As pizzarias mais antigas em atividade num mesmo ponto em São Paulo
A Castelões, por exemplo, atende desde 1924 no Brás
Se a pizza de são Paulo é a melhor do mundo, como muita gente diz, há controvérsias. Mas não existe dúvida de que o amor do paulistano pela receita nascida em Nápoles é bem antigo, de mais de um século. Atualmente, pipocam pela capital endereços moderninhos que servem as pedidas — muitas delas, curiosamente, feitas à maneira tradicional napolitana, em tamanho individual e de longa fermentação —, porém continuam em operação pizzarias antigas que preparam os discos à moda paulistana. Conheça a seguir esses pioneiros da cidade que estão até hoje em atividade num mesmo ponto.
Consta que a speranza foi a primeira pizzaria na cidade a servir a margherita. A casa, fundada em 1958 no Brooklin, mudou-se em 1961 para a região do Bixiga, onde permanece a matriz.
Bruno
A marca está no mesmo ponto desde 1939, mas foi crescendo (e como!). Atualmente, passa por mais uma reforma. Um dos sucessos do menu é a pizza de camarão com catupiry. Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó, 87, Freguesia do Ó, ☎ 3932-2261.
Atende desde 1924 no Brás e é tida como a mais antiga casa do ramo em funcionamento na metrópole. Itens como os antepastos mantidos refrigerados nem sempre são bem cuidados. Uma pena. Mas ainda dá para encontrar uma boa pizza de calabresa com mussarela, clássico local.
O endereço, de 1956, que resiste no Bom retiro em meio a uma multiplicação de restaurantes coreanos, é um dos “culpados” por fazer a pizza de massa fina virar pop, com sabores como abobrinha com mussarela e parmesão. Continua nas mãos da família de um dos fundadores, Apparecido Godoy, morto em 1992.
Hoje a rede está em diferentes cantos da capital, mas a unidade pioneira nasceu em 1957, no Jardim Paulista. E, quem diria, era um restaurante árabe antes de começar a servir os discos de massa fina, responsabilidade até hoje do pizzaiolo Antônio Macedo, de 77 anos, o mais velho em atuação na cidade.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 11 de dezembro de 2019, edição nº 2664.