Continua após publicidade

Restaurantes aumentam a taxa de serviço para até 13% da conta

Novos porcentuais passam a ser adotados em locais de tíquete médio mais baixo e assustam clientes

Por Fábio Galib
Atualizado em 20 jan 2022, 10h29 - Publicado em 27 nov 2015, 23h00

Era para ser apenas mais um jantar de domingo no restaurante Galeto’s do Shopping Pátio Higienópolis. Mas, ao pedir a conta, duas semanas atrás, o empresário Antonio Carlos Vendrame teve um pequeno susto. Em vez dos habituais 10% de taxa de serviço, foram cobrados 13%. “Acabei sendo pego de surpresa, pois não fui comunicado da mudança”, afirma.

+ A única casa tailandesa estrelada na cidade

O aumento do porcentual ocorreu no início do mês de novembro nos dez endereços da rede na cidade. “Devido aos encargos gerados por um acordo recente entre os sindicatos do nosso setor, tivemos de reajustar o valor”, afirma Leonardo Paleari, gerente de marketing da cadeia. O executivo se refere à norma definida em julho por dois sindicatos de São Paulo, o dos funcionários e o dos donos de bares e resturantes, que regulamenta o negócio. Segundo ela, recomenda-se cobrar entre 10% e 15% de serviço, com um repasse de 65% a 80% do total recolhido aos empregados. Alguns proprietários cobravam a taxa e embolsavam o dinheiro, deixando garçons e maîtres a ver navios.

Com isso, a tendência é que valores acima de 10%, antes restritos a casas refinadas, como La Tambouille e Fasano, comecem a se propagar entre os locais de tíquete médio mais baixo. Além do Galeto’s, outro exemplo é o Jamie’s Italian, do chef celebridade inglês Jamie Oliver, aberto em março deste ano e que propõe 12%. Bares também vêm adotando a prática, caso do Bar da Dona Onça e do recém-inaugurado A Casa do Porco. “Pagamos todos os encargos trabalhistas”, justifica a chef Janaína Rueda, que, junto do marido, Jefferson, se reveza nas duas badaladas casas, nas quais atua uma brigada de 124 funcionários. “Isso nos possibilita ter pessoas melhores trabalhando ao nosso lado. E, se o cliente é bem atendido, ele não reclama.”

Continua após a publicidade

Apesar de não ser compulsória, a taxa de serviço é um assunto que sempre rendeu muito pano para mangas. Segundo Percival Maricato, presidente em São Paulo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), não se pode impor nada ao freguês. “A última palavra com relação ao valor da cobrança deve ser do cliente”, afirma.

 

Além dos 10%

Continua após a publicidade

Confra o porcentual sugerido em alguns endereços da cidade

› 11%: Badebec

› 12%: Cantaloup, D.O.M., Dalva e Dito, Emiliano, Empório Ravioli, Jamie’s Italian, La Madonnina Ravioli, Ristorantino e Shintori

Continua após a publicidade

› 13%: Alucci Alucci, Arola Vintetres, Bar da Dona Onça, A Casa do Porco, Era uma Vez um Chalezinho…, Fasano, Freddy, Galeto’s, La Tambouille e Parigi Bistrot

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.