Hotel Bar Brahma ocupará o ponto do tradicional Marabá, no centro
O Grupo Fábrica de Bares já opera o estabelecimento, que ficou fechado por quase um ano, e mantém, por enquanto, o nome antigo
Chope de boas-vindas, acesso sem pagamento de couvert artístico a shows do bar vizinho, translado gratuito a atrações turísticas e a casas como Blue Note e Riviera. Esses são alguns dos mimos — ou comodidades — que o Hotel Bar Brahma promete oferecer aos futuros hóspedes.
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A estreia desse quatro-estrelas temático deve ocorrer em doze meses, no número 757 da Avenida Ipiranga. O imóvel é o mesmo do Hotel Marabá, fundado em meados dos anos 40 e com térreo ocupado pelo cinema homônimo, naquela região do centro conhecida, à época, como Cinelândia.
O tradicional ponto hoteleiro passa a ser operado pelo grupo Fábrica de Bares, estreante nesse setor da hospitalidade, mas dono do bar homenageado, cravado quase ao lado. Por enquanto, vão manter o nome do antigo Marabá, que não resistiu aos efeitos da pandemia e interrompeu as operações em junho de 2021.
A troca de bandeira — e decoração — será realizada de forma lenta, gradual e segura. “Estamos começando um piloto”, define Cairê Aoas, à frente da companhia. “Não vamos ‘queimar cartucho’ com a nossa marca. Antes, queremos aprender”, admite.
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A partir de quinta (21), o estabelecimento vai reabrir as portas. Receberá, até dia 29, exclusivamente foliões que adquiriram o pacote de hospedagem para o Camarote Bar Brahma (ainda há ingressos à venda). Os hóspedes terão transporte até os desfiles do Sambódromo do Anhembi, open bar de chope, serviço de spa e beauty center, com cabeleireiros e maquiadores à disposição — um esquema parecido ao que rolou em 2020 no endereço, numa espécie de ensaio não planejado.
Boa parte dos artistas que se apresentarão no camarote pernoitará ali também. No dia 1º de maio, o Marabá voltará a acolher o público em geral, agora com a operação de alimentos e bebidas a cargo do Bar Brahma. “Vamos servir um brunch aos fins de semana, a partir de junho”, prevê Aoas.
As duas alas do hotel (que inclui o anexo, no passado pertencente ao extinto Terminus) somam cerca de 11 500 metros quadrados, treze andares e 171 quartos. Os até 350 hóspedes que podem ocupar o Marabá normalmente estavam a negócios na capital ou a fazer compras pelo centro.
Com a futura transformação em Hotel Bar Brahma, a intenção dos novos gestores é fazer com que o local se torne um destino também aos feriados e fins de semana. “Hotéis inseridos na cena cultural e de entretenimento da cidade normalmente são muito high level, como Unique e Emiliano. Em outro patamar, não tem”, diz o empresário, que deve cobrar uma média de 300 reais por diária.
Ele mesmo ficou hospedado ali, com a esposa e o filho, entre junho e dezembro de 2020, num dos momentos mais graves da pandemia. A suíte era a 1119, com um terraço de vista deslumbrante para a Praça da República. “Fui me ambientando”, brinca.
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Publicado em VEJA São Paulo de 20 de abril de 2022, edição nº 2785