MasterChef 4: um menu na Serra Gaúcha e a batalha dos arancini
Depois da eliminação de Bruno, o primeiro pretendente a deixar a disputa, o reality culinário viaja até o Rio Grande do Sul
Se a fase eliminatória de pretendentes a MasterChef terminou, o programa a partir de agora só tende a esquentar. Na semana passada, tivemos a primeira eliminação determinada por Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Erick Jacquin (Tartar & Co e Le Bife) e Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, Jamile, Admiral’s Place e Cão Véio).
No mundo dos games que prevê rivalidades – ainda que artificiais muitas vezes –, tivemos a primeira encrenca logo depois da primeira prova. O vencedor Leonardo da prova “batatinha quando nasce” escolheu quem faria um dos dois pratos que Fogaça mantém no cardápio do Sal Gastronomia. Já começou aí a se queimar com os concorrentes.
Entre os que conseguiram um desempenho, digamos lamentável, estavam quatro finalistas ao título de pior da cozinha MasterChef e logo na estreia: Fernando, Nayane, Aderlize e Bruno.
Embora Nayane já tenha torcida contra porque conseguiu eliminar Roberta, a empresária fluminense mãe de gêmeos, e Fernando Harry Potter, quem dançou foi Bruno Viotto. O primeiro eliminado da quarta temporada do MasterChef desagradou os juradões com sua versão do cupim com mandioca quase sólida na manteiga de garrafa e farofa de banana queimada.
No programa de hoje, pela primeira vez os cozinheiros amadores deixam o estúdio e vão para a região da Serra Gaúcha (RS), onde preparam um menu completo para ser harmonizado com bebida de três produtores de vinhos locais: Aurora, Perini e Casa Valduga. A prova é das mais difíceis: um menu de livre escolha com três pratos para 80 convidados, entre fabricantes de vinhos e fãs da bebida.
Como não existe vinho de graça, cada prato deve harmonizar com um vinho de um desses produtores. Estão no menu um espumante brut para entrada, um tinto da uva merlot para acompanhar o principal e espumante docinho, ou demi-sec, para fazer par com a sobremesa.
Uma regra básica deve ser atendida: usar produtos regionais nas receitas. Fora a competitividade entre as equipes, tretas vão rolar dentro dos próprios grupos por causa do uso dos ingredientes. Vão para a panela o tradicional queijo colonial e galeto, fortes influências da colonização italiana naquele pedaço do Brasil. Até polenta queimada entra na disputa. Tem ainda um feijão de vagem amarela que restaurateur Marcos Livi, do Quintana, Veríssimo e Napoli Centrale conta que tem “produção de setembro a janeiro para fugir do frio e vai muito bem em terrenos arenosos”. Tem como polos, no Rio Grande do Sul, as cidades de São José do Norte, Tavares, Mostardas, Sobradinho, Canguçu, São Lourenço e Arroio do Padre, a região região serrana e parte do litoral. “Tem ainda no assentamento de Nova Santa Rita”, diz o especialista.
O resultado é o mesmo de sempre: a equipe com mais votos está livre da prova de eliminação. Quem dançar, terá como prova final fazer arancini, os tradicionais bolinhos de arroz italiano.
As complicações da disputa começam no tempo apertado, um tremendo inimigo. Primeiro é preciso fazer um risoto. Vai ter gente atrapalhada nas etapas de um prato simples e os problemas começam a surgir. Vai ter muita correria para preparar o petisco. Quem não entregar essa joia da “baixa gastronomia” da Itália deixa o programa hoje.
Veja os participantes: