O que será do Guilhotina, um dos principais bares de SP, sem Márcio Silva?
Sociedade do premiado estabelecimento foi desfeita; leia a análise sobre o caso
Relacionamentos terminam. E assim foi com a aliança entre o bartender Márcio Silva e seus sócios no premiado Guilhotina, em Pinheiros, fechado temporariamente desde março por causa da pandemia de Covid-19. Na terça (23), o profissional vendeu a sua parte na sociedade do bar que ajudou a fundar em 2016 com os antigos parceiros, Marcello Nazareth e Rafael Berçot.
Os atritos com a dupla, relacionados aos rumos da empresa, começaram a se acentuar no ano passado e acabaram afetando também o lado pessoal.
Premiado duas vezes pelo guia VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER como bartender do ano, em 2017 e 2019, Márcio era o autor dos drinques da casa (ainda que uma prometida carta nova nunca tenha sido lançada em 2019).
O ex-sócio deixa uma equipe bem treinada, que domina a técnica e manda bem — o desafio será a criação de coquetéis com o alto nível do mentor, que, mesmo nas misturas mais simples e de alta saída, conseguia incluir alguma sacada de mestre.
“Vamos fazer uma transição que envolve enaltecer nosso pessoal”, promete Marcello Nazareth. “Enquanto não reabrimos, nossa intenção é levar o Guilhotina à casa dos clientes em breve.”
Outro ponto sobre o qual a dupla de empresários vai precisar refletir é se quer ainda manter o bar com visibilidade mundial. Com pelo menos dezesseis países visitados só no ano passado, Márcio era um grande divulgador do Guilhotina e também da coquetelaria nacional pelo mundo, colocando a marca em rankings globais.
Questionado se a imagem do bartender ficou maior que a do bar, Márcio responde: “Márcio Silva existia antes do Guilhotina. Enquanto puderam caminhar juntos, foi ótimo”.
+ Assine a Vejinha a partir de 6,90 mensais
Quer mais dicas? Siga minhas novidades no Instagram @sauloy.