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Russomanno diz que pessoas aglomeradas nas periferias não contraem Covid

Dados da prefeitura, no entanto, apontam que risco de morrer pela doença é até 10 vezes maior em bairros com piores condições sociais

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 17h20 - Publicado em 15 out 2020, 12h13
 (Reprodução/SBT/Veja SP)
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Em entrevista concedida ao SBT nesta quarta-feira (14), o candidato à prefeitura Celso Russomanno, do partido Republicanos, questionou o porquê de pessoas aglomeradas em pequenas moradias não contraírem a Covid-19. 

“A ciência precisa estudar muito ainda a Covid para entender por que onde existe aglomeração, onde as pessoas na periferia, por exemplo, estão aglomeradas em pequenas moradias com cinco, seis, dez pessoas, e não contraem a doença. Por que que os moradores de rua têm casos pontuais? E se alardeava que quando a Covid chegasse no Brasil, ela atacaria de pronto a Cracolândia e os moradores de rua. E isso não aconteceu”, disse o candidato na ocasião. 

No entanto, diferentemente da fala do candidato, a maioria de casos de Covid-19 se concentram em regiões com favelas, cortiços e conjuntos ou núcleos habitacionais. De acordo com dados da prefeitura de São Paulo, o risco de morrer pela doença é até 10 vezes maior em bairros com as piores condições sociais.

A declaração ocorre um dia depois de Russomanno afirmar que moradores de ruas são “mais resistentes do que a gente” à doença, “porque convivem o tempo todo nas ruas, não têm como tomar banho”.

Polêmica sobre moradores de rua

Russomanno afirmou que sua frase em relação aos moradores de rua terem maior resistência à Covid-19 foi tirada de contexto. “Foi tirado de toda a minha conversa uma parte dela para fazer sensacionalismo”.

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“Eu disse que eles tinham dificuldade de tomar banho, eles não tinham estrutura nenhuma. Eles são 27 mil pessoas abandonadas no Centro da cidade sem o cuidado do poder público. O poder público não é presente”, explica o candidato. 

Ainda na entrevista ao SBT, ele rejeitou ter sido preconceituoso com sua fala. “Preconceituoso foi a forma com que os jornalistas tocaram no assunto, querendo desprezar aqueles que são famílias, que estão sem opção de vida nenhuma e que o poder público não está presente”.   

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