O D.O.M., de Alex Atala, cai de 4º para 6º lugar no ranking da revista inglesa Restaurant
Apesar do clima de Copa do Mundo na cozinha, não será desta vez que o Brasil verá um restaurante nacional considerado o número 1 do mundo na eleição da revista britânica Restaurant. Embora nos últimos dias tudo conspirasse a favor do D.O.M., de Alex Atala, a vitória não se confirmou. Até mesmo uma capa recente […]
Apesar do clima de Copa do Mundo na cozinha, não será desta vez que o Brasil verá um restaurante nacional considerado o número 1 do mundo na eleição da revista britânica Restaurant. Embora nos últimos dias tudo conspirasse a favor do D.O.M., de Alex Atala, a vitória não se confirmou. Até mesmo uma capa recente da revista Time, que aponta Atala como uma das 100 mais influentes personalidades do mundo, indicava a possibilidade de ascensão ao topo. Na frente de todos, porém, aparece o restaurante espanhol El Celler de Can Roca, seguido do dinamarquês Noma e do italiano Osteria Francescana.
A pergunta que não quer calar é por que o D.O.M. caiu de quarto para sexto lugar? Essa não é uma resposta simples. O corpo de jurados, do qual faço parte, é complexo. Reúne chefs, donos de restaurantes, gourmets e jornalistas especializados em gastronomia. Há uma série de regras a serem cumpridas pelos jurados, como não votar no próprio estabelecimento quando se trata de proprietário ou cozinheiro. Ou ter visitado o lugar escolhido nos últimos dezoito meses.
Além de ser brilhante no fogão, o chef deve ser bom de marketing, circular bastante e ter uma assessoria internacional, aliás, como possui o próprio Atala. Esse resultado aponta que os colegas e concorrentes de Atala foram bastante hábeis.
Bravos foram os irmãos espanhóis Joan, Josep e Jordi Roca que conseguiram levar seu El Celler de Can Roca, na Catalunha, ao posto de campeão do mundo. Também não é ruim um sexto lugar para Atala. Quem sabe no ano que vem…
Das boas notícias, há outro restaurante paulistano que aparece na lista dos 50 melhores – em inglês The World’s 50 Best. É o Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo. Do 51º lugar subiu para 46º. Como se vê, ainda há motivos para comemorar a colocação brasileira nesse ranking internacional, que traz ainda Roberta Sudbrack, no Rio de Janeiro, em 80º lugar.