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Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas no YouTube. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Memória: há quase 50 anos no mesmo ponto, Sushiguen foi demolido

O restaurante fundado pelo chef japonês Mitsuaki Shimizu (1946-2017) deve entrar em reforma e tem previsão de ficar pronto no início de 2022

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Atualizado em 20 jan 2022, 14h04 - Publicado em 8 out 2021, 06h00
Ambiente do restaurante Sushiguen sendo demolido
Ponto demolido: primeira obra em quase 50 anos (Julio Shimizu/Divulgação)
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Quem passou recentemente pela galeria comercial no térreo do Edifício Barão de Ouro Branco, de frente para a Avenida Paulista, levou um susto. O ponto ocupado há quase cinco décadas pelo tradicional restaurante japonês Sushiguen foi completamente demolido.

Há algum tempo com problemas de hidráulica, o imóvel era alvo de frequentes queixas dos condôminos do prédio. Foi assim que os atuais proprietários decidiram por abaixo as instalações distribuídas em dois pavimentos para promover uma renovação completa.

“O Sushiguen, aberto em 1974, nunca passou por uma reforma, só por ajustes de problemas pontuais”, conta Julio Shimizu, sobrinho do fundador, o sushiman Mitsuaki Shimizu (1946-2017), que fez história na cidade com seu famoso tirashizushi, um sushi numa caixa de laca com pescados por cima do arroz, até hoje o prato mais pedido do cardápio.

“Pusemos tudo abaixo para começar do zero, com um salão vazio”, explica o cozinheiro e empresário que tem como sócios dois dos três filhos de Mitsuaki, Hideto e Takeshi, também sushimen — a outra filha, Karen, fabrica a cerveja Shimizu.

Sushiguen
A equipe: Julio Shimizu, dois ex-funcionários (André Ide e Hiroshi Ota) e o fundador, Mitsuaki Shimizu (Sushiguen/Divulgação)
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A mudança radical tem a intenção de deixar o espaço mais confortável para os clientes, se tudo der certo, a partir de janeiro de 2022. A cozinha, por exemplo, vai para o pavimento superior, onde haverá também uma sala privativa.

O número de lugares tem previsão de ser reduzido dos antigos 86 para 75 assentos. Só se conservará o balcão original, que será apenas repaginado, assim como detalhes da decoração.

“O investimento será de mais de meio milhão de reais. A marcenaria em estilo japonês é muito cara”, diz Julio. Enquanto o novo Sushiguen não fica pronto, os pratos podem ser saboreados no Washoi, restaurante mais simples na mesma galeria, que também pertence a Julio Shimizu. Além disso, a clientela pode matar a saudade dos sushis, hoje preparados por Takeshi Shimizu, via delivery.

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