‘MasterChef’ estreia primeira temporada sem Ana Paula Padrão
Com a saída da apresentadora, saiba como será a dinâmica da 12ª edição que vai ao ar em 27 de maio

Qualquer mudança no MasterChef, o reality culinário mais amado do Brasil, gera muita especulação e comentários sem fim nas redes sociais. Uma dúvida rondava a competição desde que Ana Paula Padrão anunciou sua saída, no fim de outubro passado, antes da estreia da primeira temporada de confeiteiros profissionais. A grande interrogação é como seguiria a atração. São raras as versões que têm um âncora como a jornalista, que permaneceu uma década como interface entre chefs e competidores. Em geral, os jurados cumprem essa função. O papel desempenhado por Ana Paula só encontra similares nos MasterChef de poucos países, como Chile, França e Tailândia, embora o formato da Endemol Shine Brasil esteja presente em setenta países.
Depois de uma infinidade de nomes ter surgido na internet como possíveis substitutos da musa do “para tudo”, ficou-se sabendo que não haverá um apresentador. Além de avaliar os pratos, essa função cabe agora ao trio Helena Rizzo, Erick Jacquin e Henrique Fogaça. Embora eles lamentem a ausência da colega de palco — sim, ela faz falta —, eles desempenham muito bem o duplo papel, como pude comprovar ao assistir à gravação de uma prova desta temporada, a de número 12 para amadores. A estreia está marcada para 27 de maio, uma terça, e serão quinze episódios com dezoito amadores disputando o título, o mais jovem deles com 19 anos e a mais velha com 66.
Os jurados não se revezam apenas na apresentação do programa. Eles são responsáveis pela dinâmica das provas. “É uma mudança grande. A Ana Paula é minha amiga, amor da minha vida. É mais complicado, mais difícil sem ela. O programa ficou mais direto. Os competidores não têm mais aquela proteção que era falar com Ana. É a gente que diz ‘é agora, tem três minutos’ ”, explica Erick Jacquin. Para o chef franco-corintiano, sócio dos restaurantes Les Présidents, Ça-Va e Lvtetia, agora há menos jogo e mais cozinha, porque ficou tudo muito direto. Ele também acredita que a vida dos pretendentes ao troféu ficou mais difícil com esse corpo a corpo que os coloca numa lupa.

Ainda não foi feita uma prova de leilão, na qual Ana Paula mandava muito bem. Esse, por exemplo, será um dos desafios que os avaliadores terão de enfrentar. “A gente sente falta porque a Ana fazia uma costura bacana no programa. Até saiu alguma coisa na imprensa que eu poderia ser a apresentadora… Mas, não. É tudo superdividido entre os três. Por isso, não carrego esse peso. A passagem foi tranquila”, revela Helena. A titular do restaurante Maní também destaca o ponto de atenção para si e seus colegas. “Estamos todos ainda mais atentos ao roteiro e a explicar bem a dinâmica, as regras das provas. Precisamos passar as informações muito claramente. A gente também toma o cuidado de não se aproximar muito deles, para manter a imparcialidade. Tem de dosar.” Henrique Fogaça, do Sal Gastronomia, faz coro com a colega. “O programa ficou mais fluido, mais direto”, assegura.
Embora também sinta falta de Ana Paula, a diretora Marisa Mestiço vê a mudança como uma possibilidade de reinvenção, como já havia acontecido na saída de Paola Carosella, em janeiro de 2021, e pondera: “Ana foi uma parceira durante dez anos, mas a figura de apresentadora realmente não muda o programa.” Marisa conta que chegaram a cogitar a presença desse quarto personagem em cena, que não rolou. “Como o programa é tão bom, tão grande, tão tradicional, eu não imaginava o tamanho das pessoas que vieram até nós e que aceitaram conversar com a gente, encarando o MasterChef como um projeto muito importante para a carreira delas. Confesso que nós fomos bem assediados. Tivemos muitos globais que vieram conversar com a gente. Me senti lisonjeada”, conta.
Ainda na conversa que tive com Jacquin, ele destacou a qualidade da seleção de cozinheiros. “Eles são muito competitivos. E estão aí para ganhar. Todos”, garante. Aliás, esse é um dos pontos altos do MasterChef, os participantes. Durante a eliminatória a que assisti, foi notável a presença de competidores mais divertidos, outros mais concentrados, assim como os bem desastrados. Alguns também devem dar o que falar porque dominam bem o fogão. Foi o que pude notar em uma prova de comida de rua. Mais não revelo, senão é spoiler.
Além de ser exibido todas as terças, a partir de 27 de maio, sempre às 22h30, pela primeira vez haverá reapresentação na tela da Band aos domingos, às 16h. O programa também poderá ser visto toda sexta, a partir do dia 30, às 19h, no canal Discovery Home & Health e na plataforma de streaming Max. Neste ano, haverá ainda a segunda competição para confeiteiros com dez episódios, a partir de setembro, e a estreia da primeira temporada com celebridades, com o mesmo número de episódios, em novembro. Não faltam novidades.
Publicado em VEJA São Paulo de 16 de maio de 2025, edição nº 2944.
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