COMER & BEBER 2016/2017: música ao vivo
Confira a seleção dos melhores endereços dessa categoria
A edição especial VEJA COMER & BEBER São Paulo reúne 200 bares. Abaixo, a seleção de endereços que conta com música ao vivo:
All of Jazz: é um clube de jazz tocado com afinco por Antônio Augusto Deleuse, um apaixonado por esse estilo de música. Combos em diferentes formações, alguns acompanhados por cantores, apresentam-se todas as noites — à exceção dos domingos, quando a casa não abre. Os shows de qualidade fazem o público relevar o desconforto pela proximidade das mesas. Como falta cuidado também no preparo de drinques, é melhor ficar com uma dose de uísque 12 anos (Chivas, R$ 29,00). A porção de salgadinhos que vem junto é cortesia.
Bar Brahma: o bar mais turístico da cidade se localiza no cruzamento eternizado por Caetano Veloso: o das avenidas Ipiranga e São João, no centro. Todos os olhares se voltam ao classudo salão com lustres de cristal. Em um pequeno palco apresentam-se astros da velha guarda como Jerry Adriani e Moacyr Franco. Também concorrida, a varandona é cenário agradável para tomar o chope da marca que dá nome à casa (R$ 8,50). Feito com linguiça calabresa, o picadinho (R$ 52,00) vem com arroz, farofa, brócolis e uma boa banana à milanesa.
Bar do Alemão: uma bem-vinda reforma se estendeu por todo o primeiro semestre deste ano. A cozinha, que antes ocupava uma espécie de puxadinho no canto esquerdo do salão, foi transferida para a parte dos fundos. Tudo foi feito sem descaracterizar a decoração, em estilo germânico. Também continua preservada a esmerada programação musical, a cargo do dono, o compositor Eduardo Gudin. Às segundas segue firme e forte o chorinho — nos outros dias, há samba e MPB. Tudo regado a chope Brahma (R$ 7,90) e a boas caipirinhas (R$ 15,50). Se a fome bater, é melhor ficar na porção de bolinhos de arroz (R$ 21,00).
Baretto: instalado no Hotel Fasano, o bar é classudo, daqueles para impressionar a companhia. Os altos preços são compensados pelas confortáveis poltronas de couro, pela iluminação calculada, pelo atendimento cortês e pela música ao vivo de boa qualidade. De segunda a sábado, há apresentações de jazz e MPB no centro do salão. O barman Valter Bolinha prepara clássicos com maestria, entre eles o dry martini (R$ 54,00), conservado em um recipiente com gelo.
Bourbon Street: ano após ano, o longevo endereço continua a apresentar uma programação musical de altíssima qualidade. Seja no palco principal, pelo qual já passaram lendas como B.B. King, seja com apresentações menores sob a escada que leva ao mezanino, toda noite tem show. Uma plateia mais madura costuma lotar as mesinhas e investe no chope Stella Artois (R$ 10,50), bem como nos destilados em copo alto (a dose do uísque irlandês Jameson sai por R$ 22,00). Da cozinha, uma pedida mais segura é o pratinho de queijos com uvas, castanhas, frutas secas e pães (R$ 73,00). Afinal, o forte do cardápio é a música.
Casa de Francisca: somente 44 pessoas têm a oportunidade de estar ali a cada noite. Por isso, é imprescindível fazer reserva para curtir os shows intimistas de gente como Arrigo Barnabé, Tulipa Ruiz e Rômulo Fróes. A maioria do público é formada por casais e costuma pedir uma garrafa de vinho. Mas há também drinques, como o gim-tônica (R$ 35,00). Com o mesmo espírito de compartilhamento, saem comidinhas como a porção de faláfel acompanhada de pão sírio mais pepino e beterraba cortados em bastões (R$ 30,50). Em respeito aos músicos, as pedidas só são servidas antes ou depois das apresentações. Até o fim do ano, está prevista a inauguração da segunda unidade, dentro de um palacete histórico na Rua Quintino Bocaiúva, no centro.
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JazzB: todo descolado, com pé-direito alto e atmosfera industrial, o bar é um dos responsáveis por levar modernos ao centro da cidade. Essa gente, e vez ou outra turmas de quarentões e cinquentões, se espalha pela pequena arquibancada ou por mesas no térreo e no mezanino para conferir as apresentações de competentes músicos. Enquanto o som entra pela noite, bebem-se chope Colorado (R$ 12,00, 330 mililitros) e drinques como o gim-tônica (R$ 33,00). Na hora de petiscar, vale pedir o crostini com queijo de cabra, compota de tomate e tapenade de azeitona preta (R$ 23,00, oito unidades), simples e delicioso.
Madeleine: no ambiente cheio de charme do endereço há paredes de tijolos à mostra, luz indireta e velas nas mesas. Minúsculo, o palco fica junto à entrada e abriga de terça a sábado apresentações calcadas no jazz, que, por vezes, flertam com o pop e a MPB. Casais que buscam mais intimidade podem se refugiar no salão dos fundos, que descortina uma vista para o bairro, ou então na adega, logo abaixo. Seja qual for o espaço, a noite quase sempre termina na companhia de um bom vinho e de comidinhas como a pizza aperitivo com camarão, queijo brie, erva-doce e alcachofrinhas na massa sem glúten (R$ 69,00).
Roda Viva: parada obrigatória para os fãs de Chico Buarque, o boteco de música ao vivo fica em uma antiga residência. No salão, bem quente nos dias mais lotados, é possível ver fotos, pôsteres e capas de LPs do cantor. No esquema voz e violão, as apresentações focam quase todo o repertório do músico. Para beber, há cervejas em garrafa (Serramalte, R$ 13,00) e caipirinhas (R$ 18,00) bem simples, mas boas. Como acompanhamento, peça a porção de bolinho de arroz, alho-poró, mussarela e parmesão (R$ 28,00).
Z Carniceria: a sensação é de déjà-vu. Nos anos 80 e 90, funcionou no endereço a casa de shows Aeroanta. E o “novo” nome, o proprietário Facundo Guerra pegou emprestado de outro bar que ele tocou na Rua Augusta. Ainda assim, a casa trouxe um agito cheio de frescor ao Largo da Batata. De quinta a sábado, atrações de jazz, blues, folk e rock apresentam-se no lugar. E o público encontra ótimas comidinhas e drinques. Peça o st. james (R$ 28,00), mistura de rum, limão e redução de cerveja com melaço de cana.