‘Carrascos’ do MasterChef já colhem frutos em seus restaurantes
Jurados do reality show, os chefs Paola Carosella e Henrique Fogaça tiveram aumento do público em seus estabelecimentos
O programa MasterChef mal começou, e os jurados do reality show já colhem frutos de sua participação no programa. A competição culinária apresentada pela jornalista Ana Paula Padrão estreou na Band na terça (2). Nela, candidatos a chef de cozinha passam por uma série de provas e eliminatórias, até que sobre um vencedor: o tal do masterchef.
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Para a composição do júri que decide qual dos participantes é o melhor, foram convidados três cozinheiros bem conhecidos dos foodies paulistanos: Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin. O trio roubou a cena durante a estreia, com comentários ácidos e até insultos aos aprendizes. No dia seguinte ao lançamento do programa, curiosos correram aos estabelecimentos tocados pelos ‘carrascos’.
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A argentina Paola Carosella, que, apesar de exigente, foi a mais fofa (ou menos malvada) dos três, não deu expediente ontem (3) em seu restaurante de cozinha variada, o Arturito, que funcionou normalmente. Azar dos espectadores que foram almoçar na casa só para vê-la. “O movimento foi cerca de 30% acima do normal”, disse Peter Ferreira, gerente do estabelecimento. Se alguém foi à cozinha procurar pela argentina? “Nosso público é discreto”, desconversa. Negócio número dois da cozinheira a casa de empanadas La Guapa, também teve um dia de movimento mais intenso.
Nos endereços de Henrique Fogaça, o fluxo também aumentou, apesar de o cozinheiro de voz rouca e de tatuagens até o pescoço ter feito a linha “bad boy” no reality show, gritando com os candidatos. No Sal Gastronomia, seu restaurante contemporâneo instalado na Galeria Vermelho, o público do jantar da quarta cresceu em torno de 40%. “Agora, às 21h40, estamos com uma espera de quarenta minutos”, alertou o maître Antonio de Souza. “Normalmente nessa hora não tínhamos espera”, comparou. Muita gente procurou pelo chef, que, na correria, mal teve tempo para conversa.
Em seu outro negócio, o bar Cão Véio, em Pinheiros, a procura também foi alta. E olha que Fogaça nem sempre aparece ali. “Tá supercheio, com lotação máxima”, contou ontem à noite Marcos Kichi, sócio da casa de pegada roqueira. “Estou com fila de espera de uma hora, no mínimo. Cresceu em mais de 50% a procura do público da casa. A galera chega, pergunta pelo Henrique e permanece mesmo sem ele estar no local”, disse Kichi.
O francês Erick Jacquin, que não poupava os candidatos de comentários sinceros até demais, não tem mais restaurante na cidade desde que seu La Brasserie fechou no fim de 2013. Quem quiser provar de sua comida pode ir ao Tartar&Co, onde é autor do cardápio e costuma dar as caras quase que diariamente. O espectador pode partir também para o La Cocotte. Apesar de não ser o titular dos fogões da casa dos Jardins, o cozinheiro criou o menu do lugar, repleto de clássicos franceses.