Endereços para impressionar o seu amigo gourmet
Empórios gastronômicos, lojas de vinhos, restaurantes classudos, hamburguerias e bares que fazem os melhores drinques da cidade estão na lista
O roteiro a seguir, com 25 endereços, é uma pequena amostra da grande oferta gastronômica da cidade de São Paulo. Foi elaborado para aquele amigo de fora, que chega disposto a descobrir a cidade pelo paladar, mas também serve para o paulistano que não dispensa bons lugares para comer e beber bem. Confira a lista que reúne estebelecimentos de Comidinhas, Bares e Restaurantes.
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• A Casa do Porco Bar: é o endereço do momento e não sem motivos. Aberto em outubro, o bar-restaurante do chef Jefferson Rueda tem um cardápio todo dedicado a receitas suínas — da cabeça aos pés. É um prato mais interessante que o outro. A barriga bem gorda, em formato de tijolinho, fica deliciosamente crocante depois de frita e ganha uma camada de goiabada e brotos. O quarteto sai a R$ 24,00.
• A Loja do Chá – Tee Gschwendner: quem é fã de chás fica encantado na loja localizada no Shopping Iguatemi. O diminuto espaço guarda os chás em mais de 200 gavetinhas etiquetadas. Há uma variedade feita com ervas do arbusto rooi, pedaços de cereja, cranberry e pétalas de rosa que rende uma bebida adocicada. Dá para provar a bebida quente ou fria lá mesmo e ainda levar os chás para preparar suas infusões em casa.
• A Queijaria: com apenas dois anos, a lojinha entrou para o rol dos endereços queridos da Vila Madalena. Fernando Oliveira, especialista e dono do lugar, conhece todos os pequenos produtores com quem trabalha e mantém, mesmo no dia a dia, uma boa seleção de queijos artesanais brasileiros à disposição. Você chega, conversa, experimenta… E é difícil sair de lá sem ao menos um bom naco de queijo na sacola.
• Brasserie des Arts: é o endereço predileto do público arrumado e bem de vida que gosta de sair com amigos para jantar e curtir a noite ao som de batidas eletrônicas com um drinque na mão. Filial de uma casa de Saint-Tropez, na Riviera Francesa, esse bar tem ainda uma carta de drinques para lá de caprichada. Um deles, aliás, chega em uma taça dourada no formato de um abacaxi.
• Bardega: região de bares dedicados ao chopinho gelado, o Itaim Bibi acolhe este ótimo endereço devotado ao vinho. Descole um assento numa das varandas embaladas por house music e comece a brincar de degustar alguns dos 110 rótulos disponíveis em taça. A maioria das garrafas fica “engatada” em doze máquinas Enomatic, que preservam a qualidade da bebida por mais tempo.
• Camden House: forno combinado, termocirculador, máquina de sorvete… Tão comuns em restaurantes de ponta, esses equipamentos encontraram lugar cativo na cozinha de, veja só, um bar. Ou, melhor, um gastrobar. A freguesia, mezzo brasuca, mezzo estrangeira, suspira pelas receitas da proprietária Elisa Hill.
• Carlos Pizza: para se destacar num mercado cheio de “mais do mesmo”, só os ingredientes de qualidade não bastavam. Era preciso inovar. De Nápoles veio o formato individual do disco assado na lenha. O tempero final foi trazido de Nova York, como inspiração para o salão pequeno, decorado por itens importados com a cara do bairro moderninho do Brooklyn. A soma deu certo.
• Casa do Sabor AMMA: é do solo baiano que brotam as melhores barras de chocolate da cidade. Desde a plantação em três fazendas na região de Ilhéus até a distribuição, tudo é feito sob a supervisão de Diego Badaró. A marca traz as qualidades do cacau nacional orgânico para um casarão da década de 30 nos jardins, onde há fotografias assinadas por Christian Cravo e livros dão graça à primeira loja da marca por aqui.
• Casa Santa Luzia: cozinheiros de mão-cheia fazem a festa com os mais de 20 000 itens que ocupam as prateleiras da loja inaugurada em 1926. Os produtos do dia a dia, à venda em qualquer supermercado, dividem as prateleiras com itens difíceis de encontrar pela cidade, muitos deles importados, vindos de pequenos produtores ou para públicos específcos — como judeus adeptos da alimentação kosher. A seção de vinhos reúne cerca de 2 500 rótulos e a confeitaria, com receitas feitas ali mesmo, é de dar água na boca.
• Chef Rouge: Christophe Deparday, nascido em Metz, no nordeste da França, assumiu a cozinha e fez deste endereço um verdadeiro restaurante de alma francesa. Um exemplo de sua inventividade: as vieiras, normalmente sugeridas como entrada, ele transforma em prato principal ao empaná-las com avelã e servi-las com cuscuz marroquino (R$ 70,00)
• Coffee Lab: õ maquinário de torrefação fica no meio salão e a proprietária Isabela Raposeiras é barista das boas. Em seu café-laboratório, além de tomar bebidas bem tiradas, é possível aprender e muito sobre o assunto. No cardápio repleto de informações, até as coordenadas geográficas das fazendas produtoras o leitor fica sabendo.
• Delirium Café: serve cerca de 350 rótulos e não há um cardápio impresso. Em vez disso, a consulta é feita no site deliriumcafesp.com.br. Assim, segundo os proprietários, fica mais fácil manter a seleção atualizada e evita-se o desperdício dos pergaminhos etílicos. Mas não se preocupe. Nem os hiperconectados conseguirão se manter muito tempo grudados na telinha. Basta que a primeira garrafa pouse na mesa para que todos os olhos (e bocas) da turma sejam apenas para ela.
• D.O.M.: não é por acaso que o endereço se tornou um restaurante celebrado internacionalmente. A cada ano, Alex Atala faz receitas refinadas que primeiro encantam o olhar e são capazes de surpreender até os arredios a modernidades na cozinha. Elas estão todas reunidas em uma degustação, hoje o único formato de refeição proposto pela casa.
• Eataly São Paulo: o complexo gastronômico possui 4 500 metros quadrados divididos em três andares e, mesmo com todo esse espaço, há dias em que o Eataly, de tanta gente, fica parecendo um formigueiro. São diversos restaurantes e quiosques, como o da Nutella. E ainda tem uma variedade incrível de ingredientes importados. Seu amigo gourmet vai sair de lá com a sacola cheia.
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• Empório Sagarana: pouco a pouco, o boteco conquistou o público paulistano com seu jeitão de armazém interiorano, repleto de boas biritas. E o local foi crescendo. A seleção de cervejas especiais continua caprichada, com respeitáveis 120 rótulos numa carta que indica apenas o nome e o preço dos produtos.
• Fasano: uma única garfada de massa no Fasano custa o mesmo que um prato inteiro nos demais endereços do gênero — ou pelo menos esse é o receio de quem nunca pôs os pés no restaurante. A conta no final fica (bem) alta, a partir de R$ 200,00 por pessoa. Quer impressionar mais ainda? Uma porção de caviar italiano pode chegar à mesa custando mais de 1 000 reais.
• Frank Bar: Spencer Amereno Jr. é um perfeccionista. O barman não mede esforços para encontrar a fórmula do drinque perfeito. Chegar mais cedo e esculpir pedras de gelo, por exemplo, tornou-se parte da rotina dele. Com ele, que tem autonomia para criar e comprar ingredientes e equipamentos, o bar ganhou vida nova.
• Frida & Mina: Fernanda Bastos e Thomas Zander fazem sorvetes com ingredientes orgânicos, obtidos de pequenos produtores, e o resultado é uma delícia. A textura da massa é um pouco mais compacta, capaz de fazer uma bola perfeita para ser colocada sobre a crocante casquinha produzida na casa. Com sorte, pode-se topar com uma das ótimas receitas sazonais, entre elas cupuaçu e morango com vinagre balsâmico.
• Mocotó: se você não mora por perto do Mocotó, explicamos aqui os motivos pelos quais compensa ir ao restaurante-botequim em um dos extremos da Zona Norte. Além de muito boa, a comida é barata. O cremoso pudim de tapioca, feito pelo chef Rodrigo Oliveira, ajuda a deixar a circunferência da cintura um pouco mais ampliada, mas que traz uma dose de felicidade. A porção de dadinhos de tapioca com queijo de coalho tornou-se um hit do lugar e também é servida no recém-inaugurado Mocotó Café, que fica em Pinheiros.
• MoDi: o charmoso Edifício Paquita, a primeira sede do MoDi, não foi suficiente para acomodar a clientela, que vai em busca das caprichadas receitas do chef e sócio Diogo Silveira. A solução foi abrir uma filial bem pertinho, no Shopping Pátio Higienópolis (3823-2663/2664). Provam-se massas como o ravióli de berinjela e ricota fresca ao azeite e salsinha sobre molho de tomate acompanhado de uma carta de vinhos de ótima relação qualidade-preço.
• Padoca do Maní: o ambiente reúne mesas e bancos de madeira despojados para dar um ar “hype” ao café da manhã. Os pães são feitos manualmente – nada de maquinadas modeladoras na cozinha – para serem escolhidos direto da prateleira. Há opções que levam uva-passa e uma outra à base de azeite com azeitona verde no topo. Um café da manhã ali é inesquecível.
• Petí Gastronomia: foi eleito o melhor restaurante bom e barato da cidade. Autoral, o menu completo custa R$ 38,50 — menos que em muito restaurante por quilo. Como é possível? Mutante, o cardápio inclui só o que está melhor e mais barato. O próprio chef está dia sim, dia não na Ceagesp e no Mercado da Lapa para conseguir peixes e carnes. Comer bem e gastando pouco, quem não quer?
• SubAstor: quando assumiu a bancada do agitado porão, o barman Fabio la Pietra exalava rebeldia. Torresmo, carne-seca e manteiga de garrafa ingressavam sem dó em seus deliciosos (e surpreendentemente sutis) drinques. Para não perder a criatividade, o cardápio vem no formato de um cubo de papel.
• Town Sandwich C°: para comer um misto-quente, este não é o lugar. Mas, se estiver disposto a ousar, você será muito bem servido por opções diferentonas carnívoras que levam rosbife no preparo, até lanche feito com lula, bacon e uva (sim, tudo junto).
• Z Deli Sandwich Shop: sempre com movimento intenso, as duas unidades desta hamburgueria se diferenciam pelo tamanho e por algumas pedidas no menu. Antes de escolher seu hambúrguer, vale percorrer as opções de entrada. O tartare de lombo de cordeiro cororado por uma gema de ovo mole e acompanhado de picles, torrada mais uma porção de fritas faz muito sucesso nos dois endereços.
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