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Servidor que atendeu Paulo Cupertino lamenta: “Caí no conto do vigário”

"Queria ter feito o contrário, ter desconfiado", disse funcionário que esteve frente a frente com acusado de assassinar o ator Rafael Miguel e os pais dele

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 out 2020, 14h30 - Publicado em 27 out 2020, 14h20
à esquerda, paulo copertino, à direita, o ator Rafael Miguel, assassinado por copertino
Paulo Cupertino foi incluído na lista dos mais procurados pelo assassinato de Rafael Miguel e família. (Reprodução/Divulgação)
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Paulo Cupertino, acusado de assassinar o ator Rafael Miguel e os pais dele no ano passado, solicitou uma nova identidade na cidade de Jataizinho, no norte do Paraná. O funcionário que o atendeu se disse surpreso ao saber do histórico do homem.

Segundo o servidor, que pediu para não ser identificado, Cupertino apresentou certidão de nascimento falsa com o nome de Manoel Machado da Silva. Ele também deu um endereço de Ibiporã, cidade a 8 quilômetros de distância de Jataizinho.

“Tenho 39 anos de carreira e caí em um conto do vigário como esse, fiquei surpreso. Já pensou se desconfio e entrego uma pessoa dessa? Queria ter feito o contrário, ter desconfiado, investigado e ter feito de um jeito para que isso não tivesse acontecido”, disse o funcionário em entrevista ao G1.

De acordo com a Polícia Civil, Paulo Cupertino apresentou não só nome falso, como alterou os dados dos pais e do local de nascimento. O Instituto de Identificação do Paraná informou que cancelou a identidade solicitada em Jataizinho.

Rafael Miguel, famoso por um comercial e por integrar o elenco da novela infantil Chiquititas, foi morto a tiros aos 22 anos. Os pais dele, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50, também foram assassinados. A família havia ido até a casa da namorada de Rafael e foram recebidos a tiros, ao que tudo indica, pelo pai dela.

Qualquer informação sobre o paradeiro de Paulo pode ser encaminhada de forma anônima para a Polícia, por meio do telefone do 98º DP, 11 5621-7319; o Disque-Denúncia, no 181; o número 11 3311-3148; e o e-mail procurados@policiacivil.sp.gov.br.

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