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Nunes diz que a chance de aumentar a tarifa de ônibus é de 50%

“A gente está fazendo um esforço gigantesco para não aumentar a passagem”, afirmou prefeito

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 jun 2022, 11h59 - Publicado em 29 jun 2022, 11h27

Ao comentar a greve dos motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo nesta quarta-feira (29), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a chance de manter a tarifa aos atuais 4,40 reais é de 50%, admitindo assim, a hipótese de reajustar o valor.

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A paralisação desta quarta afetou 1,5 milhão de passageiros no horário de pico da manhã.

A declaração de Nunes foi feita ao apresentador Joel Datena, do programa Bora SP, da TV Band. Na conversa, Nunes criticou o novo ato. “É um dia triste que marca uma grande irresponsabilidade desse sindicato”, afirmou.

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Ao ser questionado se a greve poderia impactar nos cofres da prefeitura, já que a administração municipal subsidia o sistema –para pagar gratuidades e outros itens–, Nunes explicou que um dos principais insumos usados para fazer os ônibus rodarem, o diesel, teve uma elevação de 107% no último ano, e que conversaria com as viações para saber como repassar esse valor. O impacto seria absolvido pelo dinheiro em caixa.

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Ao ser questionado pelo apresentador se haveria aumento do valor do subsídio ou da tarifa, Nunes disse estar fazendo um esforço gigantesco para não aumentar a passagem, principalmente pelo momento atual da economia, em que 800 mil estão desempregados só em São Paulo, além da pobreza ter avançado. “Manter a tarifa é uma estratégia inclusive da retomada econômica da cidade”, disse.

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Ao final, Joel Datena perguntou então se, de 0 a 10, qual era a chance de manter a tarifa em 4,40 reais neste ano, no que Nunes respondeu: “50%”.

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A greve

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Os trabalhadores cruzaram os braços reivindicando por reivindicações não atendidas pelos patrões, tais como horário de almoço não remunerado e participação nos lucros e resultados.

Deflagrada à 0h desta quarta-feira (29), a paralisação atingiu 1,5 milhão de passageiros, segundo a empresa que gerencia o transporte público na capital, a SPTrans. Das 150 linhas que operam na madrugada, 88 não rodaram. Durante o dia, 675 linhas, que operam 6 008 ônibus, não saíram das garagens.

A prefeitura informou que os motoristas e cobradores desrespeitaram a decisão judicial que determinou a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários.

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A greve é a segunda realizada neste mês. No dia 14 de junho, os motoristas e cobradores de ônibus da capital paralisaram por 15 horas, porque queriam um reajuste salarial de 12,5% e a paralisação deixou 2,7 milhões de passageiros a pé.  Foi feito um acordo entre as empresas e os trabalhadores intermediado pelo vereador Milton Leite (União Brasil), o que chegou a ser comemorado em vídeo postado nas redes sociais do prefeito à época.

A paralisação foi decidida em assembleia nesta terça-feira (28). Com isso, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) decidiu suspender o rodízio para veículos com placas finais 5 e 6. Além disso, as faixas de ônibus ficarão liberadas para circulação de carros enquanto durar a greve.

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Julgamento

O TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho) marcou para as 15h desta quarta-feira o julgamento do dissídio coletivo para avaliar se os donos das viações de ônibus devem ou não atender as demandas dos trabalhadores.

Segundo o tribunal, a sessão será presidida pelo desembargador Davi Furtado Meirelles, relator do caso. A sessão foi marcada após um pedido do sindicato que reúne os patrões, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbannus).

Em decisão anterior, o desembargador havia dado o prazo até o dia 1º de julho, próxima sexta-feira, para que eles chegassem a um acordo.

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