João Doria disponibiliza leitos para bebês prematuros de Manaus
Estado pediu vagas em leitos de UTI por falta de oxigênio; "Eu nunca imaginei, sendo brasileiro, viver numa circunstância como essa", disse governador
Com o sistema de saúde em colapso, o estado do Amazonas anunciou que precisa fazer a transferência de pelo menos 60 bebês prematuros que estão internados em hospitais de Manaus e podem ficar sem oxigênio. Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (15), João Doria disse que São Paulo receberá os recém-nascidos.
O Amazonas pediu na manhã de hoje que os governadores verificassem a disponibilidade de leitos de internação neonatal. De acordo com a CNN, o Maranhão iria receber de cinco a dez bebês.
“É o fim do mundo isso”, disse Doria, mostrando indignação. “Eu nunca imaginei, sendo brasileiro, viver numa circunstância como essa”, afirmou. Ele também criticou o presidente Jair Bolsonaro. “Bebês! É uma irresponsabilidade do governo Bolsonaro.”
Após reproduzir a fala do presidente, que disse que havia feito tudo o que podia pelo Amazonas, Doria falou em genocídio. “Em outros países isso poderia ser classificado como genocídio”.
“Imediatamente já fizemos contato com o secretário da Saúde do Estado do Amazonas, o doutor Marcellus. Ele está fazendo um levantamento porque vários estados, de forma humanitária, estão acolhendo esses bebês. E não são apenas bebês, mas são também mulheres grávidas. São essas gestantes que também foram comprometidas pelo Covid e que necessitam de assistência. Então desta forma nós queremos saber quantas ainda precisam da nossa assistência e prontamente estaremos acolhendo aqui em SP”, disse Jean Gorinchteyn.
Respiradores
O governador afirmou ainda que enviará quarenta respiradores ao estado do Amazonas. “Solicitei à USP para encaminharmos imediatamente para o Amazonas quarenta respiradores. Quarenta respiradores produzidos na Universidade de São Paulo, demonstrando a capacidade tecnológica desta grande universidade para o atendimento emergencial àqueles que estão sofrendo com a Covid-19 no estado do Amazonas”, disse.