Ponto final para o Aldina
A princípio, seria apenas uma reforma rápida. O italiano Aldina, na Vila Madalena, perderia as lanternas penduradas no teto, que lhe conferiam um visual único – havia quem amasse e quem detestasse a decoração um tiquinho opressiva. Desde o início de outubro, mantive várias conversas com o sócio Júlio De Ranieri sobre essa mudança de […]
A princípio, seria apenas uma reforma rápida. O italiano Aldina, na Vila Madalena, perderia as lanternas penduradas no teto, que lhe conferiam um visual único – havia quem amasse e quem detestasse a decoração um tiquinho opressiva.
Desde o início de outubro, mantive várias conversas com o sócio Júlio De Ranieri sobre essa mudança de visual. Embora estivesse programada, era constantemente adiada.
Só agora pude ler agora uma mensagem enviada ontem por Ranieri, porque estou longe de São Paulo e em um fuso horário bem diferente. A situação do ristorantino mudou dramaticamente. Ranieri contou que ele e os demais proprietários decidiram por um ponto final no negócio. Depois do almoço deste sábado, o Aldina fechou as portas definitivamente.
“É um momento chato, mas, infelizmente, não tivemos outra alternativa. As vezes é melhor dar um passo para trás do que levar um tombo para frente”, lamentou Ranieri.
Embora tivesse tido um começo um tanto irregular, o Aldina mostrou-se uma trattoria de futuro, em especial pela notável evolução de seu ex-chef, Henrique Schoendorfer, que havia dado baixa do restaurante dois meses atrás. Além disso, a casa apresentava um cardápio com preços muito razoáveis, coisa cada vez mais rara em São Paulo.
É mais um daqueles restaurantes promissores que desaparecem e a gente se pergunta o motivo.