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Dois anos depois, assassino do ator Rafael Miguel continua foragido

Paulo Cupertino é o criminoso mais procurado da Polícia em São Paulo e integra lista da Interpol; Isabela, ex de Rafael, relata ataques na web até hoje

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 jun 2021, 18h57 - Publicado em 9 jun 2021, 18h55

Nesta quarta-feira (9), completam-se dois anos desde o assassinato do ator Rafael Miguel, 22, e seus pais João Alcisio Miguel, 52, e Miriam Selma Miguel, 50, em 2019. O crime foi cometido por Paulo Cupertino, pai de Isabela Tibcheran, namorada do rapaz, que não aceitava o relacionamento dos dois. Ainda com o criminoso foragido, as autoridades policiais nacionais e internacionais continuam as buscas. Isabela, que tenta seguir a vida desde então, relata que ainda sofre ataques nas redes sociais por conta do episódio.

Cupertino, que atualmente tem 50 anos, aparece na primeira página de foragidos no site da polícia civil de SP e está incluído na Difusão Vermelha da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).

Ele é acusado de triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. O processo está em segredo de Justiça, mas a primeira audiência de instrução do caso está marcada para o dia 30 de agosto na 1ª Vara do Júri no Fórum da Barra Funda, zona oeste da capital. Além do empresário, dois amigos dele são réus no mesmo caso por terem ajudado o assassino a fugir. 

Esses amigos são Eduardo Jose Machado e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora que, segundo as investigações do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de SP, compõem dois dos quatro amigos de Cupertino que o ajudaram a se esconder e sair do país. Esses dois respondem em liberdade pelo crime de favorecimento pessoal.

Nesses dois anos, as autoridades receberam 89 denúncias de possíveis esconderijos de Cupertino. 74 distribuídas no estado de São Paulo e as outras 15 em demais estados, como MG, ES, RJ, MS, MT, PR, MA e até em outros países, como Argentina e Paraguai. Entretanto, o suspeito nunca foi encontrado. Em 2020, ele fez um RG com uma identidade nova em Jataizinho, no Paraná. A partir desse episódio, sabe-se que Cupertino usa outro nome e mudou o visual para dificultar a identificação. No fim do mesmo ano, a Polícia Civil de São Paulo realizou operação em uma fazenda em Liberación, no Paraguai, seguindo uma pista, mas sem sucesso.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirma que as buscas continuam: “o caso segue em investigação pelo DHPP e pelo CERCO da 6ª Seccional. A equipe do Departamento de Homicídios esteve em diligências na cidade de Liberación, no Paraguai, todavia o indiciado não foi localizado. As buscas pelo mesmo permanecem a cargo da Polícia Federal e da Divisão de Capturas do DOPE”.

Em entrevista ao UOL, Isabela, de 20 anos, lamenta o fato por sentir que com o pai foragido, ela não consiga seguir em frente sua vida. Algo que a impossibilita disso é justamente os ataques nas redes sociais, que ela afirma receber até hoje, de pessoas que a culpam pela morte de Rafael Miguel e os pais dele.

“Tenho de ler coisas do tipo, ‘enquanto você está aí vivendo, o Rafael e os pais dele estão mortos, por culpa sua’, ‘como você consegue ficar aí postando foto nas redes sociais depois de tudo que seu pai fez?’, ‘você provavelmente sabia e ainda deve ter ajudado’. Isso é muito triste”, conta.

Apesar de ser assessorada por uma equipe jurídica para acionar caso se sinta ameaçada, Isabela ainda não tomou medidas legais contra “haters”.

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As denúncias sobre os lugares onde o assassino possa ter se escondido são feitas ao Disque Denúncia pelo número de telefone 181 e na internet, no Web Denúncia. Não é preciso se identificar.

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