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Cracolândia: programa da prefeitura tem hotéis insalubres e viciados que recebem sem trabalhar

Reportagem de VEJA SÃO PAULO acompanhou por um mês o trabalho de varrição de ruas e praças e entrou nos abrigos contratados pela gestão municipal

Por Adriana Farias e Aretha Yarak
Atualizado em 1 jun 2017, 16h59 - Publicado em 28 mar 2015, 00h00

O local persiste em “minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco”. Essa descrição feita por Aluísio Azevedo no clássico O Cortiço serve também como retrato atual de qualquer um dos sete hotéis do centro contratados pela prefeitura para abrigar usuários de crack no programa De Braços Abertos.

A ideia do projeto, iniciado em janeiro de 2014 por Fernando Haddad, é retirar da Cracolândia os viciados, oferecendo a eles um teto, três refeições diárias e um salário semanal de 115 reais por serviços como a varrição de ruas e praças (a jornada é de quatro horas por dia e o pagamento é feito em dinheiro vivo).

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No início, as moradias passaram por uma reforma, que incluiu pintura, troca de piso e compra de mobiliário. Meses depois, esses ambientes viraram um cenário de desolação. Os quartos hoje têm banheiro entupido e encardido, além de um forte odor de latrina que se espalha pelos corredores. A visita de ratos e ratazanas é corriqueira e não distingue dormitórios com adultos de quartos com crianças.

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Nos cômodos é comum tropeçar em marmitas esquecidas pelo chão e em entulhos. Roupas sujas espalham-se por cadeiras e camas. Pelo teto, o forro aparente denuncia dezenas de “gatos” de energia. O risco de incêndio é agravado pela ausência de extintores, roubados para virar moeda de troca por pedras de crack, o mesmo destino de vários outros itens. A relação inclui fiação elétrica, resistência de chuveiro, televisores, maçanetas, caixas de energia e até pias de banheiro. “Eles destroem tudo”, reclama Manoel Soares Souza, responsável por três dos sete hotéis. “É impossível repor as peças.”

O governo municipal paga aos estabelecimentos uma taxa mensal de 500 reais por hóspede. Até o fim do ano passado, a manutenção ficava a cargo da prefeitura. Um novo contrato assinado recentemente passou a responsabilidade para os donos dos hotéis. “Vai ser sempre melhor morar aqui do que na rua, mas as condições estão horríveis”, reclama Marina Pinheiro, de 38 anos, que está no programa há cerca de seis meses.

A situação desses endereços chegou a tal ponto que o caso virou objeto de um inquérito civil no Ministério Público do Estado de São Paulo, aberto em julho do ano passado. No último relatório técnico do caso, conduzido pelo promotor de Habitação e Urbanismo Mário Augusto Vicente Malaquias, foi constatado que os imóveis são insalubres e inseguros. No fim do ano, em meio a uma discussão entre duas moradoras, por pouco não ocorreu uma grande tragédia. Alguém ateou fogo a uma parte do último andar do Hotel Seoul, localizado no número 223 da Alameda Barão de Piracicaba. Ninguém se feriu, mas dois quartos foram destruídos.

Há cerca de um mês, o Corpo de Bombeiros voltou para uma nova vistoria e constatou que os imóveis continuam irregulares. O relatório foi entregue à promotoria há duas semanas e está em análise. Uma das possibilidades envolve a interdição dos locais. Nesse caso, os usuários seriam despejados de volta às ruas.

Essa questão não representa o único ponto problemático do programa de Haddad, que consumiu desde o início um investimento de cerca de 10 milhões de reais. O controle de frequência ao serviço dos 321 cadastrados no trabalho de varrição é bastante frouxo. Muitos aparecem cedo para marcar o ponto e desaparecem em seguida. Matam o tempo perambulando pelas ruas ou voltam para o hotel. Outros não cumprem nem metade da jornada de quatro horas, e há ainda quem justifique as faltas com atestados médicos suspeitos.

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Uma das poucas beneficiárias do projeto a falar abertamente sobre isso é Flávia Brito, de 39 anos, que se diz desestimulada com a situação. “Pouca gente vai trabalhar e eu também fui perdendo a vontade. Hoje, vou no máximo duas ou três vezes por semana”, relata. “A maioria das pessoas que aparecem não faz nem duas horas de varrição. Uma turma dorme no Largo do Arouche porque virou a noite e fica assim até o fim do expediente. O orientador, que deveria ver tudo isso, passa o tempo mexendo no celular.”

Ela vive na Cracolândia há dois anos, desde que se separou do marido por sofrer agressões físicas. Flávia experimentou drogas pela primeira vez com ele, que já era usuário. Antes de chegar ao fundo do poço, trabalhava como cabeleireira. Quando soube do De Braços Abertos, ficou entusiasmada com a possibilidade de conseguir sair do inferno das ruas e foi uma das primeiras a entrar no projeto.

Agora se diz decepcionada e sonha ganhar um tratamento longe dali, a exemplo do que ocorreu com a ex-modelo Loemy Marques, que recebeu ajuda do programa do apresentador Rodrigo Faro depois de sua história se tornar pública em uma reportagem de VEJA SÃO PAULO, no ano passado. (veja quadro abaixo)

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Durante um mês, entre fevereiro e março, a jornalista Adriana Farias acompanhou diariamente a rotina de varrição da De Braços Abertos e constatou que o depoimento da ex-cabeleireira Flávia Brito está longe de ser exagerado. A repórter de VEJA SÃO PAULO chegava perto das 8 horas ao local de distribuição do serviço, na Alameda Barão de Piracicaba, e permanecia com as equipes em boa parte da jornada. Em média, ao longo desse período, compareceram ao expediente cerca de cinquenta cadastrados, ou 15% do total.

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Na manhã da última sexta-feira (6), por exemplo, uma beneficiária, já alterada por ter consumido bebida alcoólica, abandonou o grupo depois de alguns quarteirões. Largou a vassoura na Praça Olavo Bilac, ficou por aproximadamente quarenta minutos sentada em um açougue, seguiu para um boteco, onde pediu algo mas não foi atendida, discutiu com uma moça na rua e caminhou algumas quadras pela Alameda Glete até dar o horário final do trabalho.

Apareceu momentos depois para fazer a marcação do ponto de saída. Na tarde do mesmo dia, recebeu o pagamento e comprou uma garrafa de pinga. Assim como ela, os cadastrados comparecem em peso ao galpão da Alameda Barão de Piracicaba às sextas para pegar o dinheiro do programa. Nesses dias, entre 14 e 17 horas, quando ocorre a distribuição do dinheiro, o local fica bastante movimentado. Em parte desse período, a reportagem de VEJA SÃO PAULO chegou a contar a presença de mais de duas centenas de pessoas.

A coordenação de tudo fica aos cuidados de uma ONG contratada pela prefeitura, a Associação de Desenvolvimento Econômico e Social às Famílias (Adesaf). Ela recebe 815 000 reais por mês do município para pagar as despesas com seus profissionais e o auxílio aos 453 cadastrados. Além dos 321 varredores, 111 pessoas estão em licença médica (como mulheres que acabaram de ter filho) e as restantes, espalhadas por empresas privadas (nesse caso, ganham apenas uma bolsa moradia).

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A Adesaf também está à frente das atividades disponíveis para o período da tarde, como cursos de crochê e de vôlei, criados para ocupar o tempo dos beneficiários. Mas quase ninguém aparece. A entidade integrou-se ao trabalho há seis meses, em substituição à ONG que iniciou o projeto, a União Social Brasil Gigante. Essa troca ocorreu por insatisfação da prefeitura com a organização do programa.

Mas a Adesaf não conseguiu ainda melhorar o controle das equipes nem reduzir o abuso dos atestados médicos, alguns comprados na região da Sé. “Já marquei o ponto e não fui, peguei um atestado para dor de dente sem estar com dor… Tem uma galera que faz isso direto”, relata Flávia Brito. Mesmo quem resolve trabalhar não encontra muito estímulo. Numa sexta (13 de fevereiro), um usuário foi dispensado do serviço à toa, apesar de ter sido o único de uma equipe de quarenta pessoas a comparecer. “Falei para ele: ‘Vai passear, na hora de bater o ponto você aparece’”, disse um orientador.

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Há indícios de que a conivência desses profissionais não ocorre apenas por desleixo. “Alguns estão ganhando um dinheirinho para bater o cartão para os beneficiários sem que eles sigam para trabalhar, assim fazem vista grossa e garantem o pagamento na sexta”, diz Flávia. Segundo usuários ouvidos por VEJA SÃO PAULO, o pedágio custaria de 30 a 40 reais por semana.

Itens do uniforme dos varredores como calça, bota, camisa, boné e luva estão em falta, porque foram vendidos para comprar droga. Nem mesmo os sacos que forram os carrinhos de lixo escaparam. Parte do dinheiro arrecadado com furtos e os pagamentos da De Braços Abertos vão parar no bolso dos bandidos da área. “A maioria faz dívida com eles na quinta para acertar na sexta, tem uns que devem 200, 300 reais em droga. Quando ganho os 115 reais da semana, trabalhando todos os dias, uso 50 reais para pagar o que devo”, conta Flávia. Ou seja, ainda que sem intenção, o projeto ajuda a sustentar o tráfico. Considerando apenas o grupo de varrição, o negócio pode injetar quase 37 000 reais por semana na Cracolândia.

Procurado por VEJA SÃO PAULO para comentar as irregularidades, o governo municipal prometeu apurar os desvios. “Vamos investigar e tomar as devidas providências”, diz Luciana Temer, secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. “A região é muito complexa e os usuários estão inseridos em uma realidade bastante complicada. Sabíamos que teríamos de contornar diversos problemas.” Até mesmo a polícia encontra dificuldade por ali. “Assim que prendemos um traficante, aparece outro para vender no lugar dele. A substituição é muito rápida”, diz Ruy Ferraz Fontes, diretor do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

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O De Braços Abertos nasceu na gestão Haddad como uma alternativa inovadora para resolver o problema de forma mais humanitária, sem tratar os usuários como criminosos nem propor como única porta de saída ao vício um período de internação. Acabou virando uma das principais bandeiras da gestão. Em junho do ano passado, o prefeito ciceroneou o príncipe Harry, da Inglaterra, em visita às instalações do projeto.

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Um ano depois da implementação, a prefeitura atribuiu ao programa uma grande mudança na paisagem da região central, a começar pela diminuição do “fluxo”, nome que se dá ao movimento de pessoas que vendem e consomem droga nas ruas da Cracolândia, que caiu de 1 500 para 300 indivíduos nas contas oficiais. Outro ponto positivo envolveu a queda nos índices de violência na região da Luz. Ao longo de 2014, um levantamento da Polícia Militar mostrou que os furtos de veículo caíram pela metade e houve uma redução de mais de 30% nos registros de furto a pessoas.

Aos poucos, porém, começaram a ficar evidentes no local os sinais de uma recaída. Atualmente, cerca de 600 pessoas se concentram entre a Rua Helvétia e a Alameda Cleveland. O retorno de um volume maior de gente para a área contribuiu para o renascimento da “favelinha”. A aglomeração de barracas armadas naquele pedaço havia desaparecido no começo de 2014. Elas ressurgiram em agosto. Hoje, cerca de cinquenta estão armadas.

Os traficantes agem por ali com desenvoltura. “Isso dificulta muito nosso trabalho”, afirma Luciana Temer. “Temos denúncias sobre traficantes que tentam impedir que os beneficiários trabalhem.” Em fevereiro, Haddad anunciou um acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado para aumentar o combate ao crime naquela localidade. A parceria prevê a entrega de todas as imagens gravadas na região no último ano para ajudar as investigações da Polícia Civil.

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A relação entre as instâncias municipal e estadual, no entanto, nem sempre é amistosa. Em outubro passado, o prefeito afirmou que o aumento do número de usuários nas ruas e a volta dos barracos se deviam à baixa presença da Polícia Militar no local. O comando da corporação negou a acusação. O embate se repete em relação às políticas de saúde para a Cracolândia. O De Braços Abertos seria uma forma diferente de abordar o problema, em contraposição a projetos como o Recomeço, programa estadual que prevê a internação dos usuários, até mesmo forçada em casos extremos. Criada em janeiro de 2013, a iniciativa já realizou cerca de 50 000 atendimentos médicos e sociais na região da Luz e encaminhou 1 500 usuários da Cracolândia a centros de tratamento.

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De acordo com os especialistas que apoiam o projeto de Haddad, a aposta na linha de redução de danos é a mais adequada. Uma das referências mundiais em tratamento contra drogas, Carl Hart, neurocientista da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, é um dos entusiastas. Para ele, a prefeitura acertou em apostar na reinserção social dos usuários. “Eles reconquistaram um papel na sociedade, e isso é encorajador”, afirma. Dentro dessa lógica, as prioridades são a recuperação da autoestima e a recolocação social. À medida que isso ocorre, a pessoa tende a reduzir paulatinamente o consumo de drogas.

Até aqui, porém, os resultados do De Braços Abertos em termos de recuperação de viciados não são nada animadores, ainda mais se for levado em conta o investimento de 10 milhões de reais. Da turma de dezesseis beneficiários do programa de Haddad que conquistaram independência e seguiram para o mercado formal de trabalho, em agosto de 2014, apenas sete continuam firmes no serviço.

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Um deles é Francisco Jorge Oliveira, de 57 anos, que foi usuário de crack por duas décadas. “Chorei quando vi meu registro na carteira de trabalho. Peguei firme e pedi a Deus que me desse força, pois seria minha última chance”, diz. Para Carlos Guimarães, diretor da Guima Conseco, empresa de serviços de limpeza que aceitou empregar os usuários, o desempenho deles é surpreendente. “Eles são dedicados e abraçaram a oportunidade”, elogia.

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Nas próximas semanas, a Guarda Civil Metropolitana deve fazer a remoção da “favelinha”. Além disso, nove famílias que atualmente vivem na Pensão Azul, um dos hotéis em situação mais periclitante, serão realocadas para outro endereço, na Freguesia do Ó. Outros moradores em melhor situação também serão encaminhados para estabelecimentos fora da Cracolândia. Até maio, a prefeitura pretende pôr na rua os trailers que levarão o De Braços Abertos a seis regiões da capital. Fazem parte dessa lista os bairros de Cidade Tiradentes, Santana, Vila Mariana, Santo Amaro, Jaguaré e M’Boi Mirim.

O programa foi inspirado em iniciativas semelhantes de outros países, como os Estados Unidos. Mas há uma diferença importante. Por lá, recebe o bônus financeiro apenas quem consegue ficar abstinente. “Quanto mais longe da droga, maior a compensação financeira”, explica o psicólogo André de Queiroz Constantino Miguel, da Unifesp. Essa ausência de um vínculo forte com o tratamento médico ainda é uma das principais lacunas do projeto da capital. “Enquanto a saúde não estiver presente de maneira mais intensa, não será possível acreditar em uma real recuperação dessas pessoas”, afirma Arthur Guerra, coordenador do programa de estudos de álcool e drogas da USP.

Essa discussão mostra que a Cracolândia não foi um fenômento improvisado. Ela é fruto de décadas de falta de consenso sobre como lidar com o problema e da ineficiência das ações do poder público. Apesar das boas intenções e da propaganda da prefeitura, o programa De Braços Aberto ainda não se mostrou capaz de mudar o cenário dramático da região.

O QUE É O PROJETO DE BRAÇOS ABERTOS…

Desde janeiro de 2014, o projeto De Braços Abertos oferece moradia, alimentação, seguro de vida e atividades de lazer e de capacitação técnica a usuários de drogas da Cracolândia. Em troca da prestação de serviços, como varrição de ruas e praças, eles recebem até 115 reais por semana. Atualmente, 453 pessoas estão cadastradas. Até agora, foram gastos cerca de10 milhões de reais com a iniciativa.

E OS PROBLEMAS…

Em um primeiro momento, a aglomeração de pessoas que vendem e consomem crack no meio da rua, também conhecida como “fluxo”, foi reduzida de 1 500 para 300, segundo dados da prefeitura. Nos últimos meses, porém, o número voltou a crescer. Hoje, em torno de 600 usuários circulam por ali diariamente.

Cerca de 15% dos beneficiários têm comparecido para trabalhar na varrição, conforme constatação da reportagem.

Os hotéis que integram o projeto sofreram sucessivos furtos de fiação, de encanamento e de louças de banheiro.

A RECUPERAÇÃO DA EX-MODELO

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A ex-modelo Loemy Marques, de 25 anos, completou quatro meses de internação em uma clínica em Sorocaba para tratamento contra o vício em crack. Em abril, ela será transferida para uma unidade em Mairiporã, onde dará início à reabilitação psicossocial. A nova fase deve durar até agosto. Com 1,79 metro, ela passou de 60 para 77 quilos e agora sonha em ser psicóloga com especialização em dependência química. Sua história foi revelada por VEJA SÃO PAULO em novembro de 2014. Loemy veio do interior de Mato Grosso tentar a carreira de modelo em São Paulo, mas o sonho acabou na Cracolândia, lugar em que viveu por dois anos.O atual tratamento é custeado pela produção do programa Hora do Faro, da Rede Record.

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