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Especial Pinheiros: conheça as curiosidades e as atrações da região

A região possui estabelecimentos para dos mais variados estilos e gostos; confira

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Guilherme Queiroz
Atualizado em 30 jul 2019, 18h14 - Publicado em 21 jun 2019, 06h00

Ruas Musicais

Samba, rock, forró ou jazz… Em casas acanhadas ou em palcos espaçosos, o bairro oferece um cardápio sonoro variado, basta escolher o estilo preferido.

Casa Natura: o espaço recebe shows variados, como Elba Ramalho (Ana Catarina Duarte/Divulgação)

Palco da música nacional

Em dois anos de funcionamento, a Casa Natura Musical recebeu cerca de 100 000 pessoas em mais de 230 shows. Artistas brasileiros consagrados, como Lenine, Tom Zé, Gal Costa, Elba Ramalho e Erasmo Carlos, são o foco principal do espaço, que tem capacidade para 710 pessoas. A casa ainda abre as portas para a nova geração: fizeram festas por lá Àttooxxá, Afrocidade, Tássia Reis, Baco Exu do Blues e Johnny Hooker. Para o próximo mês estão agendadas apresentações de Toquinho, Letrux e Maria Rita.

Carioca Clube: sentados ou de pé, o espaço é palco para shows de diferentes estilos (WESLEY ANDRADE/Divulgação)

Microfone eclético

Aos 24 anos, o Carioca Club ferve com bandas brasileiras e internacionais de rock e metal — de Fresno a Cannibal Corpse, grupo americano de death metal —, dança ao som do funk, pagode e rap de Thiaguinho, Péricles, Jorge Aragão e Projota, e passa pela MPB, com Ana Cañas e As Bahias e a Cozinha Mineira. A casa também caiu no gosto da turma do Carnaval: às terças, recebe os ensaios do bloco Bangalafumenga. E, às quintas, promove festas de zouk.

Casa dos artistas

Inicialmente restaurante, o Bona instalou um palco em seu salão principal, com programação a cargo da cantora Manuela Fagundes. Joias da MPB como Maria Gadú, Ná Ozzetti e Luiz Tatit ocupam os microfones, e outros nomes dão as caras na plateia. O pianista César Camargo Mariano, por exemplo, já tocou ali com o filho, Marcelo Mariano, que fazia temporada por lá. Em agosto, o encontro é de Duda Brack com Chico Chico, filho de Cássia Eller. Os ingressos não costumam passar de 40 reais.

O estilo musical também é palco para um restaurante no andar de cima: Jazz nos Fundos (JOSE DE HOLANDA/Divulgação)

Momento para o jazz

Durante dez anos, o projeto Jazz nos Fundos organizava-se em eventos nos fundos de um estacionamento. Desde 2016 conseguiu espaço fixo atrás de uma portinha na Rua Cardeal Arcoverde, onde está o Centro Cultural de Música Instrumental. Quem passa por ela encontra um sobrado espaçoso de dois andares. Na parte de cima, fica o restaurante La Barceloneta. No térreo, de terça a sábado, ocorrem shows de jazz com nomes já consagrados da cena nacional e internacional, do naipe de Hamilton de Holanda, Azymuth, Camille Bertault e Toninho Horta.

Com rodas de samba e pagode, o Traço de União se mantém animado (Divulgação/Divulgação)

Samba no pé

Há quinze anos, o clima de Carnaval embala o Traço de União, independentemente da época do ano. As folias começam às quintas, quando a turma do bloco de rua Não Serve Mestre faz os seus ensaios. Nas noites de sexta, grupos de samba e artistas convidados divertem a plateia com samba no pé. Aos sábados, a festa começa mais cedo, com uma feijoada e música ao vivo. Nos intervalos, um DJ comanda o pickup com black music. A semana se encerra na domingueira.

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Discotecagens descoladas

As festas no City Lights Hostel empolgaram os sócios, que decidiram fincar o pé na noite. Graças ao gosto pela música e pela cultura jamaicana, eles batizaram o espaço em homenagem à capital do país: Kingston Club. Às terças, a casa abre como bar. A partir das quartas, dá para estender a happy hour para a pista. A plateia descolada costuma dançar ao som de hip-hop, jazz, soul- funk, dub e reggae. KL Jay, Tahira e Nuts são alguns dos DJs que assumiram os pickups. Rua Álvaro Anes, 97, ☎ 2364-4231.

High Line Bar: espaço para discotecagem com rooftop (JOHNNIE MELLO/Divulgação)

Pista eletrônica quente

O grafite com uma representação dos Beatles assinado por Eduardo Kobra chama atenção no High Line. Quem chega cedo pode aproveitar o rooftop, enquanto beberica drinques e prova comidinhas. Às sextas e aos sábados, a pistinha no térreo abre as portas a partir da meia-noite e recebe uma turma bem-vestida a fim de paquera e das batidas eletrônicas do house. Aos sábados, os DJs começam a folia ainda no andar de cima, a partir das 16h. Não é raro ter domingueiras à tarde.

Dezenove anos no mesmo endereço: Canto da Ema (ALESSANDRA GERZOSCHKOWITZ/Divulgação)

Forró tradicional

Quem passeia pelo Largo da Batata pode notar a presença dos bailes de forró. O Canto da Ema, instalado na área há dezenove anos, é um dos espaços que conseguem reunir os mais variados públicos. De decoração simples, ganha pela programação artística: costumam surgir no palco Elba Ramalho, Falamansa, Chico César, Xaxado Novo, entre outros queridinhos do gênero.

Ponto clássico

Ao longo das décadas de 80 e 90, o Aeroanta consolidou-se como um lendário reduto do rock em Pinheiros. Depois de ficar fechado por vários anos, o antigo espaço foi recuperado a partir de 2015 pelo empresário Facundo Guerra. Desde o ano passado o endereço, agora batizado de Z – Largo da Batata, vem passando por uma repaginada em sua programação musical, com a chegada de Fabrício Nobre, fundador do Festival Bananada, de Goiás. A agenda é ligada na cena alternativa contemporânea nacional, sem fechar as portas para artistas consagrados como DJ Marky, Os Mulheres Negras e Pin ups. A trilha é ampla, de hip-hop, trap, indie rock a música eletrônica. Das festas, têm prioridade as de música brasileira. Algumas desse segmento que passaram por lá são Primavera, Te Amo e Pardieiro. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 724, ☎ 2936-0934.

Mil e uma utilidades

Café, centro cultural, loja e restaurante em um único imóvel: confira alguns dos endereços multiúso que se espalharam recentemente pela região

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Cartel 011: ideal pra quem gosta de comidas de barraquinhas (ANDRÉ LIGEIRO/Divulgação)

Badalação vespertina

Inaugurado em 2009, o Cartel 011 tem um restaurante de cardápio inspirado nos clássicos das barraquinhas de rua. Mas, além disso, no local funcionam uma loja de roupas, um recinto para exposições e um bar. Para quem não perde uma noite de sono, o espaço realiza festas na parte da tarde. No próximo mês, a novidade será o Respira, projeto que deve oferecer aulas de ioga e meditação.

Casa Planta: conta com biblioteca, café, livraria e exposições de arte (Divulgação/Divulgação)

Novas páginas

Palco de disputados encontros do mundo editorial independente, a Casa Plana conta com biblioteca, café, livraria e exposições de arte. Nesses ambientes, oferece cursos e atividades sobre assuntos variados, como cinema, editoração e design. Após iniciar a sua operação, em 2016, com a realização de um financiamento coletivo, o estabelecimento passou por dois imóveis na região do centro antes de mudar-se para o atual endereço, em Pinheiros. Rua Fradique Coutinho, 1139.

Lar Mar: loja, bar, restaurante e o aterliê de um shaper (Divulgação/Divulgação)

Ondas paulistanas

Com bar, loja de surfwear, restaurante e o ateliê de um shaper, que modela pranchas durante a semana, o Lar Mar é um reduto praiano. O local, inaugurado em 2017, é a materialização de eventos culturais que eram realizados no litoral paulista e deram origem ao espaço de mesmo nome. A casa, fundada por Felipe Árias, conta com uma área para literalmente colocar o pé na praia: são 17 toneladas de areia para curtir o clima descontraído na companhia de drinques tropicais e culinárias peruana e italiana. Rua João Moura, 613.

Restaurante vegano com culinária baiana e um empório: Espaço Eco- Cultural Casa
Jaya (Divulgação/Divulgação)

A vez dos veganos

A antiga residência do ator Laerte Morrone, que morreu em 2005, transformou-se dois anos depois no Espaço Eco- Cultural Casa Jaya. O local, de mais de 600 metros quadrados, recebe cerca de 250 pessoas por semana e comporta um restaurante vegano com culinária baiana e um empório com produtos orgânicos. Oferece cursos diversos e, entre aulas de capoeira e encontros de mindfulness, promove grupos de estudos e eventos, como a festa junina que ocorre no próximo sábado (29).

Bonde na Rua Fradique Coutinho, na Vila Madalena. (ACERVO JULIO ABE/Divulgação)

Antes de o bonde chegar

Confira um pouco da história e curiosidades da região da Zona Oeste de São Paulo

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De índios e bandeirantes

A região onde hoje está Pinheiros começou a ser povoada por volta de 1560, quando indígenas construíram uma aldeia no atual Largo da Batata. Próxima ao Rio Pinheiros, a área servia como porta para a entrada e saída de bandeirantes na vila. O desenvolvimento urbano começou em meados de 1750, após a construção da Igreja Nossa Senhora de Monte Serrat. E depois se intensificou no início do século XX, com a chegada de bondes e do Mercado Municipal de Pinheiros.

500 réis era a multa aplicada em 1584 pela Câmara a quem cortasse uma árvore do chamado Bosque dos Pinheiros. Segundo relatos, a mata, que ficava na região da Rua Paes Leme, era conhecida por abrigar araucárias. O documento que cita a presença da vegetação é usado por historiadores como argumento para explicar a denominação do bairro. Outra hipótese seria a pronúncia errada do nome indígena do Rio Pinheiros, Pi-iêrê, que significa “derramado”, em alusão às cheias do local.

Joaquim Arcoverde Albuquerque Cavalcanti, 1º cardeal do Brasil e da América Latina (ACERVO JULIO ABE/Divulgação)

Quem foi o cardeal Arcoverde?

Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti nasceu em Pesqueira, Pernambuco, em 1850. O homenageado da Rua Cardeal Arcoverde, uma das principais de Pinheiros, entrou cedo para a vida religiosa. Aos 13 anos, ingressou em um seminário na Paraíba. Estudou filosofia e teologia em Roma e virou padre aos 24 anos. Ganhou destaque ao ser nomeado bispo auxiliar de São Paulo em 1894. Ficou famoso por ter sido o primeiro cardeal latino-americano, elevado, em 1905, à função de cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, posto que ocupou até sua morte, em 1930.

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 26 de junho de 2019, edição nº 2640.

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