COMER & BEBER 2016/2017: bares variados
Confira a seleção dos melhores endereços dessa categoria
A edição especial VEJA COMER & BEBER São Paulo reúne 200 bares. Abaixo, a seleção de endereços com vocação variada:
Armazém Álvares Tibiriçá: todo descolado, o endereço pertence ao empresário Tibiriçá Martins, o Tibira. Rapazes barbados e moças de perfil mais desencanado pintam por lá para tomar um bom drinque. O cardápio inclui o maçã selvagem (R$ 29,00), que traz uma suave mistura de uísque, maçã verde, limão-siciliano e canela, e o zabra, com Aperol, vodca de baunilha e limão-siciliano (R$ 26,00). Quanto aos comes, há pratos, porções e sanduíches. Destes, o de pernil (R$ 30,00) é novidade e traz na composição vinagrete de jalapeño e manga.
Astor: é o endereço classudo da Cia. Tradicional de Comércio, dona também do Pirajá e do Original. Cartazes, espelhos rabiscados e lustres antigos dão aura nostálgica ao endereço, ocupado por um público que passou dos 30 anos. A carta foi renovada com a inclusão de doze drinques, a R$ 31,00 cada um. Faz bonito o sutil fish house punch (brandy, rum, licor de damasco, limão e angustura), tirado diretamente da torneira de chope. Falando nele, o chopinho da Brahma (R$ 8,10) tem agora a companhia do appia (R$ 12,00), da Colorado, extraído com o colarinho bem denso. Quando vier o apetite, o picadinho (R$ 49,00) se mostra uma boa escolha. Chega com arroz, farofa, caldo de feijão e banana à milanesa.
Bar do Arnesto: é na happy hour que o ambiente começa a ficar animado. Seja no salão com cara de antigo, seja nas mesas junto à calçada, o pessoal curte um sambinha e entorna garrafas de cerveja. Dá para pinçar uma importada como a alemã Franziskaner (R$ 17,00) em meio às triviais Bohemia e Serramalte (R$ 13,50 cada uma). Há também muitas cachaças — o pessoal lá jura que são aproximadamente 500 delas — e algumas comidinhas gostosas. Dois exemplos? O croquete da vó Méia (R$ 26,00, seis unidades) e o bolinho de costela com molho barbecue (R$ 28,00, seis unidades).
Barouche: em meio a botecos pés-sujos no Largo do Arouche, surgiu este endereço mais arrumadinho, mas nem por isso careta. O salão tem apenas oito lugares e uma convidativa atmosfera nostálgica, mas o público descolado prefere mesmo as mesas em pleno largo. Como alternativas ao chope Heineken (R$ 8,00), há drinques geladinhos, entre eles o porto-tônica e o arouche sour (uísque, limão-siciliano, gengibre, mel e um toque de vinho tinto), a R$ 25,00 cada um. A lista de petisco é bem simples, mas traz boas pedidas, como a lula ao vinagrete servida com pão francês (R$ 26,00).
Boca de Ouro: com espírito de boteco, mas ambiente mais arrumadinho e soul e rock das antigas no som, tornou-se o predileto de muitos barmen da cidade. Muitos deles aparecem para beber coquetéis preparados com correção e sem frescura pelo sócio Arnaldo Hirai. Prove o clássico dry martíni (R$ 26,00) e o mark twain (bourbon, limão-siciliano e angustura; R$ 25,00). Se preferir uma cerveja, a carta alterna vinte rótulos bacanas. Desde o começo do ano, serve opções de petisco do dia. Torça para aparecer a saborosa costela bovina grelhada com vinagrete (R$ 21,00). Evite os horários de pico, uma vez que o espaço se resume a algumas banquetas no balcão e à mesa de sinuca no piso superior.
Cão Véio: além de jurado no reality show culinário MasterChef Brasil, o chef Henrique Fogaça tem participação em uma série de estabelecimentos. É o caso deste pequeno bar, embalado por trilha sonora roqueira sempre em volume agradável. Nas geladeiras, há cervejas como a clássica red ale London Pride (R$ 33,00, 500 mililitros). A seleção de petiscos inclui a apetitosa costela suína marinada na cachaça com mel e lambuzada por molho de pimenta e maracujá (R$ 42,00). No almoço, há opções como o pargo ao molho de limão (R$ 36,00). O menu completo, com entrada e sobremesa, custa R$ 43,00.
CC Rider: o salão não tem lá muita personalidade, mas as turmas (e algumas famílias) que frequentam o lugar costumam relevar o fato diante dos showzinhos de blues e dos comes de qualidade. Além de hambúrgueres benfeitos, dá para distrair o estômago com uma porção de bolovo (R$ 24,50), que na versão do bar consiste em um bolinho de carne com um ovo de codorna no meio. A boa seleção de cervejas, cinquenta ao todo, rende boas goladas. A Revenge India Pale Ale (R$ 28,50, 600 mililitros) é uma delícia amarga produzida na cidade de Socorro.
Exquisito!: delicioso, agradável. Essa é a tradução da palavra em espanhol que dá nome à casa. Pioneiro no nascimento do agito da região chamada de Baixo Augusta, o espaço é divertido, repleto de lambe-lambes e quadrinhos. Servida em garrafa de 1 litro, a cerveja gaúcha Coruja Viva (R$ 45,00) mata bem a sede que as fajitas del fuego (R$ 58,00) podem causar. São tiras de filé-mignon com pimentão vermelho, cebola, pimenta dedo-de-moça e coentro, acompanhadas de tortilhas quentinhas e molhos. Para continuar a noite, peça o docinho e refrescante drinque exquisito (R$ 31,00), que leva pisco, soda e frutas.
Gibi Cultura Geek: aberto pelo web designer Tiago Almeida, tem salão que transpira cultura pop, das referências ao jogo Pac Man na escada à réplica de uma nave da série Star Trek que pende de um dos cantos do teto. Lembrando que estamos em um bar, o cardápio lista cervejas como a Heineken (R$ 9,00 a long neck) e alguns drinques não lá muito memoráveis — o green hill (R$ 17,00) combina vodca, curaçau blue e xarope de morango. Para comer, cachorro-quente. São nove variações como o trejo (R$ 28,90), com chili, guacamole e cheddar.
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Hooters: o atendimento feito por garotas de shortinho laranja pode sugerir que se trata de um bar para machões, mas o público é eclético. Faz sucesso na casa, com TVs transmitindo esporte, a combinação de chope (Devassa, R$ 10,90) e asinhas de frango fritas com diferentes graus de picância (R$ 43,00, dez pedaços).
Kraut: este bar de temática alemã brotou em Santa Cecília e atrai a galera descolada. Tem boas pedidas como o currywurst (R$ 30,00), porção de salsichão grelhado lambuzada de ketchup da casa e guarnecida de boas batatas fritas. O steinhäger entra em drinques como o zitrone (R$ 15,00, com rótulo nacional), que leva Aperol, limão, laranja, licor de gengibre e club soda.
La Gorgona: arepa é o nome que se dá a um disco de massa de milho branco passado pela chapa, típico da Colômbia. Pois essa é a especialidade do bar aberto por três amigos daquele país a poucas quadras do burburinho do Baixo Augusta. No sobrado de decoração simples, que reúne todo tipo de gente moderna, o quitute ganha versões como a santa fereña (R$ 14,00, seis unidades), feita com queijo e servida junto de molhos como o de tomate levemente apimentado. Outras pedidas acompanham os copos de cerveja, que pode ser Original (R$ 10,00) ou Serramalte (R$ 12,00). É o caso da banana-da-terra cortada em rodelas e frita (R$ 27,00 a porção).
Laranjeiras: dos mais agradáveis, o endereço se divide entre o jardim ao ar livre e o salão com cozinha à mostra. O público de 30 e poucos anos se diverte com vinhos ou drinques como o sbagliato, versão do negroni mais refrescante que leva Campari, vermute, espumante e rodelas de laranja (R$ 28,00). Na hora de petiscar, opte pela barriga de porco de pele crocante com pimenta-do-reino e mel (R$ 28,00), preparada na cozinha à vista do cliente.
Paribar: conquista pela localização, bem de frente para a Praça Dom José Gaspar. Dica: os melhores lugares ficam na varanda, voltada para a área arborizada. O bar foi ponto de encontro de intelectuais nos anos 50 e acabou fechando na década de 80. Nesta nova encarnação, o público é mais eclético e inclui tipos descolados que circulam pelo centro. O cardápio está cada vez mais enxuto e nem sempre tudo sai da cozinha no ponto, mas dá para pedir os triviais pastéis de carne e queijo para petiscar (R$ 25,40) junto da cerveja em garrafa (Serramalte, R$ 12,50).
Pitico: trata-se de um bar para dias mais aprazíveis, escondido nas redondezas do Largo da Batata. Ele é todo aberto, estruturado em contêineres, com cadeiras de praia e mesas de ripa para acomodar a moçada descolada que costuma pintar por ali. Nesse clima de extrema informalidade, bebe- se uma cervejinha longneck (Heineken, R$ 8,00) e drinques como aperol spritz (R$ 26,00) e gim-tônica (R$ 20,00). Para comer, qualquer semelhança com o Pita Kebab Bar não é mera coincidência, já que as duas casas compartilham um dos sócios. Isso posto, vá de faláfel (R$ 18,00 a porção).
Platz: vale tirar um tempinho para passar os olhos pela decoração, que tem desde carros em miniatura até uma moto de verdade, presa junto ao teto. Com luz amena, o salão atrai um pessoal mais velho, disposto a engatar uma conversa com bons bebericos e ótimos petiscos. A primeira lista conta com um chope levinho, levinho, cervejas importadas e boas caipirinhas — na ubatuba (R$ 23,00), entram abacaxi, caju e manjericão. A segunda reúne algumas pedidas de sotaque germânico. É o caso do currywurst (R$ 36,00), um salsichão grelhado com molho curry e batata frita.
Ranieri Pipes: apreciadores de charuto, cachimbo e cigarrilha se reúnem para dar suas baforadas sem constrangimento. Afinal, trata-se de um espaço dedicado a eles. Não fumantes também são bem-vindos e podem se refugiar nas mesas da calçada, longe do fumacê, para pedir um bom drinque, sempre a cargo do experiente barman Martinho Piauí. De suas coqueteleiras, sai um correto — e caro — dry martini (R$ 48,00), bem como o igualmente certo tom collins (R$ 30,00). Ponto sempre a melhorar, a cozinha expede pedidas triviais como o canapé de salmão defumado (R$ 23,50).
Session Pub: este pequeno bar, em um ponto acidentado da Rua Joaquim Antunes, tem o clima underground intensificado pelo teto baixo e pela iluminação rarefeita. O proprietário, o músico Cristian Pessoa, além de escolher a trilha sonora, que passeia por jazz, rock e ritmos latinos, fecha as contas, serve as mesas e conversa com a clientela. Em tamanho míni, o crocante buraco quente de carne louca salpicada de cebolinha é saboroso (R$ 23,00, cinco unidades). Para bebericar, sempre há quatro tipos de chope em revezamento e uma boa seleção de cervejas especiais.
The View: fica no topo de um prédio na região da Avenida Paulista. No ambiente, mesas baixas rodeadas de poltronas acolhem casais em busca de um beberico com vista para a cidade apinhada de prédios. Colabora para deixar o clima ainda mais intimista a música em tom comedido, executada ao piano de cauda ou ao violão. Feitas para compartilhar, as opções da cozinha incluem canapés de carpaccio (R$ 40,00) e um já clássico embrulhadinho de brie com mel (R$ 46,00), de massa crocante. Se a ocasião requer um brinde, dá para ficar só no vinho ou pedir um drinque clássico benfeitinho, como o dry martini (R$ 28,00) ou o manhattan (R$ 28,00).
Tubaína: além da decoração vintage, o mote local é a seleção de mais de vinte rótulos de refrigerante regionais, a maioria vinda do interior de São Paulo. Eles entram em receitas de coquetéis da casa, às vezes doces demais e nem sempre equilibrados. Outro tipo de bebida gasosa muito cotada por lá são os chopes da Bamberg, nas versões weizen (R$ 9,50) e pilsen (R$ 8,50), tirados no ponto. Moreninha, a coxinha de feijão preenchida de calabresa pode ser substituída sem prejuízo pela opção vegana, adocicada e recheada de cebola. Cada uma das porções de oito unidades sai a R$ 26,80.
Underdog: o minissalão só tem espaço para a parrilla e um balcão. As mesas, altas e baixas, espalham-se pela calçada e pelo quintal do imóvel vizinho, prestes a se transformar em um novo salão. Enquanto beberica uma long neck de cerveja Heineken (R$ 8,00) ou uma cuba-libre (R$ 18,00), saboreie as pedidas preparadas com capricho cada vez maior na churrasqueira. Um bom exemplo são as fatias de bochecha suína cobertas de vinagrete de maçã verde (R$ 25,00) e o saboroso hambúrguer de costela montado no pão (R$ 20,00). Pagam-se à parte por complementos como a pimenta jalapeño (R$ 3,00) e o queijo cheddar (R$ 5,00). Para começar a petiscagem de maneira menos carnívora, os morrones são pimentões deliciosamente chamuscados com recheio de queijo branco e chimichurri (R$ 25,00).