Restaurantes e cafés em museus e centros culturais
Vai almoçar fora? Aproveite para conferir uma exposição. E vice-versa. Selecionamos endereços para fazer um passeio completo
Quem frequenta o Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros, certamente já se sentiu tentado a provar as delícias que a chef Morena Leite, do restaurante Capim Santo, serve no bufê do espaço gastronômico da instituição. Batizado de Santinho, oferece pratos da culinária brasileira como moqueca e carne-seca, além de saladas feitas com ingredientes inusitados. Para aumentar a tentação, o espaço tem uma filial, no Museu da Casa Brasileira, com o mesmo nome.
Na varanda, com vista para o magnífico jardim do museu, Santinho – Jardim Paulistano segue o mesmo modelo da casa-mãe: há saladas como a de banana, o tabule de quinoa, o vinagrete de abacaxi. Depois, encontra-se uma seleção de grãos que inclui arroz integral, cuscuz marroquino, risoto e uma variedade de feijões e grão-de-bico. Na estação seguinte do aparador, ficam bifinhos de filé-mignon, frango na mostarda e um dos únicos itens fixos, a carne-seca na abóbora. Os doces são cobrados à parte. Nos fins de semana, com a sobremesa, o preço sobe. Seja lá qual for o dia, é imprescindível provar o saboroso brigadeiro de capim santo, uma das especialidades de Morena. Também há pratos e lanches à la carte, com preços variados..
No centro, o Teatro Municipal e a Sala São Paulo surgem como boas opções para quem trabalha na região. No Municipal, além de café da manhã (das 9h às 15h), as refeições são servidas em ambiente glamouroso, com mobiliário dos irmãos Campana. Próximo à Avenida Paulista, o Sal Gastronomia, na Galeria Vermelho, apresenta a culinária requintada do chef Henrique Fogaça.
Nossa seleção traz sugestões para um almoço diferente de segunda a sexta, que pode incluir uma visita rápida às exposições, por exemplo, ou um passeio completo no fim de semana.
■ Centro Cultural Banco do Brasil: no coração histórico da cidade, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) ocupa uma edificação de 1901 com 4.183 metros quadrados e cinco andares. Cinema, teatro, auditório e loja preenchem a arquitetura neoclássica, assim como grandes exposições. Uma dica: agende uma visita monitorada ao prédio para conhecer detalhes da construção. Se a ideia é fazer o tour sozinho, comece pelo último andar e vá descendo. Termine o passeio na Cafeteria Cafezal, no piso térreo. O expresso Fazenda Pessegueiro custa R$ 3,50.
■ Fundação Maria Luisa e Oscar Americano: o museu funciona dentro da casa que pertenceu ao casal Americano. Além do acervo, reúne uma concorrida casa de chás. Mais do que as infusões em si, os visitantes buscam quitutes como a torta de palmito acompanhada de salada (R$ 25,00) e uma fatia de bolo do dia (R$ 8,50). Há serviço completo com salgadinhos, sanduíches, pães e sucos, entre outros itens (R$ 58,00 por pessoa). Passou a servir um brunch diário (R$ 68,00).
■ Galeria Vermelho: o centro cultural converge para um pátio onde funciona também o badalado Sal Gastronomia, do chef Henrique Fogaça. No cardápio, aparecem opções como o siri-mole inteiro assado (R$ 34,00), sugerido de entrada. A seleção de pratos principais inclui a costelinha de porco assada com pimenta de maracujá, tomate e farofa de milho (R$ 49,00).
■ Cartel 011: atrás deste espaço multifuncional, que agrega loja e galeria de arte, o Feed Food ocupa um quintal repleto de árvores. As receitas são do casal de chefs Adriana Cymes e Victor Vasconcellos, entre elas, o entrecôte com capellini (R$ 39,00). Empolgam mais entradas como a coxinha de mandioquinha (R$ 23,50).
■ Itaú Cultural: pode ser boa sugestão para começar ou terminar um passeio pela Avenida Paulista e região. Depois de visitar as montagens e exposições, é possível fazer uma pausa no misto de café e restaurante PanAroma. Lá, são servidas opções de saladas, pratos principais e sobremesas, além de bebidas quentes e salgados.
■ MAM: foi fundado em 1948 pelo empresário Ciccillo Matarazzo e transferido em 1968 para o prédio que ocupa hoje, também no Parque do Ibirapuera. Seu acervo conta com mais de 5.000 obras entre pinturas, esculturas, desenhos, vídeos e instalações. Possui também uma agradável área ao ar livre de 6.000 metros quadrados. Está ali o restaurante Prêt no MAM, cujas receitas dispotas em bufê surpreendem pela variedade e pela qualidade. Num dia, é possível encontrar o badejo caramelado com macadâmia; noutro, o envelope de filé-mignon recheado de queijo brie ao molho de vinho do Porto. Custa R$ 49,00 por pessoa em dias de semana e R$ 56,00 aos sábados e domingos.
■ Martins Fontes: a unidade da Avenida Paulista desta rede de livrarias é a única morada do MF Café. Lá são servidos bolo de maçã ao vinho do Porto (R$ 8,00), pão de queijo (R$ 4,00) e quiche de alho-poró (R$ 11,00), entre outros doces e salgados, para acompanhar o expresso Astro (R$ 4,20).
■ MASP: quando a arquiteta Lina Bo Bardi projetou o prédio do Masp, que desde 1968 descansa sobre a Avenida Paulista, o maior cartão-postal da cidade, sonhava com crianças brincando em seu vão de 74 metros de altura. Assim, não deixe de aproveitar o espaço antes de entrar, seja na feira de antiguidades aos domingos, seja simplesmente para observar a hoje não tão aberta vista para o centro. No subsolo estão a lojinha do Masp, com livros e catálogos e o restaurante Uni, que serve um farto almoço em bufê todos os dias da semana (R$ 38,60, de seg. a sex, R$ 40,40, sáb., e R$ 45,80 dom. e feriados).
■ MIS: o Museu da Imagem e do Som, na Avenida Europa, esconde o badalado Chez Mis, dos mesmos donos do Chez Burger e do Bar Secreto. A cozinha é comandada por Leo Botto e, desde a inauguração, em março de 2012, tornou-se um dos lugares mais agitados da cidade. O chef repete alguns sucessos antigos, caso do nhoque rústico recheado de mussarela ao creme de parmesão e finalizado por farofa de pão (R$ 46,00).
■ Museu da Casa Brasileira: ocupa um casarão antigo em plena Avenida Faria Lima. Antes ou depois de visitar o acervo, faça uma parada no restaurante Santinho. embora a casa-mãe, no Instituto Tomie Ohtake, tenha um serviço mais afinado, não há como competir com o cenário desta filial. A nova unidade ocupa a varanda com vista para o magnífico jardim e segue a fórmula de caprichados bufês da matriz. Há saladas como a de banana, o tabule de quinoa, o vinagrete de abacaxi…Depois, encontra-se uma seleção de grãos que inclui arroz integral, cuscuz marroquino ao pesto de salsinha e um risoto do dia, além de uma variedade de feijões e grão-de-bico. Na estação seguinte do aparador, ficam bifinhos de filé-mignon, frango na mostarda e um dos únicos itens fixos, a carne-seca na abóbora. Os doces são cobrados à parte. Nos fins de semana, com a sobremesa, o preço sobe.
■ Pinacoteca do Estado: se estiver de olho no relógio, restrinja o passeio ao 2º andar do museu. O espaço guarda a mostra do acervo Arte no Brasil — uma História na Pinacoteca de São Paulo. Composta de cerca 500 peças da coleção de 9.000 obras, não há melhor exposição para conhecer a história da arte brasileira do século XIX e início do XX. Se o tempo não for um problema, porém, tome um lanche no Flor Café, com vista para o Jardim da Luz.
■ Sala São Paulo: o mais importante espaço de concertos da cidade tem acústica impecável e fica num imponente prédio, integrado à estação ferroviária Júlio Prestes, no centro. Não à toa, é a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. O Restaurante da Sala abre para o jantar antes dos concertos da Cultura Artística e da Osesp, a partir das 19h, e depois da apresentação funciona até a 1h.
■ Teatro Municipal: inaugurado em 1911, o local colocou São Paulo no roteiro internacional dos grandes espetáculos. Depois de quase três anos fechado para restauração, abriu em 2011 com palco remodelado, poltronas renovadas e um restaurante decorado pelos irmãos Campana. Foi aí que surgiu o Café do Theatro Municipal, com cozinha supervisionada por Sandra Valéria Silva, do Bistro da Sara. O restaurante oferece bufê de massas e saladas (R$ 35,00 ou R$ 45,00 com um grelhado). Os pratos à la carte, como o nhoque e o medalhão custam entre R$ 36,00 e R$ 42,00.
■ Instituto Tomie Ohtake: inaugurado em 2001, ocupa um prédio roxo e vermelho de traços futuristas em Pinheiros. Projetado por Ruy Ohtake, filho da artista que dá nome ao lugar, o edifício foi inicialmente pensado para abrigar somente as obras de Tomie, além de um complexo de escritórios. Com o tempo, passou a se empenhar na revelação de jovens artistas, dando espaço, em suas sete salas expositivas, a nomes da nova geração — o mais recente deles foi o da pintora Ana Prata. Não deixe de aproveitar o Santinho, restaurante de cozinha rápida da chef Morena Leite, que funciona ali. Nunca falta a carne-seca desfiada na abóbora entre as sugestões do dia que compõem o bufê (R$ 43,00, ter. a qui.; R$ 47,00, sex.; R$ 63,00, sáb.; e R$ 69,00, dom.). Nos fins de semana, dá direito a sobremesa.