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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
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A história da Brinquedos Estrela

A mais tradicional fábrica de brinquedos do Brasil continua marcando gerações com seus produtos, o que acontece há mais de oitenta anos

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 fev 2018, 12h18 - Publicado em 1 fev 2018, 12h17

Não importa a idade, você provavelmente já teve um brinquedo da Estrela. Construindo a alegria e os sonhos das crianças há mais de oitenta anos, a gigante começou bem pequena, na década de 30. A Estrela foi fundada em 1937, depois que o alemão Siegfried Adler comprou uma pequena fábrica de bonecas de pano que estava falida. Ele viu ali uma oportunidade de negócios e rapidamente lançou a primeira boneca da empresa, com corpo de pano e rosto de massa, e 38 centímetros de altura. Foi um grande sucesso.

Evolução dos logotipos da Estrela (Reprodução)

Logo a empresa diversificou o portfólio com novos brinquedos, mas a grande sacada foi conseguir licenciar o jogo de tabuleiro mais famoso do mundo, o Monopoly, e lançá-lo aqui com o nome de Banco Imobiliário. Foi um sucesso, e o nome Brinquedos Estrela ficou rapidamente conhecido pelo país. No início dos anos 50, a linha de bonecas da empresa, de tecido e massa, passou a ser de plástico. A primeira boneca desse novo material se chamava Pupi. Com 35 centímetros de altura, era totalmente articulada e fechava os olhos, uma grande inovação para a época. Em seguida vieram os bichinhos de vinil, indicados para crianças menores.

Bonecas Susi dos anos 60 (Reprodução)

Em 1958, Siegfired Adler faleceu e sua esposa passou a cuidar da empresa. Ela foi a responsável por lançar, na década seguinte, os primeiros brinquedos elétricos, entre eles o famoso Auto-Rama (sim, se escrevia assim naquele tempo), nome que se tornou sinônimo de brinquedos de corrida de carrinhos. Também é dessa época o lançamento da Susi, inspirada na Barbie americana. Dizem que a Estrela tentou licenciar a Barbie, mas não conseguiu, então criou sua própria “fashion-doll”, bonecas que andam na moda, se vestem como adultas e têm acessórios de vestuário. A Susi também foi um estrondoso êxito, e foi fabricada ininterruptamente até 1985.

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Primeiro Autorama lançado pela Estrela, em 1963 (Reprodução)

Mario Adler, o filho de Siegfried, assumiu a presidência da Estrela em 1964, quando tinha 19 anos de idade. Ele trouxe ideias novas à companhia, principalmente com relação à modernização e ao marketing, o que ajudou anda mais a empresa a se consolidar no mercado brasileiro. A Estrela já foi o maior anunciante do país, tanto em mídia impressa quanto em propaganda para a televisão.

A linha de produtos não parava de crescer. Nos anos 70, introduziu o conceito de figuras de ação entre as crianças brasileiras, lançando o Falcon, da linha G.I. Joe americana. Os bonecos tinham diversos acessórios para viver grandes aventuras. Trata-se de um dos brinquedos mais lembrados da história da Estrela, tanto que foi relançado no ano passado, em comemoração aos 80 anos da companhia.

Coleção de bonecos Falcon (Reprodução)

Carrinhos rádio controlados, bonecas interativas, jogos eletrônicos como o Genius… A diversificação dos produtos crescia sempre. Mesmo com toda essa força, a Estrela teve maus momentos na década de 90, quando brinquedos importados começaram a ser uma opção de compra mais barata para a população. Fábricas menores concorrentes não aguentaram a crise e fecharam, mas a Estrela, apesar de sofrer muito, continuou de pé, apostando em uma modernização ainda maior e no relançamento de clássicos.

Alguns brinquedos eletrônicos lançados pela Estrela (Reprodução)

Hoje, a marca continua sendo o nome mais lembrado quando pensamos em brinquedos, principalmente em relação a nós, saudosistas que assistiram aos grandes momentos da história da fábrica e mantêm a infância viva na memória.

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