ 63,00). Felizmente, os figos dourados no açúcar sobre biscoito e creme de mascarpone (R$ 23,00) deixam uma boa lembrança.

Nino Cucina: as filas à porta do Nino Cucina não se formam por acaso. Dois componentes contribuem para isso: Renato Calixto, um dos sócios e responsável pelo atendimento, e Rodolfo De Santis, dono do fogão. Aliás, as receitas de De Santis são tão essenciais que ele leva o título de chef do ano. Seu trabalho tem sido revisar clássicos e fazê-los com uma graça inédita. São os casos da costeleta suína à parmigiana (R$ 62,00) e do espaguete ao pesto com burrata e limão-siciliano (R$ 49,00). Ah, se todas as avós fizessem tortas quentes como a della nonna (R$ 24,00), de chocolate meio amargo com pera e creme de ricota.

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NINO COCINA 044 ()

Nonno Ruggero: no 1o piso do Hotel Fasano, a maioria dos clientes são hóspedes. Para conhecer a qualidade das receitas da grife, sem desembolsar taaanto quanto na casa-mãe, vale aproveitar a hora do almoço para provar um bufê simples (R$ 87,00) ou acompanhado de um prato à la carte (R$ 118,00). No Cidade Jardim, o preço baixa para R$ 72,00 e R$ 99,00, respectivamente. Um rosbife rosadinho, shiitake refogado, mussarela de búfala bem úmida e salada de penne em miniatura com tomate e presunto de parma estão no balcão frio. Entre as saborosas opções quentes, há escalope ao molho de marsala e nhoque com tomate, berinjela, mussarela, parmesão e manjericão. Feche com a torta de maçã.

Osteria del Pettirosso: o que era um negócio familiar — o marido, Marco Renzetti, no fogão e a mulher, Erika, no atendimento — aprimorou-se de tal forma com três vitórias consecutivas em VEJA COMER & BEBER que o Pettirosso não pode ser considerado mais uma trattoria. Hoje, o ristorantino tem requintes como um menu degustação e receitas autorais. Um dos exemplos é a rabada típica de Roma, a cidade natal de Renzetti, transformada num bolinho cozido no vinho tinto e servido com polenta (R$ 79,00). Suas criações incluem o impecável risoto no caldo de vitelo, açafrão e tutano (R$ 75,00). Ainda de produção própria, há deliciosos sorvetes de manga e atemoia (R$ 22,00 cada um).

Picchi: depois de várias experiências sem grande êxito em diferentes endereços, o chef Pier Paolo Picchi está vivendo um grande momento gastronômico. As evidências aparecem em detalhes simples como as viciantes cascas de batata fritas, servidas aos clientes logo na chegada. Entre as massas, um capítulo especial, está o ótimo espaguetine ao aroma de ervas com lula, tomatinho e limão-siciliano (R$ 68,00). Mais robusta, a pancetta de leitoa caipira vem acompanhada de endívia (R$ 66,00).

Pina: um panorama de receitas do centro e do norte da Itália somadas às próprias criações é a proposta do chef italiano Riccardo Rossi. Pedida para dias de calor intenso, o gaspacho de tomate e pepino é servido em um copo de coquetel com um camarão-rosa empanado (R$ 54,00). O nhoque de batata com cogumelo porcini seco recebe creme de parmesão e molho de ervas frescas (R$ 58,00). De produção própria, o sorvete de iogurte vem com duas caldas, uma de morango e a outra de limão-siciliano (R$ 22,00).

Piselli: desde o ano passado não é mais um, mas são dois Pisellis na cidade, com a abertura do Sud, no Shopping Iguatemi. Na matriz, que também continua sob o comando de Juscelino Pereira, o salão permanece disputado. O cardápio regular traz opções como o ravióli no estilo piemontês recheado de gema com queijo taleggio ao creme de trufa branca (R$ 78,00), por vezes, um tanto salgado. O saboroso beijupirá vem com a pele sequinha na companhia de brócolis e alcachofra (R$ 85,00). Na calda de mirtilo, pera e especiarias, a panacota de açafrão deixa uma doce saudade (R$ 31,00).

Piselli Sud: caçula do Piselli dos Jardins, é um dos restaurantes mais bonitos da cidade e já supera a casa-mãe em qualidade. Com localização privilegiada, fica na entrada do Shopping Iguatemi. Aqui, o sócio Juscelino Pereira encomendou ao chef David Kasparian um cardápio com pratos de todas as regiões da Itália, mas que privilegia em especial o sul do país mediterrâneo — nem sempre nas formulações originais. Uma delas é a pasta alla norma (R$ 63,00), feita aqui na forma de um saboroso nhoque de azeitona preta ao molho de tomate fresco, berinjela e ricota defumada. A paleta de cordeiro desossada ao molho de menta e purê de grão-de-bico (R$ 99,00) seria brilhante se tivesse um toque de sal a mais.

Più: desde a inauguração, no ano passado, a boa cozinha do chef Marcelo Laskani tem arrastado multidões ao restaurante. Adepto dos clássicos com uma pitada de novidade, o cozinheiro prepara tartare de atum ao limão-siciliano com tabule de amaranto e rúcula selvagem (R$ 42,00). Em linda apresentação, a paleta de cordeiro tem de complemento o nhoque romano e gel de menta (R$ 62,00). Está prevista para dezembro uma versão trattoria da casa na Rua dos Pinheiros, a Più Piccolo.

Pomodori: prodígio da cozinha, a chef Tássia Magalhães, de 27 anos, prepara várias sugestões à la carte, assim como investe em menus degustação. A versão intitulada italiana (R$ 160,00) traz receitas como frutos do mar bafejados de frescor ao limão-siciliano com purê de mandioquinha. Embora nada italiano, o queijo de cabra boursin recheia o saboroso agnellotti ao molho de manteiga, ervas e cogumelos. Curto e al dente, o fusilli vem com linguiça calabresa e polvo de ótima consistência. A paleta de cordeiro desfiada com um buquê de hortaliças ficaria melhor sem manteiga de trufa. Para os fãs de sobremesas infladas de açúcar, o bolo brigadeiro é a pedida.

Quattrino: no fundo do salão principal montado pela restauratrice Mary Nigri, uma cozinha de finalização expede pratos rápidos na hora do almoço. Entre as opções executivas, aparecem o penne com tomate fresco e azeitonas (R$ 48,00) e o paillard com espaguete mais fininho ao molho de limão (R$ 48,00). No cardápio regular, a salada de lula grelhada com tomate e rúcula vem com os ingredientes separados (R$ 34,00) — misture-os bem para aproveitar o molho de ervas. Tradição da casa, o nhoque ganha uma versão de mandioquinha com carne-seca (R$ 52,00).

+ A melhor pizzaria da cidade

Ristorantino: com almoços tranquilos e jantares disputados, a casa de Ricardo Trevisani completa um ano. Quem toca a cozinha é o jovem Henrique Schoendorfer, hoje supervisionado pelo chef Marcelo Almeida (ex-Manioca). Uma das entradas mais refrescantes, o salmão marinado vem com burrata e ovas de truta (R$ 48,00). Feito com azeite, o risólio leva arroz italiano cozido com precisão, camarõezinhos frescos e tomate desidratado (R$ 85,00). Duas sobremesas competem pela preferência da clientela: o mil-folhas de creme de limão com cobertura de frutas vermelhas (R$ 32,00) e o suflê de gianduia com chocolate belga e sorvete de creme (R$ 34,00).

Salvatore Loi: depois de uma breve passagem pelo Loi Ristorantino, hoje só Ristorantino, o chef Salvatore Loi volta em uma casa com seu nome. Mais uma vez ele está à vontade para preparar receitas refinadas. Uma delas é o risolio de lula (R$ 79,00), sem manteiga e servido num prato colorido com a tinta do molusco. Outra pedida notável, a lâmina de carne de cabrito enrolada e recheada de linguiça artesanal vem com batata e queijo (R$ 91,00). Na sobremesa, há uma tentadora reinterpretação da cassata siciliana feita de frutas cristalizadas e cereja amarena (R$ 35,00). O serviço de vinhos está nas mãos da sommelière Stephanie de Jongh.

Salvatore Loi
Salvatore Loi ()

Santo Colomba: quem comanda a cozinha é o mineiro José Alencar de Souza. A maestria do chef se expressa em receitas impecáveis como a berinjela entremeada de molho de tomate fresco e mussarela de búfala (R$ 32,00). Não há como não se empolgar com o trenette fresco — uma variação achatada do espaguete, típica da Ligúria —, feito com bottarga e polvo (R$ 69,00). O pernil de vitelo na companhia de purê de batata com um toque discreto de manteiga de trufa (R$ 79,00) é secundado por um molho do próprio assado de tirar o chapéu. Dois pecadinhos, porém, levam ao confisco de uma das quatro estrelas do restaurante: o tiramisu gelado demais (R$ 28,00) e o café mal tirado (R$ 5,90).

Sensi: o chef Manuel Coelho conseguiu montar um restaurante acolhedor como os endereços de bairro e refinado como as casas do circuito da modinha. No almoço executivo, ele faz pedidas mais simples, como o pappardelle ao molho bolonhesa (R$ 49,50) com salada de entrada e uma sobremesa do dia. O jantar é o momento de uma degustação à italiana, com pequenas porções, alteradas semanalmente. Fixo, você encontra à la carte um peixe do dia, a exemplo da meca, com batata, tomate, cebola-roxa e manjericão na folha de bananeira (R$ 66,00), e um tiramisu (R$ 21,00), de sobremesa.

Serafina: a mais recente unidade da rede americana fica ao lado do Shopping JK Iguatemi, no prédio do Teatro Santander (mas não permanece aberta depois do horário dos espetáculos mais longos, uma pena). Assusta o preço da burrata com tomatinhos (R$ 62,00), porém a qualidade do queijo é exemplar. O mesmo não se pode dizer de alguns pratos do dia, como lasanha à bolonhesa de massa muito mole (R$ 49,00), oferecida na quarta. Cai melhor a lula frita com tomate picante (R$ 49,00), de entrada, o baby beef grelhado com batata ao murro e molho de ervas (R$ 62,00) e a torta de chocolate 60% de cacau com calda quente (R$ 28,00).

Spaghetti Notte: paredes verde-escuras e rococós de gesso dão o tom antigão. Com cara de cantina, o couvert (R$ 19,90) inclui patê de pimentão, berinjela e carne bovina curada no azeite. O capricho da cozinha fica evidente na polenta cremosa com queijo brie (R$ 44,00) e no espaguete puxado no alho com pedacinhos de tomate sem pele, fundo de alcachofra e lascas de bacalhau (R$ 99,00). A sobremesa de tartufo de chocolate recheado de sorvete de nata (R$ 25,00) vem acompanhada de calda de chocolate quente, servida numa taça de prata. Despeje-a à vontade, você não vai ser arrepender. Detalhe importante: embora tenha o mesmo nome da unidade do shopping, a administração e o cardápio são diferentes. Neste endereço, sugere-se espaguete com tomate sem pele e manjericão, por R$ 35,90.

Supra di Mauro Maia: com cardápio definido por Mauro Maia e executado pelo jovem Rodrigo Bizzo, a casa de ambiente simples e culinária ambiciosa volta a brilhar como na época de sua inauguração. Tanto que recupera a quarta estrela, perdida no ano passado. Ao percorrer o menu, o cliente encontra delícias como o ravióli recheado de gema de ovo, ricota e ervas com pasta de trufa branca numa quantidade que não incomoda (R$ 76,50). De acompanhamento vem um crocante biscoito de polvilho com azeitona numa placa plana. O fagotelli, uma trouxinha de massa, é recheado de molho carbonara como se fosse uma balinha quente e cremosa com pancetta crocante (R$ 63,00). Pensou numa carne? O cabrito preparado na cachaça tem textura macia ao lado de banana‑ouro sobre polenta cremosa (R$ 79,00).

Tappo Trattoria: pequena e charmosa, é a casa italiana do chef Benny Novak. No cardápio, constam petiscos como o arancino (bolinho de risoto com molho de tomate e queijo; R$ 23,00). A colorida salada caprese (R$ 31,00), feita com tomate fresco sem pele, faz as vezes de entrada. Ainda que vez ou outra servido cozido demais, o bucatini all’amatriciana (R$ 49,00) tem um molho que deixa um agradável rastro picante na boca. O polvo grelhado com batata (R$ 81,00) seria mais atraente se fosse um pouco mais macio. O tiramisu (R$ 23,00) ou a torta de chocolate com castanhas (R$ 19,00) encerram.

Tatini: quem nunca foi ao restaurante de administração familiar pode desconfiar de tanta fila (e preços tão altos) num endereço aparentemente tão comum. Observar em ação os habilidosos garçons que finalizam no salão a maioria dos pratos ajuda a entender o encantamento do lugar. Experimente o camarão ao uísque (R$ 197,00). No fogareiro ao lado da mesa, entra uma dose caprichada de manteiga e cebola antes dos crustáceos grandões flambados e depois mergulhados no creme de leite fresco. Também com camarão e mais molho de tomate, o fettuccine cabo frio sai por R$ 198,00. Para não quebrar a magia, não espere muito do carrinho de doces como a torta de chocolate e mascarpone (R$ 17,50), apenas regular.

Terraço Itália: nem os preços do cardápio nem o visual impactante do topo do Edifício Itália sugerem um local de almoço executivo (R$ 95,00). Mas a verdade é que vale a pena aproveitar esse horário do dia para desfrutar a vista e pagar um pouco menos por um menu completo do chef italiano Pasquale Mancini. As combinações podem incluir uma polenta cremosa com crocante de presunto cru seguido de salmão marinado ou nhoque de molho gorgonzola e rúcula. A sala Panorama tem música ao vivo no jantar (R$ 47,00 o couvert artístico) e pedidas como o camarão ao vinho branco com risoto de açafrão (R$ 136,00) e o merengue com mascarpone, chocolate branco e morango (R$ 29,00), para os casais de apaixonados dividirem.

Restaurante Terraço Itália
Restaurante Terraço Itália ()

Totò: só de beber uma das equilibradas caipirinhas na varanda envidraçada, a visita já vale a pena. Mas é um pecado aparecer e não provar as massas da chef e proprietária Luiza Helena Fitipaldi Bistolfi. O tagliatelle san daniele (R$ 50,00) vem com cogumelo-de-paris, presunto cru e um toque de creme de leite. Recheado de escarola, o ravióli é o parceiro do vitelo assado ao molho de manteiga e ervas (R$ 68,00). Distraem o paladar antes dos pratos os quadrados de polenta frita colorida por espinafre e coberta de lascas de parmesão (R$ 27,00). A tortinha de limão para encerrar custa R$ 12,00.

Trattoria: na hora do almoço, não é raro encontrar o restaurateur Rogério Fasano circulando pelo salão. Ele sugere pratos aos clientes mais assíduos e supervisiona o serviço, neste endereço de perfil muito mais informal que o da casa-mãe do grupo. Com boa execução, os pratos não causam o mesmo impacto da estreia três anos atrás. Depois da berinjela à parmigiana (R$ 49,00), é possível seguir para uma massa, como o espaguete com sardinha, tomate-cereja e farofa rústica de pão (R$ 71,00), ou uma carne, a exemplo da deliciosa bracciola (R$ 75,00). Batata ao forno (R$ 27,00) ou no formato de purê (R$ 27,00) estão entre as sugestões de acompanhamento, servido em porções pequenas. Para um doce bem doce no final, vá de zuppa inglese (R$ 34,00), de pão de ló no avermelhado licor de Alkermes com chocolate.

Tre: tem ambiente com visual de impressionar, criado pelo arquiteto americano Eric Calrson. As receitas são do chef e sócio Rodrigo Queiroz, à frente do Tre Bicchieri, no Itaim. Fugindo um pouco da cozinha italiana, o estabelecimento passou a oferecer hambúrgueres. O que tem o nome da casa leva queijo cheddar, bacon crocante, maionese, alface, tomate e cebola-roxa no brioche de produção própria. Custa R$ 39,00 e vem ao lado de salada e fritas. Das massas, o nhoque pode ser pedido all’arrabiata (R$ 71,00), um molho de tomate picante com anchova, manjericão e azeitona preta. Perola nera (R$ 29,00) é uma torta de chocolate quase sem açúcar.

Tre Bicchieri: quem cuida da cozinha é o também sócio Rodrigo Queiroz. Ele acerta a mão em massas como o nhoque de batata dourado com tomate-cereja, lula em tirinhas, rúcula e cebola‑roxa empanada, finalizado por lardo italiano fatiado bem fino (R$ 68,00). De segunda a sexta, na hora do almoço, o menu executivo (R$ 79,00) lista opções como berinjela com ragu de linguiça picante gratinada seguida de lasanha verde à bolonhesa. O couvert está incluso nesse preço.

Tre Bicchieri
Tre Bicchieri ()

Vecchio Torino: nesta casa de culinária clássica, não há como escapar do nhoque fontina (R$ 93,00), receita do chef e dono, o italiano Giuseppe La Rosa. A massa de batata levíssima aparece mergulhada num delicioso molho de tomate com queijo para ser comida de colher. Na versão do cozinheiro, o tradicional polpettone paulistano (R$ 96,00) é feito com delicadeza e servido ao lado de um fusilli com sabor deliciosamente caseiro. Para encerrar, o creme de mascarpone com calda de frutas vermelhas (R$ 42,00).

Vicolo Nostro: com dezoito anos de trajetória, o restaurante de cozinha comandada por Cristiano Panizza se consolidou como espaço de eventos disputado (o salão decorado como uma vila italiana cheia de plantas ajuda a atrair a atenção). Receitas como o penne com queijo de cabra, presunto cru, alho-poró e pinhole (R$ 68,00) e o risoto de salmão ao vinho espumante com brócolis (R$ 72,00) chegam à mesa no mesmo padrão de qualidade. No bom almoço executivo, o nhoque de mandioquinha ganha molho ao pesto e lâminas de amêndoa (R$ 60,00).

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Vinheria Percussi: uma dupla de irmãos toca a casa que é uma das boas referências italianas da cidade. Lamberto Percussi organiza o serviço e a carta de vinhos, e Silvia supervisiona a cozinha. O ótimo bacalhau ao estilo da Itália vem com purê de batata, tomatinhos e manjericão (R$ 93,00). É páreo para o ossobuco com bolinho de risoto salteado (R$ 88,20). O contrasto (R$ 22,80), feito de uma casquinha de chocolate escuro e frutas vermelhas congeladas, recebe calda quente de chocolate branco e derrete na hora.

Vito: mesmo com a saída do midiático chef André Mifano, o charmoso restaurante da Vila Beatriz continua uma boa opção. As receitas são preparadas por Manoela Murgel de Azevedo, que, ao contrário do seu antecessor, não tem como foco principal o porco. Em duas fatias, a barriga suína ganha pele pururuca e é recheada de farofa de pão e nozes-pecã. Vem com repolho-roxo queimado na grelha e custa R$ 72,00. Antes, prove o tartare de angus com farofinha crocante de cebola empanada (R$ 45,00). Durante a semana, há um caprichado almoço executivo (R$ 52,00), que pode ter o rigatoni com siri gratinado de prato principal.

Walter Mancini Ristorante: especialista na arte de conquistar a clientela, o restaurateur Walter Mancini instrui sua brigada em fazer pequenos agrados, como tocar uma versão instrumental de Parabéns a Você para os aniversariantes (o couvert artístico custa entre R$ 9,00 e R$ 29,00). Não faltam receitas classiconas no menu, como o capelete in brodo com galinha desfiada (R$ 68,00) e o robalo grelhado com talharim ao molho de amêndoa (R$ 119,00). Para gastar menos, o menu fechado de R$ 119,00 oferecido no jantar de domingo a quinta traz opções mais simples, como polenta com ossobuco e galeto com salada.

Zucco: durante o almoço no MorumbiShopping, é possível se servir do caprichado bufê de saladas e depois pedir um prato executivo (de R$ 48,00 a R$ 64,00, sem sobremesa) como o risoto de linguiça artesanal, o filé-mignon empanado e gratinado com mussarela de búfala e a pescada-cambucu grelhada com molho de manteiga e alcaparra acompanhada de purê de mandioquinha. Do forno a lenha sai ainda um entrecôte em crosta de cogumelos com capellini na manteiga com folhas de sálvia. Boa notícia para os diabéticos: a pirâmide de chocolate meio amargo e branco sem açúcar (R$ 29,00 na unidade dos Jardins; R$ 22,00 no Morumbi) é uma delícia.

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