Após 39 anos de carreira como maestro da Orquestra de Câmara da ECA/USP, Gil Jardim, 66, se prepara para uma nova fase de vida. Nos dias 28 e 29 de maio, ele fará duas apresentações do espetáculo Voos de Villa, dedicado à obra de Heitor Villa-Lobos, no palco do Teatro Bravos, em Pinheiros.

“A ideia é seguir com uma pequena turnê pelo Brasil e depois começar um ano com espírito sabático”, planeja.

Para embarcar nesse novo período, o paulista se diz inspirado em uma frase atribuída ao cantor David Bowie: “Envelhecer é um processo extraordinário pelo qual você se torna a pessoa que sempre deveria ter sido.”

Além do espaço para a autorre flexão, ele espera revisitar países da Europa com a esposa, mergulhar na sua “imensa biblioteca” e beber com os amigos — em casa, cerveja e vinho; no bar Balcão, seu favorito em São Paulo, a caipirosca.

Após o descanso, um dos seus principais projetos será um disco póstumo do percussionista Naná Vasconcelos. “Fazendo música clássica, vivi momentos importantes ao lado de artistas como Milton Nascimento, Egberto Gismonti e Naná. Agora quero criar tudo com mais calma e autoria.”

Publicado em VEJA São Paulo de 10 de maio de 2024, edição nº 2892

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