Centro de São Paulo se torna um ímã de fãs de coquetelaria
A região reúne bares, restaurantes e lanchonetes para provar bons drinques
Beber bem no Centro tem se tornado uma tarefa fácil, sobretudo depois da pandemia. Bares e até restaurantes e lanchonetes que dão uma atenção especial à coquetelaria se espalham pela região que gravita em torno da Praça da República. O movimento começou devagarinho.
Em 2017, veio o Fel, no Copan. Em 2018, o Bar dos Arcos, no Theatro Municipal. Em 2019, foi a vez do Regô, aberto na Rua Rego Freitas, num pedaço onde não se serviam drinques de qualidade. A cerveja barata e os botecos sujinhos reinavam perto. Não demorou muito para que o Regô vingasse e transformasse a esquina mal-encarada num pedaço cheio de vida, com gente jovem de taça na mão.
Esse é o mesmo espírito que se repete em lugares que vieram depois, como o agitado Cineclube Cortina, desde 2022 na Rua Araújo, o bar-restaurante Terê (dos mesmos donos do Regô), aberto também em 2022, na Vila Buarque, e o fervido Matiz, surgido no ano passado na Rua Martins Fontes.
Para facilitar a vida dos peregrinadores em busca de bons copos, o Cordial, outro que serve boas misturas, estas do premiado bartender Gabriel Santana na Rua Epitácio Pessoa, lançou um mapa com vinte endereços da área, alguns deles campeões do guia VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER 2023, como o restaurante variado Cora e o descolado Domo Bar. A lista pode ser encontrada nos formatos digital, no Instagram (@_cordial_ sp), e impresso, no próprio bar e nos vizinhos Regô, Edith e Domo.
“A grande ideia é fomentar o bairro”, afirma o sócio do Cordial, Cesar Rivitti, que teve o apoio de uma marca de bebidas no patrocínio do guia. “E o lance de a gente ter um mapa físico foi muito legal, porque a galera tem supernoia de andar com o celular”, conta o empresário sobre a sensação de insegurança que ainda paira — e é um entrave — na região. Uma segunda edição do projeto está prevista para o próximo ano.
“São Paulo merece um resgate do Centro, que já vem sendo feito através de museus, exposições e eventos, mas também da gastronomia e da coquetelaria”, endossa Rafael Mariachi, à frente do Edith, bar de drinques com atmosfera francesa que está na lista das boas novidades desse pedaço da cidade.
O segredo da maioria dessas casas é acolher bem clientes das redondezas e ser aberto a visitantes forasteiros. “No início, pegávamos bastante público local. No pós-pandemia, deu-se o verdadeiro turning point da casa, e a gente começou a ver muita galera vinda de fora”, conta Luiz Felippe Mascella, do Regô. Se depender da qualidade, esse pessoal tende a crescer ainda mais.
Confira o mapa:
Publicado em VEJA São Paulo de 17 de maio de 2024, edição nº 2893
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