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Especial 468 anos: pequenos paulistanos retratam seus locais favoritos na capital

No aniversário da cidade, a Vejinha pediu que as crianças desenhassem os lugares onde mais gostam de brincar em São Paulo

Por Fernanda Bassette
21 jan 2022, 02h30

Helena e Paula Teixeira Rodrigues Gallo, 9 e 5 anos

As irmãs moram em um apartamento na Bela Vista, na região central de São Paulo, e desde muito pequenas costumam frequentar os espaços públicos da cidade para se divertir. Um dos locais preferidos de Paula é o Parque Augusta, bem pertinho da casa delas. “Gosto muito de ir lá porque tem brinquedos e é muito divertido. O que eu mais adoro é o escorregador que sai de uma casinha e aquele que a gente se pendura nas cordas, passando de uma árvore para a outra”, contou Paula.

Paula e Helena, duas meninas, brincam no Parque Augusta. Elas se penduram nas estruturas e sorriem para a foto.
As irmãs Helena e Paula: passeio em espaços públicos. (Wanezza Soares/Veja SP)

Helena também gosta de brincar no parque, mas se diverte mesmo quando vai à Avenida Paulista aos domingos, quando está fechada para o tráfego de carros. “Eu vou para a Paulista quase todos os fins de semana. Gosto muito de ir aos domingos andar de bicicleta na ciclofaixa porque tem os cones e dá para andar à vontade”, disse. “Lá tem também uma livraria que eu gosto muito, tem o Masp e tem a Casa das Rosas, completou.

Desenho de uma criança que mostra o Masp e a ciclofaixa da Paulista.
Desenho de Helena, que mostra o Masp e a ciclofaixa da Paulista. (Arquivo Pessoal/Reprodução)
Desenho de uma criança do Parque Augusta.
Registro de Paula do Parque Augusta. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

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Miguel Carvalho Balbino Batista, 10 anos

Um dos passeios preferidos de Miguel é andar de “bicicleta família” no Parque Ecológico do Tietê, na Zona Leste de São Paulo — nem que isso signifique demorar uma hora para chegar até o local. O menino, que mora no Itaim Paulista, também na Zona Leste, costuma convidar os amigos e os vizinhos para irem juntos pedalar no parque nos fins de semana.

Foto de Miguel, que veste uma camiseta amarela e um shorts azul, em frente a um mural colorido pintado com a forma de suas mãos.
Miguel: o gostoso é todo mundo junto. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Em turma, eles alugam uma bicicleta em forma de triciclo e passeiam pelas trilhas do parque para ver macacos, esquilos e guaxinins. “Na trilha, a gente fica vendo os animais. O meu preferido é o macaco. A gente também faz piquenique, brinca de bola, se diverte no parquinho. Às vezes a gente vai no pedalinho do lago também, mas eu tenho um pouco de medo”, diz Miguel. “Eu gosto muito do Parque Ecológico porque lá me sinto com mais contato com a natureza. Isso é bom.”

Desenho de uma criança que mostra o Parque Ecológico do Tietê.
Desenho de Miguel do Parque Ecológico do Tietê. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

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Luigi Florêncio Rocha, 5 anos

O pequeno mora em Campos Elíseos, na região central, e adora passear no Minhocão, no Parque Ibirapuera, no Parque da Luz e no Sesc Bom Retiro, onde costuma passar as tardes na piscina. Quando escolheu o local que ia desenhar, ficou em dúvida sobre como fazer. “Eu não sei fazer desenho direito. Só sei fazer um lago. O Sesc é bem difícil de fazer. Vou ter que fazer o lugar de almoço, vou ter que fazer a piscina, vou ter que fazer você (o pai, Renato), eu e a boia. Mas vou fazer o desenho com cachoeira e tudo”, disse Luigi.

Luigi aparece na piscina do Sesc Bom Retiro. Ele tem em volta do pescoço uma toalha de banho azul.
Luigi: na piscina do Sesc (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Ao fim do desenho, Luigi fez bem mais: desenhou a piscina, ele e o pai, as toalhas de banho, o céu e a bandeira do Brasil, que, na verdade, fica no Sesc 24 de Maio. Ah, e o salva-vidas também.

Desenho de uma criança que mostra o Sesc Bom Retiro.
O registro de Luigi do Sesc Bom Retiro. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Pablo de Almeida São Pedro Filho, 8 anos

Morador da Freguesia do Ó, na Zona Norte, tem uma relação especial de amor e carinho com o Parque Estadual da Água Branca, na Zona Oeste. “Não sei nem contar quantas vezes já estive aqui, de tanto que venho. Aliás, minha mãe fala que esse foi o primeiro lugar que vim passear na minha vida, quando eu tinha apenas 1 mês”, lembra o menino.

Pablo aparece sentado embaixo de uma árvore que plantou no Parque Estadual da Água Branca.
Pablo: ele tem sua própria árvore. (Wanezza Soares/Veja SP)

Pablo cresceu brincando no local por influência da mãe, a diretora escolar Tássia Miranda das Dores São Pedro, 37 anos, que também passou bons momentos da infância no parque em companhia da mãe e da avó. Em 2018, Pablo participou de um projeto da ONG SOS Mata Atlântica recolhendo lixo que estava espalhado na mata dentro do parque — e pôde plantar uma pitangueira como reconhecimento pela ação ambiental. Nos fins de semana, quando vai ao parque, sempre aproveita para “visitar” a árvore e regá-la. “O Parque da Água Branca é o meu lugar preferido no mundo! Eu amo ir ao aquário de lá, tem muitos peixes que a gente pode ver de pertinho. Tem parquinho, espaço de leitura, muitos pássaros e até galinhas. Mas meu lugar favorito é onde plantei minha pitangueira, foi um dia muito legal”, completou o menino.

Desenho de uma criança do Parque Estadual da Água Branca.
Desenho de Pablo do Parque Estadual Água Branca. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

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Juan Teles Miguel, 8 anos

Pelo menos uma vez a cada quinze dias, o menino coloca o skate debaixo do braço e vai com os pais para o Parque do Povo, na Cidade Jardim, Zona Sul, para passar a tarde inteira treinando diferentes manobras na pista de skate. Ele, que começou a usar o equipamento quando tinha apenas 4 anos de idade, disse que fica observando as manobras pela internet para tentar fazê-las sozinho. Mas ressalta que quer fazer aulas com um professor, porque deseja muito aprender a andar no aparelho.

Juan aparece na rua e faz um sinal para a foto. Usa uma camiseta azul estampada e uma calça jeans.
Juan: skate no Campo Limpo e no Parque do Povo, retratado no desenho. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

“Eu ainda não sei andar direito de skate, estou aprendendo aos poucos, mas eu gosto muito. Lá no Parque do Povo tem uma descida na pista muito boa, por isso eu adoro ir para lá aos domingos”, disse Juan, ao explicar por que escolheu desenhar o parque. O menino contou também que costuma brincar de skate em uma rampa que fica numa pracinha perto da casa da avó, no Campo Limpo, onde ele passa o dia durante as férias. “Minha avó me leva direto, mas tem que tomar cuidado porque tem muitos bancos. Ainda bem que eu nunca caí”, brincou.

Desenho de uma criança do Parque do Povo.
Juan registra no desenho seus passeios de skate no Parque do Povo. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

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Julia Martins Demian, 7 anos

Desde pequena a menina brinca com seu cãozinho Marrom na Praça Nossa Senhora Aparecida, que abriga a igreja de mesmo nome, em Moema, na Zona Sul.

Julia aparece com um lápis de cor na mão. Ela estava pintando um desenho.
Julia: diversão na pracinha do bairro. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

O local tem um espaço cercado para os pets ficarem soltos e é o preferido da menina, que mora no bairro desde que nasceu. “Além de meu cachorro poder se divertir com outros cãezinhos, a pracinha tem muitos brinquedos. Adoro subir no pula-pula de pneus. Também já fiz vários amigos lá”, contou.

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Desenho de uma criança mostra a Praça Nossa Senhora Aparecida.
Desenho de Julia mostra Praça Nossa Senhora Aparecida, onde brinca com seu cachorro. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

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Lucas Gimenes Plaza, 8 anos

Ele gosta muito de desenhar, de jogar games com os amigos e de ver anime na TV, mas sua diversão favorita nos fins de semana é passear na Avenida Paulista e no Parque Ibirapuera. “Nos fins de semana eu costumo ir com meus pais para a Paulista. A gente gosta de andar bastante, passear pelas lojinhas, de comer”, diz.

Foto de Lucas ao lado de
Lucas, no Masp em 2019: para ver a exposição de Tarsila. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Mas a principal memória de Lucas na Paulista foi a visita que fez ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) com os pais e o avô em 2019, quando tinha apenas 6 anos de idade, para ver a exposição da pintora brasileira Tarsila do Amaral — recorde de público na história do museu. “Eu adoro a Avenida Paulista, mas gostei mesmo foi de conhecer o Masp. Pude ver o Abaporu de perto, vi um monte de obras da Tarsila e achei muito importante para a cultura brasileira”, disse Lucas, que é tão apaixonado pelo Masp que tem até um Lego montado do museu. “O Masp é muito importante para a cidade, dá para as crianças aprenderem bastante coisas não só sobre a Tarsila, mas sobre diversos outros artistas.”

Desenho de uma criança do Masp.
Desenho de Lucas mostra o Masp, uma de suas paixões. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

ESPECIAL SP 468 ANOS> Em comemoração Do aniversário de São Paulo, a Vejinha também entrevistou seis personalidades, como Projota e Paula Lima, para saber quais lugares da cidade foram marcantes para eles e relembrou 11 transformações que a capital sofreu e selecionou os melhores restaurantes veteranos. Confira as outras matérias especiais da semana:

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Publicado em VEJA São Paulo de 26 de janeiro de 2022, edição nº 2773

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