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Restaurateur Milton Freitas compra cinco pontos em cinco anos

O primeiro endereço adquirido pelo ex-executivo do ramo das telecomunicações foi a cantina Antonietta Cucina, em Higienópolis

Por Fábio Galib Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 09h48 - Publicado em 16 fev 2018, 06h00
O restaurateur, no Taka Daru: negócio estimado em 1,2 milhão de reais (Leo Martins/Veja SP)
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Em apenas cinco anos, ele adquiriu cinco endereços gastronômicos — três deles nos últimos seis meses. O apetite pelo segmento garantiu a Milton Freitas a fama de comprador de restaurantes. Não é de estranhar, tamanha sua rapidez para negócios. “Em janeiro, ofereceram-me quinze estabelecimentos”, calcula o economista de 48 anos. Egresso do mercado de telecomunicações, o agora restaurateur começou comendo pelas beiradas, como se diz em Minas Gerais, terra de João Tiago de Freitas, pai do empresário e fundador da boate Love Story.

O primeiro passo no ramo foi em 2012, quando Milton adquiriu por 480 000 reais a cantina Antonietta Cucina, em Higienópolis. Ainda assim se manteve na carreira executiva, abandonada um ano antes de arrematar da argentina Ana Massochi, em 2016, o quatro-estrelas COMER & BEBER Jacarandá, em Pinheiros.

Não parou mais. Em setembro, associou-se ao Solo Cozinha & Bar, também em Pinheiros. Na sequência, desembolsou 1,2 milhão de reais pelo izakaya Taka Daru, no mesmo bairro. Em dezembro, comprou o variado Obá, no Jardim Paulista.“Venho de um mercado agressivo”, diz. Com essa visão, fechou o negócio em cinco dias. “Eu pensava em vender o ponto, mas o Milton quis todo o conceito”, conta o ex-dono Hugo Delgado.

“A gastronomia era para quando me aposentasse”, lembra Freitas. O projeto se antecipou quando ele soube que o Antonietta estava à venda. Com experiência em gestão, garante ter feito o faturamento mensal da trattoria saltar de 23 000 reais para mais de 200 000 reais em um ano. Para incrementar a lucratividade, acaba de contratar o chef Bruno Alves, ex-Kod.

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Houve, porém, um recuo no início deste ano. Freitas pôs à venda o Solo. “Não estava funcionando, e, para piorar, o chef e sócio Danilo Gozetto vai morar na Itália”, explica. Para administrar lugares tão diferentes, ele conta com os filhos Ariel e Armani e o parceiro Alessandro Tagliari. Apoio necessário, já que se trata de um grupo com 85 funcionários e capacidade de atender 400 pessoas simultaneamente.

Juntos, todos os endereços recebem uma média de 15 000 clientes por mês, gerando um faturamento de cerca de 1,8 milhão de reais. E as próximas investidas? “Quero focar as recentes aquisições”, despista Freitas.

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