Imagem Blog

Memória Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
Continua após publicidade

Livro conta caso de Farah Jorge Farah, médico que esquartejou ex-amante

Catorze anos após o crime, cirurgião foi encontrado morto e vestido de mulher em sua casa. "O Médico que Virou Monstro" traz detalhes inéditos da história

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 dez 2021, 10h14 - Publicado em 10 dez 2021, 06h00

Quando os policiais chegaram à casa do médico Farah Jorge Farah, 68, na Vila Mariana, em 22 de setembro de 2017, o homem que ficara conhecido por matar e esquartejar sua ex-amante e paciente, Maria do Carmo Alves, estava morto na cama, com um corte na perna e vestido de mulher.

No dia anterior, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia determinado que ele voltasse à cadeia para terminar de cumprir a pena de catorze anos que recebera pelo assassinato de Maria do Carmo, catorze anos antes.

O desfecho da história surpreendeu até o experiente delegado Osvaldo Nico Gonçalves. “Ele colocou uma música sinistra, uma música de terror, coisa estranha, fúnebre. E se vestiu com roupas de mulher, colocou seio, injetou silicone no próprio corpo”, afirmou Nico, à época. Farah era cirurgião plástico.

+Conta de gás canalizado fica até 22,2% mais cara neste sábado (10)

Esses fatos foram contados na ocasião por Vejinha, mas detalhes inéditos do caso, tanto do crime quanto do final da história, são narrados agora pela jornalista Patricia Hargreaves no livro O Médico que Virou Monstro, da editora Máquina de Livros, recém-lançado.

Foto mostra peças de roupa feminina usadas pelo cirurgião.
Roupas femininas usadas por Farah. (TV/Reprodução)

Um deles é que Farah chegou a se aproximar da família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes de ele assumir o Planalto. Lá pelos anos 1990, o cirurgião consultou a hoje falecida esposa de Lula, Marisa Letícia. “A partir daí, as duas famílias ficaram próximas. Lula chegou a receber o cirurgião e os pais dele em seu apartamento em São Bernardo do Campo, onde cozinhou um peixe na folha de bananeira”, conta Patricia Hargreaves.

“Em retribuição, o político e dona Marisa foram chamados para um banquete árabe na casa dos Farah. O médico também estava entre os convidados da festa de aniversário de 50 anos do ex-presidente.”

Capa do livro
Capa do livro “O Médico que Virou Monstro”, da jornalista Patricia Hargreaves. (Divulgação/Divulgação)

+Sesc São Paulo realiza retrospectiva de filmes brasileiros lançados no último ano

No campo da investigação, o livro mostra que o caso foi o primeiro do Brasil a ser esclarecido com a ajuda de um produto chamado luminol, que detecta a presença de sangue. Posteriormente, a substância foi utilizada em diversas outras investigações criminais, famosas ou não.

Continua após a publicidade

Defendido por advogados de peso, Farah Jorge Farah ficou apenas quatro anos encarcerado. Durante o período, não conheceu nenhuma penitenciária do estado, pois ficou detido em uma delegacia da capital destinada a presos com formação superior.

+Assine a Vejinha a partir de 6,90.

Publicado em VEJA São Paulo de 15 de dezembro de 2021, edição nº 2768

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.