COMER & BEBER 2016/2017: japoneses
Confira a seleção dos melhores endereços dessa categoria
A edição especial VEJA COMER & BEBER São Paulo reúne 400 restaurantes. Abaixo, a seleção de culinária japonesa.
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Aizomê: ao se sentar numa das cadeiras ao redor do balcão e solicitar um menu degustação (R$ 210,00), não espere tanto das pedidas frias, ou melhor, geladas, no caso dos sashimis e sushis. Fatiados com antecedência e deixados no refrigerador, peixes como linguado, carapau e atum ficam quase sem gosto. Felizmente, o mesmo não se pode dizer das sugestões quentes, preparadas pela sócia Telma Shiraishi. Entre as delícias, aparecem ostra empanada e frita com molho tártaro e beterraba e entrecôte de wagyu servido bem malpassado na pedra quente com cogumelos. Sobremesas como a musse de matchá decorada com frutas vermelhas (R$ 26,00), a cargo da chef confeiteira Vivianne Wakuda valem a visita.
Aoyama: as filas na porta são o termômetro do sucesso desta rede de rodízios. Basta se sentar para que comida apareça instantaneamente sobre a mesa. Alguns dos pratos não têm nada de japoneses, caso do tartare de salmão, aliás peixe que aparece o tempo todo. Uma pedida aparentemente sem liga, mas que dá certo é o dyos de salmão com abacaxi e raspas de limão. Pule o hot roll de salmão gorduroso e sem graça. Também evite o missoshiru, que lembra uma sopa industrializada. Em ritmo de fast-food, os sashimis e sushis não chegam a empolgar. O que provar então? As apetitosas frituras como a trouxinha de camarão e abóbora-cabotiá, o rolinho primavera e o guioza, além da chapa de cogumelos. Sai a R$ 84,90. No almoço durante a semana, há uma versão reduzida a R$ 59,90.
Aya Japanese Cuisine: responsável pelos bons resultados, o sócio Juraci Pereira abriu em junho uma casa mais simples, o Niaya, no Jardim Paulistano. Aqui, uma das melhores maneiras de provar as sugestões é a degustação (R$ 182,00 por pessoa às segundas e R$ 264,00 nos demais dias). Inclui sushis de chutoro com ovas e flor de sal, barriga de salmão salpicada de raspas de limão e flor de sal, robalo corado por pimenta ralada com nabo mais sal do Himalaia e lula com conserva de yuzu e sal negro do Havaí, além de pratos quentes. Entusiasta de diversos tipos de sal, o chef usa o condimento até numa sobremesa, a musse de chocolate (R$ 20,00). Ele está, porém, no limite do exagero, o que pode tirar o restaurante da linha de qualidade.
Ban: este é o território do chef japonês Masanobu Haraguchi, que recebe muitos conterrâneos no salão pra lá de simples. Eles são atraídos pelas boas receitas quentes, como o tempurá sequinho de camarão (R$ 85,00 a porção) e o sara udon (R$ 40,00), um mix de macarrão fino frito com legumes e frutos do mar.
By Koji: dá para estacionar o carro dentro do Estádio do Morumbi e descer bem pertinho do restaurante do chef Koji Yokomizo (que tem o funcionamento alterado em dias de jogo, claro). Na hora do almoço, há atraentes combinados executivos, por R$ 65,00. Entre os itens principais que podem ser elegidos estão as fatias de sashimi e o porco à milanesa. Na seção de petiscos que acompanham, têm grande saída o carpaccio de salmão, fatiado um tanto grosso, e o shimeji na manteiga. Do menu regular, invista no sushi de atum (R$ 25,00) e no tempurá de camarão e legumes (R$ 80,00).
Dhaigo: são dois endereços com a matriz no Itaim. A unidade pioneira, surgida como um izakaya dezoito anos atrás quando esse tipo de boteco japonês estava longe de ser modinha, aderiu ao sistema de rodízio. Garçonetes passam pelas mesas oferecendo os sushis previamente preparados. As opções vão de pedidas melhorzinhas como o atum batido picante à fraca combinação de salmão com cream cheese e camarão, além do intragável hot roll de salmão servido frio. A casa tem a vantagem de fazer os clássicos niguiris de peixes como tainha e robalo. No Itaim, o rodízio custa R$ 68,00 no almoço e R$ 81,00 no jantar. Mais em conta, em Santana sai a R$ 57,90 no almoço de terça a sexta e R$ 79,00 nos demais horários.
Djapa: embora este rodízio não tenha só receitas japonesas, seus resultados são quase sempre superiores aos dos concorrentes. O grande problema está na desorganização do serviço nos fins de semana, quando há mais movimento. Antes mesmo de chegarem as bebidas, a mesa é invadida por entradas como vinagrete de lula, um dos 35 itens da comilança. Comece pelas ostras, que continuam a melhor pedida, seguidas de perto pelo tempurá de berinjela sequinho. Além de sashimi de dourado e polvo, há temakis gigantões e sushi à brasileira, inclusive um uramaki de tomate seco e kani. Tropeços podem aparecer no guioza de massa arrebentada e no insosso salmão no papillote. Custa R$ 89,00. Durante a semana, a casa oferece no almoço uma versão executiva do rodízio, por R$ 59,00.
Geiko-San: todo estiloso e escurinho, o salão conta com uma escada iluminada e um bonito painel colorido de ilustrações orientais. Responsável pelo cardápio, o chef Fabrízio Matsumoto (ex-Nagayama) investe em pequenos bocados como o tempurá de shissô coberto de tartare de atum (R$ 9,00) e o sushi de salmão selado com ovo de codorna pochê e toque de azeite trufado (R$ 13,00). Antes, peça o sashimi do chef (R$ 52,00), com atum, salmão e peixe branco, e torça para que não demore muito para chegar — o serviço costuma ser lento.
Hakken: a clientela quase não presta atenção ao cardápio e fica no rodízio (R$ 69,00 às terças e quartas e R$ 74,00 no restante da semana). Vem primeiro à mesa o fraco ceviche, feito de aparas de peixes. Em seguida, aparecem o bom cogumelo shimeji na manteiga mais frituras sequinhas como wonton de abóbora e lula dorée, além de camarão e frango empanados numa massa mais grossa. Os pratos quentes incluem o saboroso salmão mitsuke (cozido no shoyu com gengibre e açúcar). Nos sashimis e sushis, predominam as versões de salmão, ainda que haja opções de tilápia e de atum, peixe que rende as melhores pedidas como no temaki com cebolinha.
Hamatyo: o ritual acontece todas as noites, com exceção dos domingos. No salão de apenas vinte lugares, o veterano Ryoichi Yoshida prepara somente porções de sashimis ou de sushis. Não são em conta. A seleção individual de bolinhos cobertos por peixes variados e com o nome da casa sai por R$ 200,00. Também é possível pedi-los em duplas. Se a vieira congelada importada do Canadá pode parecer sem graça, brilham peixes frescos como o robalo com shissô, o carapau, o olho-de-boi gordo e um pargo de aplaudir. De tempos em tempo, o itamae — como se fala chef em japonês — recebe até o bluefin, o atum-azul gigante congelado e importado de Twain.
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Huto: além desta casa com quase uma década em Moema, o dono Fabio Yoshinobu Honda montou, no início deste ano, um izakaya moderno no Campo Belo. A clientela ruidosa do restaurante escolhe entre as opções à la carte e três tipos de degustação (R$ 178,00, R$ 254,00 e preço de acordo com os ingredientes do dia). Quem opta pelos mais caros desses menus chamados de omakassê saboreia pratos como tempurá de shissô com ovas de ouriço e a deliciosa pancetta ao molho de limão e shoyu. Mas é preciso conter-se, já que em seguida chegam sushis cobertos por olho-de-boi com ovas de tainha e atum. A refeição completa-se com uma sobremesa se ainda houver espaço para ela.
Jam — Japanese Food, Arts & Music: a ideia aqui é comer enquanto se escuta pop tocado ao vivo nos amplos salões. É dos bons o ceviche jam (R$ 51,00), de peixe, polvo e camarão mais suco de laranja, Tabasco e gergelim. Os sushis, por outro lado, nem sempre se dão bem, em bolinhos compactos demais cobertos por peixes como buri (R$ 9,00) e atum (R$ 10,00). Da ala quente, peça o espeto de filé-mignon bem vermelhinho (R$ 21,00). Sobremesas como a banana flambada na própria casca com calda de laranja e sorvete de creme (R$ 19,00) encerram a visita.
JoJo Ramen: que sushi que nada! Esse é o ano do lámen em São Paulo. O macarrão japonês está em alta em bares e restaurantes. Nessa casa aberta pela empresária Simone Xirata, a receita é levada a sério. Tanto que a massa é de fabricação própria, sob a consultoria de Takeshi Koitani, dono de dois restaurantes da especialidade na região de Tóquio. O kara tsukemen (R$ 37,00) é um macarrão mais grosso servido separado do caldo apimentado para ser misturado pelo cliente. Na linha clássica, há as versões shio (sal) ou shoyu (molho de soja) no estilo jojo, ou seja, incrementadas por carne de porco, ovo cozido, alga, cebolinha e broto de bambu. Cada uma delas sai a R$ 32,00.
Jun Sakamoto: uma casa sem nome na fachada esconde o endereço mais caro e refinado da categoria. O clima de exclusividade é reforçado pelo modo de funcionamento: sempre com reserva, apenas oito pessoas são atendidas pelo próprio Jun Sakamoto a cada noite. A degustação (R$ 365,00) inclui dezesseis sushis, como o de vieira carnuda maçaricada de leve e finalizada com gotas de limão-siciliano e o de carapau ao gengibre. A combinação do arroz morno com um pouco (bem pouco) de shoyu fica uma delícia. Da cozinha, chegam pratos quentes, caso do ninho de ovo de codorna de gema mole com azeite trufado e alho-poró frito e do lámen no caldo delicado de peixe. Puro refinamento.
Junji Sakamoto: se a casa que Jun Sakamoto mantém com seu nome em Pinheiros é cara, do tipo “para ocasiões especiais”, seu Junji, no Shopping Iguatemi, faz a linha “do dia a dia”, ainda que as pedidas não sejam baratas. Vai bem um temaki de atum de alga crocante e no tamanho ideal da mordida (R$ 21,00). Com arroz morninho, os sushis em dupla, como os de peixe-serra (R$ 14,50), devem ser apenas pincelados com shoyu em vez de mergulhados no molho. Servido dia e noite, o teishoku especial (R$ 76,00) é a refeição composta de tartare de salmão com gelatina salgada, carpaccio de peixe branco, sushis, sashimis e missoshiru. Termine com a musse de chocolate (R$ 22,00).
Kan Suke: O ritual se repete duas vezes por semana. Acompanhado da esposa, Maki, o chef Keisuke Egashira deixa sua casa, na Vila Mariana, às 5h30 em direção ao centro. Na região do Mercadão, ele se encontra com o peixeiro e seleciona os pescados que vai preparar. O fornecedor do qual compra o essencial de sua cozinha clássica não revela os peixes que destina ao cozinheiro para evitar o assédio da concorrência. Com serra, carapau e garoupa, ele faz sushis impecáveis. O nobre torô, a barriga gorda de atum, é usado num tartare ao qual se adiciona gelatina de vinagre (R$ 55,00). As receitas podem ser provadas em duas degustações, uma apenas com opções frias (R$ 240,00) e a outra que inclui três pratos quentes (R$ 260,00). Há ainda um delicioso almoço executivo, servido inclusive aos sábados, por R$ 55,00.
Kinoshita: entre os expoentes da categoria, o restaurante comandado pelo chef Tsuyoshi Murakami oferece pequenos (e caros) bocados da culinária japonesa. Com dez fatias de atum, buri, salmão, namorado e serra, o sashimi matsu sai por R$ 74,00. Já a versão pequena de bem montados sushis, com nove unidades, custa R$ 89,00. Antes empanado na farinha panko e agora servido como um tempurá bem levinho, o ebi fry (R$ 76,00) traz deliciosos pedaços de camarão frito — a porção diminuta dá vontade de pedir bis. Sem acompanhamento incluso, a barriga de salmão marinada por três dias no missô (R$ 55,00) é finalizada por raspas de limão. Antigo no cardápio, o choco moti (R$ 30,00) é a melhor sobremesa. Trata-se de uma dupla de bolinhas à base de arroz recheadas de chocolate belga e servida com sorvete.
Kitchin: mais um bom restaurante montado por ex-funcionários do Nagayama com investidores. Neste caso, quem entrou com a grana foram os jovens irmãos Gabriel Diniz Abrão e Marcella Diniz Abrão. Para tocar o projeto, trouxeram os maîtres-gerentes Fernando Ramalho Silva e José Ferreira Souza mais o sushiman Denis Watanabe. O chef expede sushis com peixes variados. A versão individual (oito unidades; R$ 118,00) inclui carapau, olho-de-boi, salmão, lula e polvo. Antes, vale provar as porções de sashimis de atum e pargo (R$ 25,00 e R$ 20,00, respectivamente) e as ótimas vieiras grelhadas (R$ 60,00). No almoço durante a semana, o executivo sai por R$ 72,00.
Kosushi: tem visual moderno esta dupla de casas frequentada por jovens e executivos. Por lá, provam-se sushis por unidade de peixes como serra (R$ 9,00) e robalo (R$ 14,00). Para quem gosta de pedidas empanadas, o hot roll de salmão é incrementado com cream cheese e cebolinha (R$ 33,00). O yakissoba de carne (R$ 38,00) figura na lista de opções quentes. No almoço durante a semana, um dos combos do menu executivo traz carpaccio de peixe branco, sete fatias de sashimi e tempurá (R$ 65,00). Finalize com a musse de chocolate (R$ 14,00).
Kozaka: as opções à la carte são quase sempre desprezadas pela clientela que prefere o rodízio (R$ 53,50 no almoço de segunda a sexta, R$ 62,00 no jantar de segunda a quinta e almoço de sábado e R$ 65,00 no jantar de sexta e sábado). Além de sashimis de salmão, atum e tilápia cobrem os bolinhos de arroz na linha unidos para sempre. Também chegam à mesa muitas variações de sushi de salmão: pele frita, filé frito gorduroso com maionese, cru em fatias… Há ainda uramaki califórnia de manga, uramaki de ovas e temakis. Evite o yakissoba sem graça e o tempurá com tiras de legumes envoltas numa massa grossa.
Lamen Kazu: quando a moda do lámen ainda era restrita à Liberdade, esse minúsculo endereço já contabilizava longas filas. Os fãs vão sempre atrás das mesmas receitas. Depois do delicado guioza suíno (R$ 15,00), escolha em qual caldo prefere mergulhar os longos fios do macarrão típico. Nas pedidas chamadas de “shio”, a base é mais leve, apenas de sal. Para um sabor mais forte, peça as versões como o missô yassai (R$ 40,00), feito com a pasta de soja fermentada, mais legumes e fatias de carne de porco. Quem chega tarde corre o risco de ficar sem o choux creme. De tão pedida, a carolina de creme (R$ 5,20) de sobremesa acaba às vezes antes do jantar.
Manihi Sushi: no agradável salão de Perdizes, o rodízio pode começar com sashimis de salmão, atum e robalo, um peixe branco raro nesse tipo de casa. Na sequência chamada premium, entram o sashimi de barriga de salmão com batata palha, o camarão empanado envolto em salmão, sushis de camarão, polvo e ovas de massagô, além de vagem de soja verde cozida. Só podiam banir o dyos com Doritos da sequência. Alguns itens como yakissoba, teppan yaki e milanesas orientais precisam ser pedidos com insistência para vir à mesa. Sai a R$ 109,90 o rodízio completo, mas há uma sugestão sem os itens especiais por R$ 89,90 — no almoço executivo durante a semana, também há menos opções e sai a R$ 62,90. Na filial da Vila Leopoldina, os preços são mais em conta.
Nagayama: pioneiro entre os endereços criados por Mario Nagayama, permanece como um dos melhores restaurantes da categoria. O frescor dos pescados é essencial na qualidade alcançada. Caso consiga um lugar no disputado balcão, comece por uma seleção de sashimis, como o de robalo (R$ 20,00), e prossiga com seus pares de sushis favoritos: toro (R$ 44,00), buri (R$ 18,00), linguado (R$ 17,00), serra (R$ 16,00) e enguia (R$ 40,00). Na filial dos Jardins , os preços são mais altos. Ao lado da matriz, fica o Nagayama Café.
Nakka: lugar pequeno, badalado e de ambiente modernoso. O público, que lota o espaço mesmo em uma segunda-feira, procura não só agito, mas boa comida. A equipe numerosa monta duplas de sushis de buri (R$ 20,00) e de vieira bem fresca com flor de sal (R$ 25,00). Na linha ostentação, há o sushi enrolado em fatia de salmão com gema de ovo de codorna, maçaricado em seguida (R$ 30,00). Das pedidas quentes, a ostra empanada crocante (R$ 32,00) agrada mais que a robata de barriga de porco (R$ 14,00) meio ressecada. A casa está se expandindo para os Jardins, com a abertura de sua primeira filial.
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Niaya: é o segundo endereço aberto pelo chef Juraci Pereira, do Aya Japanese Cuisine. No novato, a pegada é mais pop, de salão moderninho e combinados no menu. O combo especial I (R$ 98,00) agrupa nove fatias de sashimi, seis sushis e quatro uramakis de salmão cobertos de ovas. Se preferir um prato quente, invista no filé-mignon de gado wagyu rapidamente grelhado e fatiado. Acompanha a pedida o purê de batata com cogumelos shimeji e shiitake e só um toque de azeite trufado (R$ 54,00).
Nosu: reis da comida caipira na Zona Norte, os irmãos Marcus Vinicius e Marcius Temperani, do restaurante O Compadre, no Shopping Lar Center, montaram esta casa oriental com o sócio Ricardo Marques. No bonito salão revestido de bambu, o chef Regis Hideki Shiguematsu faz caprichados sushis em pares com peixes como pargo e olho-de-boi (R$ 20,00 cada dupla). Na grelha conhecida como robata, são assados espetinhos de rã (R$ 18,00), entre outras opções. O brownie morno (R$ 16,00), bem docinho, vem com sorvete de wassabi ou gengibre. Durante a semana, há um atraente almoço executivo intitulado nosu 1 por vantajosos R$ 49,00.
Ohka: este é um lugar para quem é fã das pedidas frias da culinária japonesa servidas em espaço badalado. De longe, só se vê a silhueta dos garçons no salão escurinho. Eles trazem à mesa o carpaccio de polvo em fatias agradavelmente firmes, mas com molho ponzu às vezes salgado (R$ 44,00). É melhor ficar no sashimi em porção de cinco fatias de peixes como carapau temperado com gengibre (R$ 18,50) e robalo (R$ 21,00). Saborosa, a barriga de salmão pode ser oferecida na duplinha de sushi (R$ 21,50). Muita coisa fria? Inicie a refeição com o fumegante missoshiru, bem saboroso (R$ 8,50).
Sakagura A1: Pratos quentes sempre foram o forte do restaurante do japonês Shin Koike. Receitas como o bacalhau negro grelhado (R$ 90,00) continuam saborosas. Mas foi no balcão frio que a casa se superou. Na degustação, o titular Celso Hideji Amano, premiado neste ano na Copa do Mundo do Sushi, no Japão, faz maravilhas como o oniguiri de chutoro e o enrolado de ovas de ouriço-do-mar na alga aquecida até ficar crocante. O preço parte de R$ 180,00 e varia de acordo com as pedidas do dia.
SassáSushi: o chef Alexandre Saber tenta ser criativo em opções à la carte como os esquisitões sushis de arroz integral cobertos por abobrinha orgânica (R$ 62,00) e as saborosas iscas de pirarucu empanado (R$ 31,00). Servido no jantar e nos fins de semana, o rodízio (R$ 82,90) segue a linha vapt-vupt. Ou seja, tudo feito na pressa e sem capricho, em especial os sushis e o espaguete molenga com camarãozinho, que foi bem melhor no passado. Alguns itens são razoáveis, como o carpaccio de salmão ao molho de maracujá, o guioza e os cogumelos na manteiga.
Sendai: de movimento bem tranquilo e misto entre orientais e ocidentais, o restaurante monta barcas de madeira com sushis e sashimis de encher os olhos — e a mesa. Na opção comum (R$ 133,50), são dezesseis fatias de sashimi, seis sushis e seis enroladinhos. A cozinha quente falha mais nas frituras, seja no tonkatsu de porco à milanesa (R$ 52,70), um tanto oleoso, seja no tempurá de sorvete com flocos de milho açucarados em volta (R$ 23,50), cheio de gelinhos no interior. Aviso aos marinheiros de primeira viagem por lá: a casa não serve rodízio — e faz questão de anunciar isso na porta de entrada.
Shigue: o casal que comanda o lugar tem longa experiência em endereços japoneses. O sushiman Armando Shigueyoshi Hata trabalhou no Sea House quando o restaurante estava no auge, e a mulher dele, Enilva, passou pelo extinto Suntory. A dupla recebe a clientela com sashimis muito saborosos de peixes como atum e buri (R$ 87,00, quinze fatias). Opção quentinha, o oyakodon combina na tigela arroz, frango e ovo com um tempero levemente adocicado (R$ 42,00).
Shigueru: tem o mérito de manter o padrão de atendimento e de cozinha quando a casa se encontra cheia ou mais tranquila. Se estiver com tempo, peça o sukiyaki (R$ 160,00), tradicional cozido de vegetais com cogumelos e carne. Ele é montado na mesa vagarosamente, respeitando a velocidade de cozimento de cada ingrediente. Só no jantar, a casa faz o ebi shinjo (R$ 35,00, seis unidades), uma porção de trouxinhas recheadas de camarão. O balcão frio capricha na quantidade de atum do temaki (R$ 25,00) e no corte dos sashimis no combinado simples (R$ 86,00).
Shin-Zushi: o tradicional e concorrido balcão está sentindo a distância do sushiman Ken Mizumoto, atualmente dedicado ao recém-inaugurado izakaya Yorimichi, também no Paraíso. No mesmo valor de R$ 280,00 desde o ano passado, a degustação deslizou na temperatura do chutoro, por exemplo. De tão gelado, quase não dava para sentir o sabor da gordura do peixe. Outros sushis, como os de barriga de olhete, carapau com gengibre ralado e serra, compensam, e muito. A cozinha expede ainda alguns quitutes quentes para entreter o paladar. Apesar de um tanto oleoso, o tempurá de milho faz uma graça ao explodir na boca. Para finalizar, um caldo de peixe bem suave com cogumelo, cebolinha e camarão.
Sushiguen: dividir a mesma galeria com o premiado concorrente Kan Suke (eleito o melhor da categoria em 2013, 2014 e neste ano) e continuar sempre cheio já é um bom sinal. Aqui, a proposta de serviço é menos ortodoxa. “Pode pôr wasabi no sushi?”, os garçons perguntam antes de trazer à mesa a dupla de bolinhos de arroz cobertos por fatias grandes de atum (R$ 24,00). É melhor dizer que sim: a quantidade da raiz-forte vem exata, nem a mais nem a menos. Na porção de trinta fatias de sashimi (R$ 120,00), a variedade de peixes contempla buri, carapau com gengibre e cebolinha ralados por cima, atum e salmão. Antes, não deixe de pedir a porção de guioza de carne bovina na massa fininha (R$ 22,00).
Sushi Kiyo: na ativa desde a década de 60, o sushiman Kiyomi Watanabe foi um dos primeiros a servir combinados na cidade. Vale subir alguns degraus de escada até o salão e pedir o seu. O mais simples traz quinze peças e custa R$ 75.00. Da linha de sugestões quentinhas, o tanuki udon vem com o macarrão no caldo mais lascas de massa de tempurá e cebolinha (R$ 38,00). Também agrada a anchova grelhada servida com arroz e missoshiru.
Sushi Lika: bem popular na Liberdade, a casa é tocada pelo sushiman baiano Josino de Souza, o Lika, e pela mulher dele, a nissei Essoe, que cuida do salão. A maioria das pedidas é tradicional, caso do sashimi de robalo (R$ 70,00) e dos sushis de olho-de-boi (R$ 16,00) e carapau (R$ 14,00), benfeitinhos, mas sem grande brilho. No almoço, oferece teishokus, as refeições completas, a preços vantajosos (R$ 33,00 a R$ 49,00).
Tanuki: o endereço é simples e lembra as antigas casas da Liberdade. O público, composto de gente descolada que circula pela Vila Madalena, é recebido sempre com um petisco diferente, que pode ser a alga marinha com cogumelo shiitake. Com dez fatias de peixe, a porção de sashimi pode trazer o carnudo beijupirá (R$ 59,00) ou o branquinho carapau (R$ 59,00). Para combinar sushi e sashimi, o combo individual com dezoito peças sai a R$ 69,00.
Tempura Ten: pura gentileza, Tiyoko Imai e o filho, Makoto, recebem a clientela para uma degustação de bons tempurás (R$ 120,00) no jantar. É ela quem faz o papel de chef que antes pertencia ao marido, Masaomi Imai, mestre nessa arte morto no ano passado. Ainda que sem a mesma excelência, é possível provar pequenas joias envoltas numa renda de farinha, entre elas o camarão e a massa de palmito na folha de shissô. No almoço, há karê rice e milanesas de lombo, frango, peixe e camarão (R$ 40,00 a R$ 60,00 cada uma).
UN: antes de se fixar em São Paulo como sócio operador desta casa de Luigi Cardoso, o chef Tadashi Shiraishi teve uma experiência em filiais europeias do restaurante Nobu, com matriz em Nova York. Com maestria, faz um moderno sashimi de vieira marinado e banhado no azeite quente (R$ 47,00). Os pares de sushi têm arroz de cozimento e tempero impecáveis. Vá de duplas com ótimas opções sazonais: graçainha (R$ 15,00), lírio (R$ 17,00) e carapau (R$ 15,00). Outros pratos que valem ser conhecidos: risoto vegetariano de quinoa e cogumelos (R$ 48,00) e a barriga de porco com missô de nozes (R$ 50,00).
Yakitori: garçons correm para lá e para cá a fim de atender a numerosa clientela, predominantemente de descendentes de japoneses, que nos fins de semana lota o salão. A estrela são os apetitosos espetinhos que pulam da churrasqueira comandada pelo cozinheiro Takaaki Yasumoto, também sócio do izakaya Taka Daru. A maioria é de frango, como o coração (R$ 7,10), a moela mais durinha (R$ 6,50) e a pele (R$ 7,10). Também faz bonito o oden (R$ 67,00), cozido de nabo, massa de peixe, inhame, batata-doce asiática konhaku, ovo, alga kombu e até um improvável charuto de carne no repolho.