Os melhores bares-restaurantes de São Paulo
Confira os endereços da categoria selecionados para o guia COMER & BEBER 2018/2019
Mais uma vez, o bar-restaurante A Casa do Porco Bar, do chef Jefferson Rueda, foi premiado como dona da melhor cozinha de bar de São Paulo pelo COMER & BEBER 2018/2019.
Confira, abaixo, mais detalhes sobre a casa e conheça outros endereços onde a comida é tão importante quanto a comida.
Um público que não parece ter lá muito problema com a fatura do cartão adora almoçar e jantar em um dos três endereços de inspiração ibérica. Em comum, todos têm ambiente de jeitão rústico e ao mesmo tempo confortável. As refeições, impreterivelmente, ganham a companhia de bebericos como uma garrafa de vinho ou um coquetel, caso do Porto-tônica (R$ 32,00). Para continuar com a boca fresca, peça a salada de tomatinho com queijo de cabra (R$ 43,00). O bacalhau à gomes de sá (R$ 79,00), em lascas acompanhadas de batata, cebola, brócolis, ovo e azeitona, é regado a um bom azeite. Rua Doutor Melo Alves, 728, Jardim Paulista, 3061-3323.
O bar luso-brasileiro tem entre os sócios o chef alemão Joachim Koerper, radicado em Lisboa, onde toca o estrelado Eleven. Logo na entrada, um quintal cheio de plantas fica lotado em dias que grandes grupos fazem reserva para aniversários. A carta de coquetéis criada pelo bartender Rodolfo Bob agrada com pedidas como o manhattan chocolate (R$ 35,00), combinação de bourbon e vermutes com infusão de cacau e bitter de notas torradas. Vale também ficar de olho na lista de gins-tônicas, com uma boa variedade do destilado. A cozinha, que nem sempre acerta, manda tira-gostos como as boas costelas suínas macias ao barbecue de goiabada (R$ 34,00). Rua Deputado Lacerda Franco, 478, Pinheiros, 3819-1304.
+ Confira mais endereços do guia VEJA COMER & BEBER 2018/2019
Em um salão a alguns degraus acima da calçada funciona este misto de café, restaurante e botequim. As instalações não são lá confortáveis — algumas mesinhas, ventiladores, um velho piano de enfeite… O que merece atenção é o cardápio, que elenca algumas opções bem triviais mas também cede espaço a receitas com algum verniz criativo. É o caso da apetitosa coxinha de costela suína com ketchup bem adocicado de goiabada (R$ 12,80 a dupla). Na seara dos pratos, sobressaem pedidas nordestinas como o baião de dois (R$ 28,60), um mix de arroz, feijão de corda, carne-seca, linguiça, queijo de coalho mais uma generosa camada de cebola-roxa refogada na manteiga de garrafa. Apelidada de arretada, a caipirinha que leva maracujá e limão-siciliano (R$ 23,80) chega com a pimenta dedo-de–moça só no enfeite, sem trazer nenhuma picância. Avenida da Aclimação, 620, Aclimação, 3208-1188.
O misto de bar e restaurante ocupa há uma década o térreo do Edifício Copan, numa área da cidade cada vez mais agitada. Embora nem sempre circule pelo salão como no passado, a midiática Dona Onça, apelido da sócia e cozinheira Janaina Rueda, tem uma equipe afinada. Duas dicas de petisco: os canapés de steak tartare com rabanete na torrada de pão preto (R$ 39,00 a porção) e o bolinho de espinafre (R$ 36,00, cinco unidades). Na panelinha, o camarão com chuchu bem caldoso (R$ 69,00) merece gotas de molho de pimenta. Em macias fatias, a língua bovina é coberta por uma redução da carne e vem ao lado de polenta cremosa (R$ 54,00). Não deixe passar a banana split (R$ 28,00) na sobremesa. A caipirinha de limão com caju (R$ 30,00) é servida em copo alto. Avenida Ipiranga, 200, lojas 27/29 (Edifício Copan), centro, 3257-2016.
O espaço, minúsculo, continua com fila de espera, embora desde o início de 2017 tenha uma filial do outro lado da rua. Ambos os salões têm atmosfera intimista e operam com um cardápio similar. O espaguete all’amatriciana bianca (R$ 56,90), que pode ser encontrado nas duas casas, tem sabor adocicado proveniente da cebola cozida em vinho branco por oito horas. Para brindar a refeição, há vinhos em garrafa ou em taça. Na seleção aparecem opções como o chileno Mucho Mas (R$ 24,00 a taça), da uva sauvignon blanc. Rua Padre João Manuel, 826, Jardim Paulista, 3586-7103 (24 lugares). 12h/15h30 e 19h/23h30 (sáb. almoço até 16h; dom. só almoço até 17h; seg. só jantar); Rua Padre João Manuel, 795, Jardim Paulista, 2645-2396.
Com categoria, a chef Elisa Hill acerta em clássicos das terras britânicas neste agradável endereço que ela denomina de gastropub. O scotch egg — traduzindo: bolovo — compõe-se de um ovo de gema mole envolto em massa de linguiça e casquinha crocante. Apetitoso, custa R$ 11,00 e vem com maionese defumada. Há também o fish and chips (R$ 34,00 a versão míni), bastões de pescada empanados em massa que lembra a de tempurá com purê de ervilha ao hortelã, um ótimo molho tártaro e batatas fritas com casca, vez ou outra murchas. Herança dos imigrantes indianos, o tikka masala é composto de frango em pedaços em molho ardidinho de curry e iogurte mais arroz de jasmim (R$ 47,00). Ajudam a refrescar a seleção de chopes, cervejas e drinques como o pimm’s nº 1 (R$ 32,00), que leva a bebida à base de gim Pimm’s, soda e frutas. Rua Manuel Guedes, 243, Itaim Bibi, 2369-0488..
Jefferson Rueda não perde o foco. O chef, nascido em São José do Rio Pardo (SP), inaugurou dois endereços no centro: a lanchonete Hot Pork, em janeiro, e a Sorveteria do Centro, em maio. Mesmo com o acúmulo de negócios, não descuidou de seu bar-restaurante na vizinhança, que permanece um dos melhores lugares para comer e beber na capital. Saem da cozinha (que pode ser espiada do concorrido salão) delícias suínas como os carnudos croquetes (R$ 26,00, quatro unidades). O assado de tira (R$ 69,00), que vai à brasa até dourar, chega com couve cavolo-nero tostada e quirera de arroz quebradinho, que ganha graça no molho da carne. O porco tem vez também na caprichada carta de drinques, reformulada pelo consultor Danilo Nakamura. O ótimo cachaça sour, feito com cachaça, limão-taiti e açúcar (R$ 28,00), é temperado com pimentado- reino e servido junto de um espeto de salsicha e cebola em conserva. Rua Araújo, 124, centro, ☎ 3258-2578.
Parece uma festa das nações. Quando se entra no bar de Dona Felicidade Bastos, de 93 anos, e de seus filhos, Toninho e Sergio, chamam atenção as bandeiras de diferentes países que enfeitam o teto. No cardápio, Portugal predomina em sugestões de bacalhau disponíveis em pratos ou em petiscos, como o delicioso bolinho do pescado (R$ 5,50 a unidade), ainda melhor com a pimenta da casa. O Brasil também não fica de fora do caprichado menu. Às quartas e sábados, entra em cena uma feijoada de caldo espesso na medida, acompanhada de bisteca, arroz, farofa, couve e laranja. Custa R$ 120,00, para duas pessoas. Para beber, escolha entre cervejas (R$ 13,00 a Original) e caipirinhas, como a de lima-da-pérsia (R$ 18,00). Rua Tito, 21, Vila Romana, 3864-3866 e 3804-0775.
+ Confira mais endereços do guia VEJA COMER & BEBER 2018/2019
Contíguo ao restaurante italiano Due Cuochi Cucina, este bar tem a alma descontraída tanto no ambiente, repleto de plantas no teto, quanto no cardápio, apinhado de tira-gostos para comer com a mão. Vale provar o bolinho cremoso de cordeiro com redução do próprio assado (R$ 33,00, seis unidades) e a pizzeta divina (R$ 25,00), um disco de massa leve e branquela com cobertura de alcachofra grelhada, burrata, pesto e pinhole. Embora agrade no sabor, o vitello tonnato (R$ 28,00), clássica combinação de carne em fatias com maionese de atum, pode vir cortado de forma bem irregular. Para bebericar, há drinques como o juno (bourbon, Aperol, licor St. Germain, tintura de sal e bitter; R$ 32,00). De segunda a sexta no almoço, são servidas algumas opções de prato do dia por R$ 42,00 (com salada de entrada). No jantar, o Due passou a oferecer também sugestões do restaurante anexo. Rua Manuel Guedes, 85, Itaim Bibi, 3167-4817.
A casa numa esquina do Itaim Bibi recebe engravatados e famílias há vinte anos. Quase todo mundo por lá aparece em busca de um chopinho (Brahma, R$ 9,90) e acepipes portugueses. O bacalhau à brás (R$ 71,00), desfiado e misturado com ovo e batata palha, é uma das opções. O brasileiríssimo picadinho de filé-mignon com banana à milanesa e pastel também está no cardápio. Custa R$ 64,00. Vale ficar de olho na carta de vinhos portugueses e espanhóis. Avenida Horácio Láfer, 634, Itaim Bibi, 3078-7748.
O salão de esquina, com azulejos portugueses pelas paredes, atrai bons de garfo. O cardápio bebe na fonte da Adega Santiago e investe em receitas da Espanha e, principalmente, de Portugal. Boa de mastigar, a dupla de torradas com bastante purê de tomate e filés de aliche (R$ 24,00) acompanha os tragos. Tem também caldo verde com a linguiça em pedacinhos (R$ 25,00). O bacalhau aparece em versões como à brás (R$ 54,00) e gomes de sá (R$ 51,00). Serve ainda picadinho à moda brasileira, que vem com couve, pastel, ovo e arroz e se mostra apenas regular. Leve, a sangria é feita de vinho tinto, refrigerante e cubos de maçã (R$ 65,00, 1 litro). Alameda dos Arapanés, 1307, Moema, 5543-9749.
Desde janeiro a operação da casa ficou por conta do Grupo Fábrica de Bares, o mesmo do Bar Brahma. Com a mudança, a parte administrativa e o espaço foram repaginados. As paredes ganharam tons de azul que dão charme. Algumas das pedidas continuam no cardápio, como os camarões refogados no vinho branco com maçã, acompanhados de arroz com uva-passa (R$ 180,00, para duas pessoas). O drinque da casa é um gim-tônica de bergamota (R$ 35,00), equilibrado e refrescante. Aos sábados, a brigada monta um bufê de feijoada que inclui banana à milanesa, farofa, mandioca frita, linguiça, arroz… Custa R$ 79,90, para comer à vontade. Rua dos Curumins, 5, Cidade Jardim, 3031-5644.
O sanduíche bun bah (brioche com frango empanado, abacate, tomate, picles de cebola-roxa e maionese picante; R$ 33,00), premiado no ano passado, continua um hit. Mas há outras boas receitas da chef Renata Vanzetto — com a preparação conferida ao subchef Eduardo Tufolo no dia a dia — que animam a clientela no salão escurinho, com chão de caquinhos e lustres vintage. É difícil não se lambuzar com a espiga de milho besuntada com maionese de alho, parmesão e pimenta-de-caiena (R$ 28,00) ou não se refrescar com o crudo de atum (peixe cru com azeite, limão, pimenta, ervas e rabanete; R$ 46,00). Os mexilhões ao curry mais folhas de limão, saquê, cebola e coentro servidos com pão custam R$ 68,00. Rua Bela Cintra, 1551, Jardim Paulista, ☎ 3081-8358.
Preste atenção no ambiente cheio de graça, com samambaias pendentes, balcão de cobogós e parte do chão revestida de grama. Com dupla vocação, o espaço funciona como restaurante e bar. A sócia e chef Mari Sciotti é a responsável pelas receitas, todas vegetarianas. Para petiscar, experimente o bom bolovo (R$ 10,00), que traz o ovo cozido com gema mole envolto em massa de palmito pupunha. Acompanhe tudo com um drinque como o levinho tucuna (pisco, jerez, limão, suco e licor de laranja, baunilha e manjericão; R$ 26,00). Rua Mourato Coelho, 1140, Vila Madalena, 2597-6048.
Enorme, o bar ocupa um casarão de esquina. O proprietário Marcos Livi, que também toca o bar Verissimo, a pizzaria Napoli Centrale e a hamburgueria C6, montou um cardápio extenso de preparos que fazem referência aos três estados do sul — Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para petiscar, o matambre, carne extraída da costela e recheada de legumes, é guarnecido de uma mistura de charque com farinha de mandioca e panquequinhas da banana-da–terra. Custa R$ 36,00. Na ala dos pratos, a tainha assada ao molho de camarão (R$ 48,00) fica melhor com um toque a mais de sal. Um consistente pirão acompanha. O drinque tche (R$ 28,00), de bourbon, xarope de mel branco de Cambará do Sul, limão-siciliano e gengibre, é apresentado numa cuia de chimarrão e precisa ser polvilhado de erva-mate. Rua Olavo Bilac, 57, Vila Sofia, 2129-6570.
Casais e engravatados dominam as mesas e o atraente balcão, que lembra o de um bar de tapas arrumadinho. Em boa parte das sugestões do chef Chiquinho Viana, o mar é o denominador comum. As sardinhas na brasa (R$ 49,00 a dupla) agradam pelo aroma e pelo sabor. Presente em várias preparações, o bacalhau ganha uma versão selada na manteiga e servida com bottarga ralada por cima mais batata cozida (R$ 92,00). A lula grelhada leva recheio de farofa de camarão e castanha-do-pará (R$ 66,00, duas unidades). Para acompanhar os pratos, há uma fornida carta de vinhos predominantemente ibéricos. Rua Maria Carolina, 474, Jardim Paulistano, ☎ 3062-7098.
+ Confira mais endereços do guia VEJA COMER & BEBER 2018/2019
É um badalado endereço para beber e comer. Todo contemporâneo, o salão é decorado com diferentes tons de cinza e tem piso negro. Para bebericar, escolhe-se entre vinhos como o branco italiano Albino Armani 2016 (R$ 175,00), da uva pinot grigio, e drinques como o coco loko (vodca, sucos cítricos, água de coco e espuma de açaí; R$ 36,00). Comece petiscando o bolinho do macarrão americano mac and cheese (R$ 28,00, oito unidades). Tem também rosbife de fraldinha vermelhinho com salada de batata-doce (R$ 42,00). Rua Baltazar da Veiga, 246, Vila Nova Conceição, 3562-2192.
Eis um bar para fãs de carne. Quando foi aberto, em 2014, resumia-se a um minúsculo balcão com mesinhas na calçada. Hoje, ocupa dois salões sem muita firula na decoração — um deles tem o teto tão baixo que vale tomar cuidado com a cabeça na hora de entrar —, além de um quintal nos fundos, onde fica a churrasqueira. Os cortes bovinos dominam o menu em opções como o short rib (R$ 54,00), vermelho, cheio de suco, firme na medida e lambuzado de chimichurri. Famoso, o hambúrguer feito com uma mistura de costela e cupim agrada pelo sabor de carne. Na versão com queijo prato no pão dourado, custa R$ 26,00. A carta tem lugar para drinques como o bloody mary bem puxado no limão (R$ 22,00), além das cervejas. O serviço costuma ser simpático, apesar de se fazer de mal-humorado nas redes sociais e em avisos pela casa. Rua João Moura, 541, Pinheiros. Não tem telefone.