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Bares dispensam canudos de plástico por alternativas mais ecológicas

Barú Marisqueria, Frank e Subastor são alguns dos estabelecimentos que substituíram o utensílio

Por Fábio Galib Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 10h02 - Publicado em 20 abr 2018, 06h00
SubAstor: o bartender Adriano Rodrigues serve o bloody mary com um tubo feito de macarrão (Clayton Vieira/Veja SP)
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São quase dez minutos de agonia. Em um vídeo gravado há dois anos, mas que voltou a circular com força pela internet, uma tartaruga aparece com um canudo de plástico entalado nas narinas e sofre enquanto pesquisadores utilizam um alicate para removê-lo. De tão perturbadoras, as cenas alçaram o utensílio, aparentemente inocente, ao posto de vilão do meio ambiente. Tanto que países como a Inglaterra anunciaram recentemente planos para bani-lo. Por aqui, um movimento, ainda que tímido, começa a ganhar espaço.

No bar Astor, que acaba de abrir uma unidade no Shopping JK Iguatemi, quem pede o novo drinque é o bicho, de vodca, goiaba, licor de ervas, limão-taiti e xarope de amêndoa, se surpreende quando o que chega no lugar do canudo é, na verdade, um macarrão. No SubAstor, do mesmo grupo, não é de hoje que Fabio la Pietra recorre a essa alternativa, no mínimo curiosa. O item passou a ser utilizado quatro anos atrás em suas receitas, como o bloody mary, numa bem-humorada referência à massa ao sugo. “Servimos a versão de plástico apenas se o cliente faz questão.”

No Frank, Spencer Amereno Jr. oferece tubos feitos de papel desde que reformulou a carta, em setembro. “O papel se decompõe em poucos meses, diferentemente do plástico, que demora até 500 anos.”

O chef colombiano Dagoberto Torres foi mais radical no recém-inaugurado Barú Marisqueria e, ao lado do consultor Alex Camargo, montou a carta apenas com bebidas que dispensam canudo. “Só no meu restaurante, mais de 1 000 unidades deixam de ir para o lixo a cada mês”, calcula. Ainda assim, é um número pequeno.

Nos Estados Unidos, no entanto, calcula-se que aproximadamente 500 milhões de canudinhos sejam descartados todos os dias. O consultor de bares Marco de la Roche pondera: “O canudo tem funções, inclusive estéticas. Falta uma discussão mais profunda do assunto, que aborde outros aspectos, como a reciclagem”.

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Barú Marisqueria. Rua Augusta, 2542 (Villa San Pietro), Jardim Paulista, ☎ 3062-0898.
Frank. Alameda Campinas, 150, Bela Vista, ☎ 3145-8000.
SubAstor. Rua Delfina, 163, Vila Madalena, ☎ 3815-1364.

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