Cozinha do Lorençato encerra temporada com confidências e receitas

É uma fórmula que deu muito certo. O Cozinha do Lorençato, programa que a cada episódio leva um convidado para ser entrevistado e ensinar o preparo de um prato, foi aprovado pelo público e repercutiu com força na internet — os vídeos nas redes sociais YouTube e Instagram, somados à plataforma VEJA+, alcançaram mais de 2,6 milhões de visualizações até o fechamento desta matéria.

A primeira temporada chegará ao fim nesta quinta (12), com a presença da influenciadora Isabella Scherer, que arremata o programa com uma deliciosa sobremesa: uma cuca de uva verde, típica do sul do Brasil.

Ao longo de uma dezena de episódios, o apresentador Arnaldo Lorençato conversou com dez grandes nomes relacionados à gastronomia e provou (e aprovou, não sem segundos de tensão) os pratos preparados por essas personalidades. As receitas estão reunidas em um livro que pode ser baixado no Blog do Lorençato quando for ao ar o último episódio).

Num ritmo intenso, as gravações duraram um mês. “Apesar do pouco tempo, conseguimos produzir um programa de altíssima qualidade. Do roteiro à fotografia, o resultado surpreende”, afirma Andrea Abelleira, VP de publishing da Editora Abril. “Foi ótimo conseguir revelar, de maneira muito natural, histórias e intimidades que alguns dos maiores chefs do país nunca haviam contado. Além disso, estar ao lado deles no fogão foi enriquecedor. Ganhamos o espectador e eu”, avalia Lorençato, também editor-executivo de VEJA SÃO PAULO.

Os programas estão divididos em quadros: entrada (papo inicial com o convidado), prato principal (preparo da comida), a receita desandou (quando o entrevistado faz a revelação de algo que não deu certo em sua trajetória) e o cafezinho (um bate-bola de perguntas finais).

A série teve início com a chef Janaína Torres, do Bar da Dona Onça, que revelou por que deixou o premiado A Casa do Porco. Alex Atala (D.O.M. e Dalva e Dito), segundo convidado, relembrou como uma resenha de Lorençato teria arruinado suas finanças.

De forma sincera, Renata Vanzetto, na semana seguinte, repassou os altos e baixos da carreira. Elisa Fernandes (Clos Wine Bar) entregou seus bastidores nas cozinhas de Alain Ducasse na França. Na sequência, Carmem Virginia (Altar Cozinha Ancestral) pôs em evidência a importância e a beleza da cozinha ancestral.

O produtor de conteúdo e empresário Mohamad Hindi contou no episódio 6 a luta para se reinventar nas redes sociais. O italiano Antonio Maiolica (Temperani Cucina) lembrou da rigidez na cozinha profissional de anos atrás, que poderia incluir agressões físicas endossadas até por sua mãe, quando ele era adolescente.

Na oitava semana, a benfeitora social Vó Tutu revelou como superou traumas de uma infância difícil. O confeiteiro Lucas Corazza trouxe a conexão do trabalho em confeitaria com o feminino no programa.

“Os convidados abriram o coração e contaram histórias inspiradoras, comoventes, nem sempre fáceis”, descreve Lorençato. E avisa que a preparação da segunda temporada está a todo vapor.

Publicado em VEJA São Paulo de 06 de dezembro de 2024, edição nº 2922.

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