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Florada das cerejeiras é celebrada no Parque do Carmo

Área de 200 hectares na Zona Leste se colore nesta época do ano com suas 4 000 árvores vindas do Japão

Por Bruna Ribeiro
Atualizado em 5 dez 2016, 14h14 - Publicado em 28 jul 2014, 17h47

Quem nunca foi ao Parque do Carmo, na Zona Leste de São Paulo, tem 4 000 motivos para agendar uma visita. Sempre entre os meses de julho e agosto começa a florada das 4 000 cerejeiras plantadas no local. 

O público costuma se acomodar em esteiras de palha sob as copas coloridas e passar horas no chamado hanami – ato de contemplar a beleza das flores, em japonês. Também não falta quem procure deixar cair uma pétala dentro de sua xícara de chá, um sinal de boa sorte na cultura oriental.

O ritual ocorre por aqui graças ao imigrante já falecido Hisayoshi Kataoka, então presidente da Federação de Sakura e Ipê que reúne a comunidade japonesa. Foi ele quem trouxe em 1978 1 500 mudas de seu país. A ideia surgiu durante uma visita que fez ao Japão quarenta anos após deixá-lo. Pouco antes de vir para São Paulo, Kataoka enterrou uma semente de cerejeira no quintal da casa de sua família, na cidade de Okayama. A surpresa ao encontrar a árvore no quintal deu origem ao bosque brasileiro.

 

Com a ajuda da Prefeitura de São Paulo e do Consulado do Japão, Kataoka colocou de pé a primeira plantação de cerejeiras da cidade, que se tornou depois a segunda maior do mundo (atrás apenas de uma em Washington, nos Estados Unidos). Quem conta a história é a neta, Magda Kataoka, 38 anos, não por acaso a atual administradora do Parque do Carmo.

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A festa teve início com o plantio das mudas, também em 1978, e o sucesso foi imediato. As apresentações de música e de dança típicas, assim como as barracas de tempurá, yakisoba e outras comidinhas, são concorridas. Os cerca de 60 000 frequentadores por dia compram os quitutes e fazem piquenique ali mesmo. Detalhe importante: as árvores florescem por apenas duas semanas e depois só no ano que vem.

 

Outras atrações

O parque também oferece boas atrações fora da estação da florada. Com 200 hectares, é gigante em tudo. Só de churrasqueiras, são cerca de oitenta. A fauna é uma das mais diversas da capital, com 130 espécies de animais catalogadas, entre garças, tatus, veados e gaviões. Os caxinguelês, roedores da família dos esquilos, são dóceis e gostam de frutas e sementes. Acostumados às visitas, aproximam-se das pessoas em busca de comida.

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Já a flora reúne 242 espécies, das quais nove estão ameaçadas de extinção, como a copaíba, o pau-brasil e as samambaiaçus. Nos dias do evento, haverá uma exposição dessas flores, próximo à administração do local.

Além do playground, a garotada deve se divertir com a obra Sonho e Gratidão, do japonês Kota Kinutami. Inaugurada em 2008, ano do centenário da imigração japonesa no Brasil, sete esculturas de pedras servem como brinquedo para os pequenos, que encontram escorregadores, trepa-trepa e até túneis na estrutura.

Imperdível, a vista do lago pode ser apreciada da parte sul do endereço. Ao redor dele, uma ciclovia convida os frequentadores a pedalar. À noite, a área fica iluminada por 440 pontos de energia – uma das melhorias conquistadas após reforma encerrada no início deste ano. Por fim, o passeio ainda é histórico: trata-se do terreno da antiga fazenda de arquitetura colonial do empresário Oscar Americano de Caldas Filho.

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