Arturito

Resenha por Arnaldo Lorençato

De Pinheiros, o Arturito migrou para os Jardins, onde ocupa o térreo de um edifício residencial desde março. Com fachada envidraçada de onde se avista o elegante salão e a cozinha novinha em folha, o restaurante volta ao pódio depois de sete anos — foi ganhador de melhor representante variado em 2009, 2010 e 2017. Além de uma equipe afinada no atendimento e na elaboração dos pratos, o que garante o título é o cardápio da argentina naturalizada brasileira Paola Carosella, que se consagrou como a chef do ano por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER 2010 e tem como parceiro o restaurateur Benny Goldenberg. Não existe invenção no reduzido menu, mas clássicos feitos com primor. O pequeno banquete pode incluir o coquetel de camarão fresco com salsão, maçã e molho discretamente apimentado (R$ 92,00), a salada waldorf (R$ 42,00), numa versão com maçã, salsão, palmito, uvas e nozes ao molho maionese ao conhaque também com um toque picante, e a terrine da casa (R$ 38,00), elaborada com carnes de porco e pato mais pistache ao molho de mostarda à l’ancienne e picles de pepininho. Nos pratos principais, aparecem massas como o raviolini de ricota ao molho de tomate amanteigado legado pela cozinheira italiana Marcella Hazan (R$ 68,00, meia-porção, ou R$ 98,00). Há ainda um clássico da casa, o polvo na chapa com tomate, batata e aïoli ao aroma de páprica defumada (R$ 196,00). A intitulada delícia de tâmaras (R$ 43,00) é uma espécie de rocambole vegano da fruta seca com semente de abóbora, pistache, chocolate 100% cacau e uma pitada sutil de sal marinho. De pedir bis! Uma gentileza só, o atendimento é orquestrado pelo maître-gerente Peter Ferreira e o ótimo serviço de vinhos está nas mãos de Bautista Casafús, o Bauto.

Informações checadas entre julho e agosto de 2024.

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