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“Temos o risco de colapsar”, diz Gorinchteyn sobre a Covid-19

Secretário da saúde afirmou que caso a situação não melhore, sistema de saúde pode ser comprometido em poucas semanas

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 fev 2021, 14h33 - Publicado em 26 fev 2021, 14h17

O governo anunciou nesta sexta-feira (26) uma regressão de diversas regiões do estado no Plano São Paulo, a diretriz da reabertura econômica durante a pandemia da Covid-19. Durante a coletiva de imprensa o secretário estadual da saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que o sistema hospitalar pode colapsar caso o ritmo de crescimento de internações siga igual.

“No pico da primeira onda, no dia 15 de julho de 2020, tínhamos 40% dos pacientes internados em UTI. Hoje, esse dado no dia 25 (quinta-feira), era 46%. Portanto estamos internando mais em UTI”, disse o secretário. “A evolução dos pacientes internados, com aumento de 1,6% ao dia, faz com que nós tenhamos um esgotamento de leitos de UTI no estado em 20 dias se essas medidas que estamos tomando agora não fossem implementadas”.

A capital paulista voltou para a fase laranja do Plano, junto com sua região metropolitana e áreas de cidades como Campinas, Registro e Sorocaba e Marília foram para a fase vermelha: na laranja, o horário de funcionamento do comércio é reduzido a oito horas diárias, podem atender até as 20h com no máximo 40% da capacidade. Na vermelha, é permitido a abertura apenas de serviços essenciais.

“No caso da Grande São Paulo, caso não fossem implementadas as medidas, teríamos um colapso no sistema de saúde em 19 dias”. De acordo com Gorinchteyn, desde novembro o governo aumentou em 140% o número de leitos UTI no SUS do estado, chegando a 8 500.

O secretário reforçou que a contenção depende também da população. “Tudo tem limite, recursos humanos, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, espaços para aumentar UTI. Nós temos o risco de colapsar, precisamos do apoio da população, mais do que nunca tem que acolher os nossos pedidos. Não é só perder paladar, olfato, é perder a vida”, afirmou o médico.

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João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19, afirmou que o governo do estado estuda medidas ainda mais restritivas que a fase vermelha. “O Centro está estudando propor uma inclusão no Plano São Paulo de uma nova classificação que poderia ter mais restrições que a fase vermelha […], pelo que vem acontecendo nos estados da região sul, no que aconteceu em Manaus e em algumas regiões e municípios aqui do estado”, afirmou o médico.

As novas cepas da Covid-19, como a de Manaus e a inglesa, se espalham pelo estado e de acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, elas têm grau de transmissão maior, entre 30% e 50%. “Temos a possibilidade que elas posam ser mais agressivas. Isso têm explicado por que em janeiro e fevereiro estamos batendo recordes”, disse Covas.

Na última quarta-feira (24), o governador de São Paulo anunciou o que chamou de ‘toque de restrição’ no estado. Não se trata de lockdown, nem de toque de recolher, pois não haverá impedimento legal de circulação de pessoas. Segundo a administração, a fiscalização será intensificada durante o período noturno, entre 23h e 5h.

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