Os melhores restaurantes coreanos de São Paulo
Confira os endereços da categoria que foram selecionados para o guia COMER & BEBER 2018/2019
Considerado o chef do ano pelo prêmio COMER & BEBER 2018/2019, Paulo Shin é o responsável pelo Komah, na Barra Funda, o melhor restaurante coreano de São Paulo, com a cotação de quatro estrelas das cinco máximas atribuídas pelo guia.
COMER & BEBER reuniu, na edição 2018/2019, 400 restaurantes. Abaixo, saiba quais são os melhores coreanos da metrópole.
De verdade, tinha tudo para dar errado. Imagine correr o risco de abrir um restaurante somente à noite numa ruazinha quase deserta da Barra Funda. Ainda por cima ocupar a cozinha com um menu coreano de pratos tão apimentados que são capazes de fazer suar o comensal. O chef do ano desta edição, Paulo Shin, pagou para ver e se deu bem. Há que lembrar que a Coreia de Shin passa pela França e por certa modernidade da cozinha autoral — ele trabalhou no extinto e ótimo Le Coq Hardy e com Alex Atala no D.O.M. Embora as sugestões tenham preços individuais, vale mesmo é provar o menu completo a R$ 80,00, valor que não sobe desde a inauguração, em 2016. Depois de uma seleção de aperitivos como o kimchi, preparado com acelga fermentada em pimenta-vermelha em pó, vão se enfileirando pratos como a barriga de porco tostada até ficar com um bronzeado intenso de um dos lados com pasta de pimenta e um arroz quentíssimo sem tempero. O modo de comer diz que tudo deve ser enrolado em folhas orgânicas de alface e de gergelim. Num caldo rico, a costela bovina precisa ser desfiada pelo próprio cliente e saboreada com arroz, nabo e uma salada bem temperada. Produzida pela Confeitaria Marilia Zylbersztajn, a torta de pera com crumble de noz-pecã ao creme de cardamomo põe o ponto-final e custa R$ 17,00. Estique os olhos para além da degustação e preste atenção em pratos como o japchae (R$ 39,00), o macarrão de batata-doce com hortaliças sortidas e mel de abelha borá, e o dolsot bibimpab (R$ 45,00), o arroz de algas com gema, legumes, salada e carne-seca. Antes dos pratos, nem pense em pular os coquetéis do bartender Vinícius Apolinário, o Vina. Dois drinques de sua autoria: garden groove (soju, gim, vermute seco e jerez com brotos e flores orgânicos numa cumbuca de cerâmica, R$ 35,00) e bloody mary (suco de tomate artesanal temperado com kimchi na companhia de um trio de petiscos, R$ 31,00). Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 378, Barra Funda, ☎ 3569-7956.
Tradicional na Aclimação, é um dos coreanos mais antigos da capital. Ocupa um sobrado grande, onde as mesas apresentam um fogareiro acoplado para o preparo do tradicional churrasco coreano. Difícil fugir do bugolgui (R$ 105,00, para duas pessoas), composto de tiras finas de contrafilé de tempero adocicado, que são grelhadas pelos próprios clientes. Se a opção for o bibimbap, o arroz mexido com vegetais e carne (R$ 40,00), não se esqueça de acrescentar uma dose de pimenta coreana servida à parte, pois faz uma baita diferença. Claro, só se curtir comida com ardor. Avenida Armando Ferrentini, 182, Aclimação, ☎ 3277-7823.
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Conhecida pela profusão de restaurantes japoneses e chineses, a Liberdade tem espaço para alguns coreanos também. É o caso deste endereço simples e acolhedor tocado por Regina Hwang. O espaço é adorado pelo público jovem por causa dos pratos saborosos a preços convidativos. Para preparar no centro da mesa, o churrasco à moda coreana aparece em versões como a costela ao molho agridoce (R$ 42,00) e a pancetta com legumes (R$ 45,00). É claro que, como de costume, uma profusão de potinhos de acompanhamentos vem junto. Se preferir uma sopa, o harmul jongol (R$ 150,00) é uma fumegante caldeirada picante de frutos do mar, vegetais e tofu. Rua da Glória, 729, Liberdade, ☎ 3271-0924.
O jantar ganha ares de banquete, com as mesas repletas de cumbucas brancas com os banchan, preparos que funcionam como guarnições. As receitas podem ser kimchi bem ardido, salada de maionese, peixinho frito e adocicado… Simpáticos garçons recomendam o churrasco de tiras de contrafilé adocicado e cogumelo shimeji, que eles mesmos preparam na mesa quando o lugar não está muito cheio. Custa R$ 160,00, para três. Montado em uma tigela de pedra para ser mexido à mesa, o bibimbap (R$ 65,00) agrega arroz, vegetais como broto de feijão e cenoura e ovo frito de gema mole para ser misturado com o molho de pimenta mais adocicado que ardido. Rua Professor Santiago Dantas, 192, Morumbi, ☎⊇3758-2296.
É um representante moderno da categoria, instalado no Itaim Bibi. Pelo ambiente de paredes de cimento queimado e lampadinhas penduradas circulam receitas tradicionais com concessões ao paladar do paulistano. Vale pedir o porco picante (R$ 45,00), na forma de fatias de barriga marinada na pimenta servidas com arroz e salada. O clássico bibimbap (R$ 45,00) traz na tigela de plástico arroz, carne e vegetais como cenoura e abobrinha com um ovo. Rua Bandeira Paulista, 455, Itaim Bibi, ☎ 3078-0184.