Oito programas bacanas para fazer antes de 2015 acabar
A lista inclui lugares que bombaram no ano e atrações que não voltam ao cartaz em janeiro. Prepare-se para fechar 2015 com chave de ouro
Sabe aquele espetáculo, aquela comida ou aquele lugar que todo mundo comentou ao longo de 2015 mas você foi deixando para depois, depois e depois? Pois bem, agora que já estamos na contagem regressiva para o fim de 2015, elaboramos uma lista esperta de coisas que valem a pena ainda ver este ano para se sentir em dia com o roteiro cultural e gastronômico da cidade. Ainda dá tempo de ver peças teatrais de boa qualidade (e que não vão voltar em 2016), de se divertir até altas horas em bares super badalados e/ou recém-inaugurados e ver o pôr do sol em um lugar que anda para lá de disputado.
PASSEIOS
1 – Passar um tempo no Mirante 9 de Julho: depois de permanecer fechado por seis décadas, o espaço foi reformado e reaberto no final de agosto. Desde então, tornou-se um destino concorrido, principalmente nos fins de semana. Aproveite para conhecer ainda o Isso É Café.
BARES
2 – Visitar a badalada Casa do Porco: boas-vindas à porcolândia. O bar-restaurante do chef Jefferson Rueda, aberto em outubro a poucos metros do Bar da Dona Onça, de sua mulher, Janaina Rueda, parece o novo rei das filas do centro. O cardápio é todo de receitas suínas — da cabeça aos pés. No formato de tijolinhos, a barriga bem gorda fica deliciosamente crocante depois de frita e ganha uma camada de goiabada e brotos.
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3 – Visitar o bar temporário BTNK : o bar tem uma localização pra lá de inusitada, pois ocupa um antigo vagão de trem desativado no mesmo complexo do Museu da Imigração, na Mooca. Cervejas long neck Heineken, além de drinques clássicos como o bloody mary, molham a garganta da clientela, que tem ainda disponíveis hambúrgueres da ótima Z Deli Sandwich Shop. Na parte de fora, DJs e uma banda transformam o programa em baladinha.
COMIDINHAS
4 – Correr para o food truck vencedor La Peruana: nascida em Piura, ao norte do Peru, a chef Marisabel Woodman enche a boca para falar da culinária de sua região. Quando decidiu investir no próprio empreendimento (mora em São Paulo desde 2012), pegou carona na onda da comida de rua. Começou a participar de feirinhas gastronômicas com uma barraca na qual servia o seu bem temperado arroz de mariscos com pescados escolhidos na Ceagesp. Em 2014, comprou um caminhão vermelho para incrementar o negócio. Onde ele estaciona há comida boa, atendimento prestativo e preços razoáveis.
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5 – Visitar uma das novas hamburguerias da cidade: Bullguer, Burger Table e Beach Burger:
Bullguer: a combinação de um cardápio minúsculo com atendimento rápido, ótimos hambúrgueres e preços camaradas faz parte da lanchonete na Vila Nova Conceição um sucesso. É o caso deste endereço comandado pelo chef e sócio Thiago Koch e vencedora de melhor Bom e Barato pelo guia Comer & Beber 2015/2016. As opções do menu custam de R$ 16,00 a R$ 22,00.
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Burger Table: O chef Manuel Coelho usou um espaço anexo ao restaurante italiano Sensi para abrir esta hamburgueria no mês de março. Uma lousa instalada logo na entrada do salão anuncia qual é o sanduba do mês. Além dele, o cardápio impresso exibe duas sugestões prontas. O cliente também pode montar sua própria receita a partir de ingredientes listados no meu.
Beach Burger: Conhecida dos paulistanos que frequentam a Riviera de São Lourenço e Juqueí, a casa comandada pelo empresário Norberto Skrzeczanowski aportou na capital no primeiro semestre deste ano. No novo endereço, um imóvel na esquina da Alameda Lorena com a Rua Padre João Manuel, o cardápio vai de salada a pratos assinados pela consultora Ana Soares, da Mesa III. Mas a maioria dos clientes está mesmo interessada nos hambúrgueres.
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6 – Conhecer o quiosque da Nutella no Eataly: é difícil algo que leva o amado creme de avelã ficar ruim. Prova disso são as filas constantes na loja instalada no Eataly, que vende, entre outras delícias, o crepe recheado com o doce. Ele ainda pode receber frutas como morango e banana. Neste Natal, não perca a chance de provar um pedaço de panetone da marca a R$1 8,00.
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TEATRO ADULTO
7- Passar horas dando gargalhadas ou refletindo sobre temas polêmicos e atuais da sociedade
A Reação: assunto polêmico, o uso rotineiro de medicamentos como suposto alívio para as dores da vida chamou a atenção da dramaturga inglesa Lucy Prebble. A comédia romântica, lançada em Londres em 2012, ganha montagem dirigida por Clara Carvalho e, disfarçada de amenidade, se faz valer por tocar em questões profundas. Na trama, dois jovens (interpretados por André Bankoff e Isabella Lemos) participam de uma pesquisa com antidepressivos conduzida por uma dupla de psiquiatras (vividos por Clara e Rubens Caribé). Os médicos têm uma relação antiga e não muito bem resolvida, o que os leva a uma perigosa projeção no casal testado. Isolados no hospital, os voluntários, muito bonitos e atraentes, não tardam a se envolverem sexualmente e uma interessante discussão vem à tona: até que ponto a droga seria o combustível para essa paixão. Até dia 20.
Mistero Buffo: a diretora Neyde Veneziano e os integrantes da Cia. La Mínima assinam a adaptação da comédia de Dario Fo. Domingos Montagner divide a cena com Fernando Sampaio. Ambos desdobram-se em vinte personagens nas quatro histórias inspiradas em passagens da Bíblia que satirizam a espetacularização da fé. Com Fernando Paz. Até dia 20.
TEATRO INFANTIL
8 – Levar as crianças para ver uma ótima peça de teatro infantil
O Maestrino: com uma proposta diferente da que rendeu sucesso à montagem A Rainha Procura, baseada em jogos de improviso, a Cia. do Quintal volta aos palcos com um enredo fantasioso e completamente sem falas. O Maestrino conta a história de um palhaço (Igor Canova) que adormece depois de um dia infeliz. A partir daí, a direção de Cesar Gouvêa conduz a história para uma série de esquetes nos quais três atores mascarados (Beto Souza, Dênis Goyos e Elisa Rossin) se revezam nas mais improváveis situações. Estreou em 4/10/2015. Até dia 20.
Viagem ao Centro da Terra: a jornada escrita pelo francês Júlio Verne (1828-1905) ganha uma boa adaptação infantil, dirigida por Eric Nowinski. Na história, o geólogo Otto Lindenbrok (Bruno Rudolf) e seu sobrinho Axel (Ricardo Rodrigues) decidem chegar ao centro do planeta através de um vulcão na Islândia. A aventura só é possível com a ajuda do guia Hans (André Schulle). O resultado é um espetáculo com ritmo frenético, capaz de manter até os mais agitados com os olhos vidrados no palco. Exibições em vídeo gravadas em tempo real, uma das especialidades do diretor, dão a impressão de que a plateia mergulha junto no vulcão e, numa das cenas mais bonitas, até navega num rio dentro da Terra. Estreou em 12/9/2015. Até dia 20.
A Lenda do Vale da Lua: algumas crianças inventam histórias no palco. Eis o ponto de partida (mais do que manjado, é verdade) de A Lenda do Vale da Lua. Felizmente, a direção de Wilma de Souza consegue conduzir o enredo para além do óbvio e ter boas sacadas. Além de a montagem misturar poesia, música e brincadeiras, sua graça está em compor o cenário aos poucos, com a chegada de elementos no decorrer da peça. Referências nordestinas aparecem no sotaque de parte dos personagens e na trilha sonora, composta por Chico César e Cantada ao vivo. Estreou em 10/10/2015. Até 20/12/2015