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Por Arnaldo Lorençato O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

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COMER E BEBER

Sem perder a alma argentina, Jacarandá tem menu do chef Rodrigo Aguiar

O titular do Casa Rios, no Tatuapé, deu um upgrade no cardápio de um dos restaurantes mais agradáveis da cidade. Leia a crítica

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24 ago 2023, 22h00

Prato fundo de louça branca com arroz coberto por frutos do mar. — Arroz terra e mar: com salame cremoso e picante nduja, lula na brasa com chimichurri e maionese (Ligia Skowronski/Veja SP)

No visual, o Jacarandá, concebido pela restauratrice Ana Maria Massochi e vendido ao empresário Milton Freitas em 2016, continua um dos restaurantes mais agradáveis da cidade. Ocupa o espaço de uma antiga residência, uma das únicas remanescentes naquele pedaço, e tem mesas em um salão ajardinado, erguido em torno da árvore que dá nome à casa. Sem muita identidade, porém, o menu vinha perdendo fôlego.

Salão ao ar livre e arborizado do restaurante Jacarandá — O agradável salão: em antiga residência (Ligia Skowronski/Veja SP)

Para dar uma guinada geral no marasmo culinário, Freitas convidou Rodrigo Aguiar, chef revelação por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER em 2017 e único titular do Casa Rios, no Tatuapé, para rever todo o cardápio. Sem esquecer o estilo do lugar de alma portenha, Rodrigo fez um trabalho exemplar. Muitos pratos continuam com o mesmo nome, mas revisados e com mais leveza. Ou seja, ganharam um upgrade.

Pedida tradicional argentina e também uruguaia, a fainá é uma massa de grão-de-bico, na Itália conhecida como farinata. Sai da cozinha agora em uma versão que lembra uma polenta alta e firme com ricota defumada, tomate assado e brócolis na brasa (R$ 44,00).

Chef de cozinha de avental vinho finalizando prato na mesa enquanto olha para a foto — Cozinha sob nova direção: chef Rodrigo Aguiar (Ligia Skowronski/Veja SP)

A lengua de toro é a língua de boi confitada e grelhada na brasa com chimichurri, molho de pimenta amarela, cebola-roxa, coentro e limão-siciliano com um tentador final picante (R$ 58,00). Em nova roupagem, o terra e mar (R$ 156,00) vira um arroz de salame cremoso e picante nduja, linguiça com erva-doce, lula na brasa com chimichurri e maionese.

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Prato fundo de louça branca sobre jogo americano preto em mesa de madeira com salada de língua com pimentão, cebola e coentro. — Lengua de toro: língua de boi com chimichurri, molho de pimenta amarela, cebola-roxa, coentro e limão-siciliano (Ligia Skowronski/Veja SP)

No encerramento, nada melhor que o figo tostado na calda de vinho solera com creme de natas, crocante de erva-doce e limão-siciliano (R$ 32,00), com um sedutor traço amargo.

Avaliação: BOM (✪✪✪)

Jacarandá
Rua Alves Guimarães, 153, Pinheiros, tel. 3083-3003. Tem acessibilidade. Tem retiradas.
Das 8h às 23h (sexta e sábado até 1h).
jacarandabr.com.br.

Faixa de preço: $$$ (de R$ 246,00 a R$ 430,00)

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Confira o cardápio: