Aldina: notável evolução
Titubeante no início, restaurante agora se esmera nas receitas italianas de trattoria
Formado em engenharia, Júlio De Ranieri sempre quis se dedicar profissionalmente à culinária. A oportunidade surgiu quando ele se associou ao irmão Cesar De Ranieri, um dos donos dos bares Kia Ora e All Black, e ao cunhado Domenico Nardi para montar um restaurante. Aberto em março, o Aldina apresenta sugestões de trattoria feitas com certo esmero por Júlio, agora aluno de gastronomia do Senac, e pelo titular dos fogões, o chef Henrique Schoendorfer, de 24 anos.
Fizemos duas visitas à casa, cujo salão peca pelo excesso de luminárias pendendo do teto. Na primeira delas, em maio, os resultados estavam irregulares. A pescada-amarela escoltada por tomate, azeitona preta, alcaparra, cogumelo, manjericão e purê de batata (R$ 35,00) revelou-se rica em aromas. Por outro lado, a bisteca fiorentina em peça de 600 gramas (R$ 49,00) veio meio fria e quase insossa na companhia de salada. Outro tropeço, o pappardelle fresco ao ragu de ossobuco (R$ 25,00) chegou grudado. Na segunda visita, em 26 de agosto, essa massa foi servida al dente, soltinha e valorizada pelo molho saboroso. Também demonstrou equilíbrio o lombo de cordeiro ao molho de vinho marsala guarnecido de polenta de trigo-sarraceno (R$ 35,00).
Na sobremesa, um acerto é o tiramisu (R$ 10,00). Duas opções da pequena carta de vinhos: o italiano Sangiovese Cancelli 2008 (R$ 78,00) e o argentino Angelica Zapata Cabernet Sauvignon 2005 (R$ 105,00).
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