Guia VEJA COMER & BEBER elege a melhor trattoria moderna
A categoria de restaurante ganhou um sopro de renovação nos últimos anos
Ambiente com camisas de futebol e garrafas de chianti penduradas, pratos de massa mergulhada em molho cremoso e salões repletos de famílias estão no imaginário do paulistano como o retrato de uma típica cantina. A história desse gênero de restaurante simples e de comida barata confunde-se com a do imigrante italiano Giovanni Bruno (1935-2014).
Como garçom, ele passou por casas como o extinto Gigetto. Foi nesse endereço que criou o mais emblemático prato ítalo-paulista, o capelete ao molho à romanesca, cuja massa vem banhada em creme de leite, presunto e ervilha. Depois, montou outros estabelecimentos, o último deles o Il Sogno di Anarello, na Vila Mariana, hoje tocado por seus herdeiros.
Essas cantinas à moda antiga ainda fazem sucesso. Basta observar as filas que se formam à porta da Lellis Trattoria e da Famiglia Mancini, nenhuma das duas com menos de trinta anos. De uns tempos para cá, essa receita tradicional começou a ser atualizada por alguns empresários da metrópole, que apostaram em casas com porções individuais e ambiente contemporâneo.
Procura-se reproduzir os clássicos como são feitos na Itália, evitando adaptações de ingredientes. São exemplos a Maremonti, um mix de trattoria e pizzaria com quatro endereços na cidade, o Zena Caffè, do televisivo chef Carlos Bertolazzi, o Moma, com menu dos chefs Paulo Barros e Salvatore Loi, e a Bráz Trattoria, de decoração industrial e pratos como o capelete giovanni bruno, com molho inspirado na invenção surgida na década de 60.
De olho nos movimentos culinários, VEJA COMER & BEBER 2017/2018, o guia de gastronomia mais importante do país, premiará a melhor trattoria moderna na edição. O especial chega às bancas e à casa dos leitores em 23 de setembro. Todos os ganhadores das 42 categorias serão conhecidos em uma festa marcada para o dia 21 na Casa Charlô, no Itaim Bibi.