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Acordo põe fim à greve dos motoristas e cobradores de ônibus

Sem dar detalhes, prefeitura diz que negociação foi intermediada por prefeito Ricardo Nunes

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 jun 2022, 17h16 - Publicado em 14 jun 2022, 16h31

A greve dos motoristas e cobradores de ônibus da capital foi encerrada às 15h20 desta terça-feira (14), segundo informou a prefeitura. A paralisação afetou ao menos 2,7 milhões de passageiros, sendo 1,5 milhão só no horário de pico da manhã, das 6h às 9h.

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Sem dar detalhes da negociação, a nota da SPTrans, empresa que gerencia o transporte público da capital, informou que a negociação entre patrões e empregados foi intermediada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). O sindicato dos motoristas confirmou a informação, dizendo que os donos das viações (SPUrbanuss) concordaram com a principal reivindicação da categoria, a de reajuste salarial de 12,47%, retroativo a 1º de maio, que também deverá ser aplicado no ticket-refeição.

Durante as mais de 15  horas de greve,  nenhum ônibus circulou no sistema estrutural –que liga os terminais de ônibus a outras regiões, sobretudo a central, por vias de grande movimento. Apenas alguns coletivos do subsistema local, que transportam os passageiros dos bairros até os terminais e perto de linhas de trens, estão rodando. Os demais estão todos parados.

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A greve gerou aumento no congestionamento de veículos e plataformas de trens e metrô lotadas. O rodízio municipal de veículos foi suspenso, bem como as faixas exclusivas foram liberadas para o tráfego. O movimento também inflacionou as corridas pelos aplicativos, elevando os preços.

Os 6 500 veículos que deixaram de rodar nas 713 linhas paralisada estão voltando gradativamente, segundo a empresa. Até por volta das 16h, ao menos seis empresas já haviam começado voltar à operação: Express (Zona Leste);- Via Sudeste (Zona Sudeste); KBPX (Zona Sul); Gatusa (Zona Sul); Viação Metrópole (Zona Sul); e Transppass (Zona Oeste).

Além do reajuste de salário e no vale-refeição, os trabalhadores também reivindicavam o reajuste do PLR (Participação nos Lucros e Resultados), item que será discutido depois.

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Uma reunião entre patrões e empregados estava marcada para as 15h desta quarta-feira (15) no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região). Os juízes iriam decidir se o reajuste e todas as reivindicações deveriam ou não ser pagas pelos donos das empresas de ônibus.  Com o acordo, a reunião pode ser suspensa ou mesmo cancelada.

Negociação

Além de Nunes, as negociações que colocaram fim à greve contaram com o presidente da Câmara de Vereadores, Milton Leite (DEM), e o ex-deputado bolsonarista Valdevan Noventa, que teve o mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder econômico por compra de votos na eleição de 2018. Noventa, que é presidente licenciado do sindicato dos motoristas de ônibus de São Paulo, era deputado federal por Sergipe pelo PL e tinha voltado ao cargo após decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele foi cassado de vez após novo julgamento da segunda turma do STF, que reverteu a decisão de Marques.

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