Dirigir pelas grandes cidades sempre foi um problema, principalmente para quem está no local pela primeira vez. Ainda mais em São Paulo, que a cada dia surgem novas vias, outras trocam de mão, e algumas até desaparecem. Felizmente hoje temos Waze e Google Maps, que são atualizados em tempo real, facilitando muito a vida de quem se aventura por lugares nunca dantes navegados.
Mas isso é uma coisa relativamente recente. Até há pouquíssimo tempo, o “salvador da pátria” para os motoristas atendia pelo nome de “guia de ruas”, um livro gigantesco com mapas de todas as ruas da cidade e regiões vizinhas. Interpretar corretamente e rapidamente a leitura daqueles mapas era coisa pra poucos, mas felizmente dava-se um jeito, e sempre chegávamos no destino, mesmo que um tanto atrasados.
O primeiro guia de ruas da cidade, e o que ficou mais conhecido com o passar dos anos, foi o Guia Mapograf, publicado desde 1970. Era basicamente uma planta da cidade dividida em páginas que se ligavam, formando um enorme mapa. O índice de ruas indicava página e coordenadas para uma rápida localização. Esse sistema fez um grande sucesso, pois era fácil de usar e de transportar. Outros guias bastante conhecidos eram o Cartoplam e o GUIA QUATRO RODAS, da Editora Abril, ambos editados também em outras cidades do Brasil.
Com o tempo, novas informações foram sendo incorporadas ao Mapograf. Linhas de metrô e ônibus, pontos de interesse, cidades vizinhas. A cada ano o número de ruas abrangidas é maior, seja por uma área maior descrita nos mapas, ou mesmo pelo surgimento de novas ruas e vias dentro da cidade. Hoje em dia (sim, ele ainda é publicado!), o guia conta com mais de 136 000 ruas, e apesar dos auxiliares eletrônicos que os motoristas têm à disposição, ele ainda tem um número relativamente bom de vendas.
Pelo menos o guia não fica off-line quando mais se precisa dele!