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Governo Bolsonaro pediu propina em doses de vacina, diz jornal

Representante de vendedora de vacinas relata que caso ocorreu em negociação de doses da AstraZeneca

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 jun 2021, 20h56 - Publicado em 29 jun 2021, 20h50

O jornal Folha de S.Paulo publicou uma reportagem na noite desta terça-feira (29) em que um representante de uma vendedora de vacinas contra a Covid-19 afirma que recebeu pedido de propina ao oferecer doses para o Ministério da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

De acordo com o jornal, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply, afirma que teve uma reunião com o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, em um shopping de Brasília, no dia 25 de fevereiro. O jornal tentou contato com Roberto e não obteve sucesso.

Luiz relata que sua empresa procurou o Ministério para negociar 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. “Eu falei que nós tínhamos a vacina, que a empresa era uma empresa forte. E aí ele [Roberto Dias] falou: ‘Olha, para trabalhar dentro do ministério, tem que compor o grupo'”, afirma Luiz para o jornal.

Para compor o tal ‘grupo’, disse o representante da Davati Supply, o representante do Ministério da Saúde teria afirmado que seria preciso “acrescentar 1 dólar” por dose da vacina, para propina. “Não estava só eu, estavam ele [Dias] e mais dois. Era um militar do Exército e um empresário de Brasília”, diz Luiz.

“Se pegar a telemetria do meu celular, as câmeras do shopping, do restaurante, qualquer coia, vai ver que eu estava lá com ele e era ele [Roberto Dias] mesmo”, afirma Luiz. Ele afirma que recusou o pedido de propina. Depois do caso, ele teria tido contato outras vezes com o representante do Ministério da Saúde, mas o acordo não avançou.

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COVAXIN

O Ministério da Saúde divulgou na tarde desta terça-feira (29) que decidiu suspender temporariamente o contrato para a aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, imunizante da farmacêutica indiana Bharat Biotech. O acerto é alvo de apuração na Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Covid-19, no Senado Federal e por parte do Ministério Público Federal.

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