O melhor bartender de 2018 é dono de um dos menores bares de São Paulo
Alexandre D'Agostino, do Apothek, ganha pela primeira vez o prêmio COMER & BEBER
Ele não consegue tirar os olhos dos destilados nem as mãos do mixing glass. Nascido quarenta anos atrás na capital, Alexandre Serignolli D’Agostino — ou, resumindo, Ale — graduou-se em esporte na USP, mas nunca trabalhou na área. Preferiu modalidades como agitação de coqueteleiras e mistura com colheres-bailarina.
Por quase dezoito anos, brilhou no balcão do restaurante Spot da Paulista — tempo de permanência, digamos, gigante para um bartender. “Tinha liberdade para testar muita coisa”, lembra.
No fim de 2016, casado e com filho pequeno, decidiu se afastar da noite e focar sua marca de drinques engarrafados e eventos. “Não queria voltar ao balcão”, confessa. Não deu. Atendeu a pedidos de amigos e clientes e acabou abrindo o Apothek, que funciona também como “sede” de sua empresa, onde serve drinques como gosta, alcoólicos e de jeitão clássico.
Mas faz questão de (ainda) não operar aos sábados e domingos, quando se dedica à família. Também não deixa a barba benfeita, como pediam no antigo emprego. “Meu bar, minhas regras”, brinca.