Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

O Infini é um bar que encanta e rende assunto para a noite. Seduz tanto pela localização, nos fundos do La Casserole — atravessam-se as mesas do restaurante para chegar ao lugar —, quanto pela ambientação impactante, concebida pelo Futura Estúdio, com iluminação do Aya Studio — um jogo de espelhos e de LEDs, que mudam de cor e intensidade no decorrer da visita, dá vida àquela caixa escura.

Parece um mundo paralelo moderno escondido no classicão. Aberto em outubro por Leo Henry (também na afinação do restaurante), com a consultoria do empresário Facundo Guerra, o bar costuma lotar. Por isso, uma área de espera é montada numa das bancas de flores em frente ao imóvel, de quinta a sábado.

Embora repleta de atributos, a nova casa precisa de melhoria na acústica. Para ser escutado pelo garçom e pelos acompanhantes de mesa, muitas vezes é preciso ter um preparo vocal e tanto. Ali se bebem, sobretudo, coquetéis.

Muitos são variações de clássicos, como o grapefruit collins (gim, suco da fruta, xarope de açúcar, bitter e club soda; R$ 44,00), que ganharia mais se tivesse bolhas de ar mais evidentes. Se sai melhor o atmostphere (R$ 37,00), com cachaça envelhecida, xarope de pólen, suco de limão-siciliano, extrato de galanga (conhecida como gengibre tailandês) e bitter de limão-cravo.

Petisquinhos para comer com as mãos são a proposta da chef Daniela França Pinto, também sócia do local. Os cromesquis ao brie (R$ 28,00, seis unidades), bolinhos de queijo brie cremosos ao lado de geleia de damasco, têm de tudo para virar hit.

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Mais conhecidas na versão doce, as carolinas são recheadas de musse de fígado de galinha e enfeitadas com redução de melaço de cana e cachaça (R$ 32,00 o trio). Matam a fome de leve.

Infini
Largo do Arouche, 346, centro. Não tem telefone.
Das 19h até 0h (quinta até 1h; sexta e sábado até 2h; fecha domingo a terça). Tem acessibilidade.
Instagram: @infini.bar.

Avaliação: BOM (✪✪✪)

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