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Por Arnaldo Lorençato O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

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Bifão cheio de história

Um dos mais tradicionais pratos do Rio de Janeiro, o carioquíssimo filé à oswaldo aranha foi reinterpretado por Bel Coelho, do Dui, há pouco mais de um mês. Em apenas 30 dias no menu, a sugestão ultrapassou os 500 pedidos, nos cálculos indicados pela chef na matéria Um bife com tradição. Não esperem de Bel […]

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Atualizado em 27 fev 2017, 12h51 - Publicado em 20 nov 2011, 14h01

Bel: nem de alho meu bisavô gostava (Foto: Fernando Moraes)

Um dos mais tradicionais pratos do Rio de Janeiro, o carioquíssimo filé à oswaldo aranha foi reinterpretado por Bel Coelho, do Dui, há pouco mais de um mês. Em apenas 30 dias no menu, a sugestão ultrapassou os 500 pedidos, nos cálculos indicados pela chef na matéria Um bife com tradição.

Não esperem de Bel a versão clássica da carne ao alho frito surgida na capital fluminense na década de 30. Bisneta de Owaldo Aranha (1894-1960), a cozinheira diz que em família sempre foi sabido que o diplomata e ex-ministro do governo do ex-presidente Getúlio Vargas não gostava de alho. Mas como a versão se popularizou assim, ela tratou de incluir um purê de alho assado. “O purê tem um sabor mais delicado”, diz Bel. “E o grande barato do meu bisavô não era o alho e, sim, pedir para puxar o arroz no molho da carne e misturar com a batata portuguesa quebrada.”

Nem filé-mignon entra no prato revisado e modernizado pela chef. Ela substituiu a carne por fraldinha.

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