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Por Arnaldo Lorençato
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Empório Fasano terá 1 .000 metros quadrados e 4.000 itens nas gôndolas

Conheça a mercearia de luxo do grupo, idealizada por Gero Fasano e que teve investimento estimado em 15 milhões de reais

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 jul 2022, 00h05 - Publicado em 8 jul 2022, 06h00

O restaurateur Gero Fasano, 60, que viveu fases difíceis e precisou fazer um transplante de fígado em outubro de 2020 e repetir a delicada cirurgia no ano seguinte, tem muito o que comemorar em 2022. Como ele mesmo gosta de definir, “o Grupo Fasano está em seu momento mais shining (radiante, em português)”.

Em sociedade com a construtora JHSF, ele estampa hoje o nome de sua família em 27 restaurantes e nove hotéis, dois deles fora do Brasil, um em Punta del Este e outro em Nova York. Na capital americana da gastronomia, levou sua bandeira em fevereiro com a abertura de um restaurante da grife no número 280 da Park Avenue. “Fazemos a nossa cozinha com os melhores produtos do mundo”, diz.

gôndolas do empório
Nas prateleiras e gôndolas refrigeradas: itens como massas, frutas e azeites (Lígia Skowronski/Veja SP)

Agora, ele ingressa em outro terreno, o do varejo, com o Empório Fasano, com inauguração marcada para as 10 horas da quinta (14). Localizado no número 2245 da Rua Bela Cintra, o Empório Fasano era um sonho antigo de Gero Fasano. “Cheguei a idealizar uma versão quando ainda era sócio do João Paulo Diniz e com quem construí o Hotel Fasano São Paulo (em 2003). Íamos transformar uma loja do Pão de Açúcar (rede de supermercados que à época pertencia à família Diniz). Mas não foi adiante”, lembra o empresário.

A mercearia de luxo que está pronta para a inauguração foi concebida em parceria com Wilmar Rodriguez, o especialista em varejo da JHSF. Para levar a empreitada adiante também foi montada a cozinha central no Cambuci, que atende parte dos restaurantes do grupo. “O total do investimento entre loja e cozinha central foi de 15 milhões de reais”, contabiliza Fasano na montagem do negócio acalentando há tanto tempo.

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vitrine com doces do empório
Doceria; produtos fabricados na cozinha central (Lígia Skowronski/Veja SP)

Duas casas servem de inspiração para a mercearia de luxo do Jardins, a rede Dean & DeLuca, de Nova York, e o Peck, com sede em Milão. “Não queremos ter todos os produtos, mas fazer uma curadoria dos melhores”, garante Fasano.

O novo empreendimento, que VEJA SÃO PAULO visitou em primeira mão, distribui-se por um prédio de 1 000 metros quadrados com três pavimentos e três elevadores para facilitar o sobe e desce da clientela. “Vamos oferecer 4 000 itens em nossas gôndolas. Mais de 500 produtos são exclusivos da marca, sessenta deles importados da Itália, além de vinte frios e queijos. Há também uma seleção com 300 pequenos produtores nacionais”, detalha Vanessa Sandrini, diretora do projeto varejo, auxiliada pelo gerente comercial Gaston Hamaoui.

No térreo, estarão dispostos os gêneros do dia a dia. É ali que ficam a rotisseria e a padaria, onde serão encontrados massas frescas, molhos, carnes, acompanhamentos, antepastos (essas receitas são do chef Luca Gozzani, do Fasano), pães e doces fabricados na cozinha central. Será possível preparar em casa ravióli de abóbora e de muçarela e fettuccines de espinafre e nero di seppia. No mesmo espaço estarão o hortifrúti de orgânicos e cortes de carnes. “Temos uma pessoa que faz a seleção de frutas e hortaliças”, conta Vanessa.

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O primeiro piso é diversão garantida para fãs de vinho. Na adega, concentram-se 1 000 rótulos provenientes de 31 importadoras. “Nosso foco maior está em Itália e França”, explica o curador Danio Braga, que fez a seleção de cinquenta etiquetas de importação própria direto com os vinicultores. Os exemplares não se limitam a esses dois países e chegam também de lugares como África do Sul, Alemanha, Argentina, Espanha, Eslováquia, Grécia, Hungria, Portugal e Nova Zelândia. Os clientes poderão provar de algumas garrafas colocadas em máquinas Enomatic.

gôndolas do empório
Empório: área de 1 000 metros quadrados (Lígia Skowronski/Veja SP)

Na vitrine de queijos e frios ao fundo, há opções que devem fazer brilhar os olhos dos gourmets endinheirados, como o presunto cru italiano San Daniele com 36 meses de cura. Junto está o chamado Mozzarella Lab, minifábrica com capacidade de preparar 50 quilos de muçarela diariamente. É também ali que serão encontrados massas secas e azeites italianos. “Posso garantir: nunca vou vender azeite trufado”, assegura Fasano.

No último pavimento, as estantes exibirão os itens Fasano Home como fronhas, lençóis, xales e até pequenos móveis encontrados nos hotéis do grupo. Esse piso abriga ainda um café cujos grãos, escolhidos pela especialista Eliana Relvas sob a supervisão de Braga, são torrados lá mesmo à vista dos clientes. Para saborear um expresso há um terraço na área externa com trinta lugares. Espaço muito agradável, será usado também para pequenos eventos.

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HISTÓRIA EM LIVRO

foto em p&b de Gero Fasano
Gero na década de 1990: sede do antigo Fasano na Rua Haddock Lobo (Rômulo Fialdini/Divulgação)

Gero Fasano, que nasceu Rogério Marco Fasano e mudou de nome para Gero após o primeiro transplante de fígado, escreveu em parceria com o jornalista Luciano Ribeiro Fasano Dal 1902 (DBA, 160 págs., R$ 250,00), que pode ser traduzido como “Fasano desde 1902”.

No livro, lançado em 25 de maio, o empresário conta parte da história de sua família desde o início do século XX em São Paulo e também seu ingresso na gastronomia, em 1981.

Primeiro ele viveu um fracasso com o Le Jardin Gastronomique, endereço francês no Shopping Eldorado. O momento definido no livro como de “epifania” foi quando ele decidiu fazer apenas a comida que saboreava na casa da avó Ida Fasano. Ou seja, pratos italianos. Tinha início aí a mais reluzente grife de gastronomia italiana clássica do país.

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capa do livro
(Divulgação/Divulgação)

Publicado em VEJA São Paulo de 13 de julho de 2022, edição nº 2797

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