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Saiba quais são os vinhos que combinam com o inverno

Não basta ser tinto. Segundo especialistas, é preciso, por exemplo, levar em conta o teor alcoólico da bebida para sentir a sensação de calor

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 20 jan 2022, 09h31 - Publicado em 22 jul 2011, 20h17
Vinhos de inverno - tabela
Vinhos de inverno - tabela (Simone Yamamoto/)
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Além de pratos literalmente mais quentes, dias frios pedem vinhos encorpados, na maioria das vezes tintos. “Além de mais encorpados, eles devem ser calorosos, tanto em termos de calorias quanto da sensação de calor que provocam na boca. Uma variação sutil no teor alcoólico faz a diferença”, explica Manoel Beato, sommelier do Grupo Fasano e autor do Guia de Vinhos Larousse. “Os tintos costumam ter 13% de álcool, então um com 15 % já confere uma sensação mais quente”, completa.

Seguindo essa linha, a sommelière venezuela Barbarita Cacegliero, responsável pela Enoteca Decanter, indica rótulos como o Luis Cañas Crianzas 2009, que foi avaliado com 92 pontos no guia Robert Parker e tem 14% de álcool. Outra dica de mesma graduação alcoólica, o Clos de Mures 2010, de Languedoc, na França, é maturado em madeira de carvalho.

Sommelier do Wine Bar La Table, Anderson Santana aponta o italiano Le Difese 2009, blend de sangiovese e cabernet sauvignon. “Tem graduação alcoólica de 14%, coloração rubi intensa, e um leve toque defumado no retrogosto, proveniente do processo de maturação durante doze meses em carvalho”, afirma.

No Rouge Bar à Vin, o tinto italiano Brusco dei Barbi 2010 exibe potência para acompanhar a charcuterie maison, porção na qual gordas fatias de bresaola (mais finas, por favor), rillete de pato, patê, pepinos e cebolinhas têm a parceria indispensável do pãozinho.

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Mas isso não é uma regra. Beato diz ainda que, em alguns casos, comidas próprias para o inverno, como uma sopa de peixe, devem ser harmonizadas com vinho branco. “Dê preferência aos feitos com uva Riesling”, explica. 

Outro opção é o branco  português Quinta dos Roques Encruzado 2011, da região do Dão, que tem aroma cítrico condensado com o sabor da madeira em que é maturado, por isso sabor intenso na medida para ser degustado com peixes mais gordurosos. Ele aparece no acervo do Bardega, no Itaim, detentor da maior oferta de vinhos em taça da cidade.

Para conservar as garrafas, a dica é mantê-las em uma adega própria para a bebida, climatizada entre 12º C e 17º C. No caso dos tintos, essa tempeatura pode variar de 16º C a 21º C.

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