Minipadarias ganham espaço com receitas finas e decoração charmosa
Boa parte dessas casas tem suas fornadas inspiradas nas irresistíveis boulangeries francesas
No lugar do velho pão com manteiga na chapa degustado no balcão (um clássico que nunca vai perder seu espaço, diga-se), que tal começar o dia de uma forma diferente, saboreando na mesa delícias como croissants com amêndoas ou um gougère, uma espécie de pão de queijo oco, cremoso e com intenso sabor da variedade gruyère? Esse pode ser um bom resumo da proposta de serviço das micropadarias que vêm se espalhando pela capital nos últimos tempos. Como demonstra o sotaque de algumas das atrações de seus cardápios, boa parte dessas casas tem suas fornadas inspiradas nas irresistíveis boulangeries francesas. Há uma leva de endereços do gênero, como a Julice Boulangère, em Pinheiros, a St. Honoré, no Itaim, e a 7 Molinos, nos Jardins, todas abertas neste ano.
Na mais recente edição do especial “Comer & Beber”, um estabelecimento do tipo levou o prêmio dos jurados na escolha da melhor padaria da cidade. A eleita, a Marie-Madeleine Boutique Gourmet, na Vila Nova Conceição, nasceu em outubro de 2010 pelas mãos da chef Izabel Pereira da Silva. Antes de montar o negócio, ela passou uma temporada na França estudando gastronomia e, na volta ao Brasil, trouxe de lá um mestre padeiro, Jean-Louis Clément, para cuidar da elaboração das receitas. No salão precedido por uma aprazível varanda, os fregueses se esbaldam em itens como o bostok, uma massa de brioche com amêndoas (6 reais a unidade). “Tem gente que vem de longe atrás dele”, diz Izabel.
+ Gostosuras ou gostosuras: doze doces que dão água na boca
+ A moda agora é churrasco gourmet
Além dos ambientes charmosos, onde as atrações costumam ser exibidas em vitrines como pequenas joias culinárias, outro ponto em comum entre as casas do gênero é a produção artesanal. “As pessoas estão cada vez mais interessadas em artigos de qualidade melhor, por isso o segmento tem tudo para continuar crescendo”, diz Rafael Rosa, um dos sócios da PÃO, loja surgida em 2007 no Jardim Paulista, especializada em receitas com ingredientes orgânicos. A empreitada deu tão certo que já rendeu duas filiais, a última delas aberta em 6 de outubro no interior do Spa L’Occitane, também no Jardim Paulista. Outro lugar de sucesso, a 7 Molinos era originalmente uma butique de azeites na Bela Cintra. Em abril, o negócio foi repaginado para oferecer uma série de opções de panificação e confeitaria, engordando a onda paulistana das minipadarias.
+ Restaurante Santinho abre para um café vespertino
+ Padarias crescem e abrem novas filiais